segunda-feira, 28 de maio de 2012

Pit Stop [Bruna Sanchez] #3



Conforme orientação das minhas queridas monitoras ao meu plano de trabalho reformulado, resolvi reorganizar o cronograma a partir desta quinzena. Como a bibliografia realmente estava muito extensa, cortei um pouco de teoria e acrescentei um pouco de prática. Sendo assim, abandonei o livro Do desafio do humor à sedução do processamento do texto humorístico à luz da teoria da relevância (pausa para respirar), pois este fazia uma reflexão muito ampla e extensa a respeito do humor, abarcando conceitos sobre psicologia e linguística que eu optei por não contemplar. Então, nesta quinzena me dediquei à leitura do artigo O Humor Publicitário na Globalização: ética no ensino da criação.
Foi uma leitura interessante porque, diferentemente dos outros artigos os quais eu estava estudando, Dirceu Tavares de Carvalho não fundamenta sua pesquisa sobre o humor em teóricos (que agora eu considero) clássicos no assunto como Henry Bergson, Vladmir Propp, mas ele busca outras vertentes para fazer sua análise a qual recai sobre o "humor negro". Ainda assim, existem alguns pontos de congruência entre suas ideias e as que eu já vi ao longo deste projeto. Por exemplo, quando ele afirma que o humor é uma característica inerente ao homem ou quando diz que a inversão de expectativa, ou seja, a surpresa, é diretamente proporcional ao efeito da graça.
Porém, seu foco maior parece ser fazer uma crítica à atual situação do humor na publicidade contemporânea. Para tanto, ele faz um traço das estruturas dominantes do humor em diversas fazes históricas até chegar a conclusão de que, hoje em dia, se ri daquilo que é grotesco, nonsense e que na sociedade moderna, o humor tem papel tão relevante que pode ser explorado tanto em campanhas publicitárias quanto em ações da marketing, cabendo ao estudante (aluno de publicidade que vai criar tal campanha) ter ética e bom senso para re-produzir tais materiais.
Com base nisso e na minha nova proposta ao cronograma, busquei alguns exemplos que ilustrassem tanto o artigo desta quinzena quanto o que já vem sido estudado desde o início.
Um deles é a série de comerciais do queijo Panda que baseia seu humor no nonsense.


Um exemplo que vem do marketing foi uma ação da Pepsi que resolveu fazer uma "pegadinha" junto a um dos maiores jogadores de basquete do momento.

E, para finalizar, aquilo que eu percebi ser um ponto de concordância em praticamente todo o material até então estudado: o humor, muitas vezes, serve a diferentes formas de controle e dominação quando ridiculariza e coloca em evidência determinados comportamentos e características.

2 comentários:

  1. Olá Bruna. Adorei principalmente o comercial do panda!!!!E muito interessante a conclusão de que o humor muitas vezes reforça rótulos. O exemplo da propaganda da Hope é clássico. Quando você tiver um tempo pode ler o texto "Rafinha e a calcinha: a expressão pública, seus limites e os limites dos limites" de Luiz Felipe Miguel. É exatamente sobre os limites da liberdade de imprensa e sobre impactos dos diferentes gêneros de humor.

    ResponderExcluir