As marcas se dão a ver de diferentes maneiras com o objetivo de
estabelecer uma conexão com o consumidor (se esta for emocional, melhor).
Para isto, se valem de diversos recursos: desde seu nome até a cor do
uniforme dos funcionários, passando pelo logotipo, embalagem dos produtos,
slogan, jingle, mascote, enfim, todo o conjunto que constrói a identidade da
marca e seu universo perceptual, dotado de símbolos, sensações e associações,
com o qual as pessoas interagem.
Nome
O nome de uma marca é como um nome próprio, porém diferente deste, já
que podem existir várias “Alices” ou “dos Santos”, enquanto nomes de marcas só
podem designar uma única entidade.
É difícil criar um bom nome para uma marca, mas uma boa estratégia é
apoiá-lo em termos que já possuem carga semântica forte. Ex: Natura. Todo o
discurso da empresa remete à natureza, sustentabilidade.
Nome em harmonia com
discurso = Marca forte
Linha de produtos Natura Ekos |
Wallpaper disponível no site da Natura |
Logotipo
Fazendo uso da definição de Norberto Chaves, “o logotipo é a versão
gráfica estável do nome da marca”; análogo ao que no indivíduo é a assinatura
de seu nome.
O logotipo é a chave de acesso imediato ao universo representativo da
marca, portanto deve encarnar a imagem da empresa, ter coerência com o discurso
global da organização, resistência à fragmentação. Deve ter originalidade para
se distinguir, expressar um sentido que logo deve ser percebido, ter
legibilidade e visibilidade, além de flexibilidade e versatilidade,
possibilitando sua representação em qualquer meio.
Forma e Design
Curvas expressam feminilidade, sensualidade. Paralelas verticais são
sinônimo de sustentação.
As formas possuem uma linguagem própria capaz de
causar efeitos e sensações nas pessoas. Obviamente, portanto, isso é levado em
consideração na hora de planejar a identidade visual da marca. Alguns exemplos:
Curvas na embalagem do perfume feminino evocando suavidade, sensualidade. |
Angularidade associada à dureza, masculinidade. |
Simetria nos ponteiros do relógio |
Simetria perfeita utilizada no logo da Mercedes-Benz |
Embalagem e Rótulo
A embalagem é objeto simbólico, que deve assumir as funções de
diferenciação, atração, sedução e informação. Muito mais que exercer a função
de contenção e proteção do produto, a embalagem é como um comercial relâmpago,
que deve chamar a atenção do consumidor. O mesmo vale para o rótulo, que excede
sua função primeira, de informação/descrição, para compor junto à embalagem a
identidade visual do produto.
Por seu caráter distintivo, a embalagem é dotada de grande importância,
fato comprovado por pesquisas que atestam aumento de vendas após sua mudança; casos
de cópias dentro do mesmo segmento de produtos e até proteção legal de
embalagem, caso da garrafa de Coca-Cola em estilo Art Nouveau.
Mudanças de embalagem da Budweiser |
Embalagem protegida legalmente |
Multiuso que teve embalagem possivelmente copiada |
Danoninho também foi copiado |
No próximo post continuarei falando sobre os elementos de expressão marcária.
Aguardem!
Ei Gabriela, só uma dúvida. Esses exemplos são mencionados no livro que você está lendo?
ResponderExcluirabs
Regiane,
ResponderExcluirTenho buscado exemplos não citados pela autora, mas nesse post, o exemplo do multiuso Veja e da garrafa da Coca-Cola foram mencionados no livro.