A tendência que explorei nessa quizena foi a de peças – em mídias on e offline - que seguem uma linha vintage ou retrô; para perceber o quanto essa estética é atual, basta lembrar do Instagram, aplicativo cuja função era deixar as fotos com um aspecto antigo, e que foi vendido por 1 bi de dólares. Meu material de estudo dessa quinzena foi o livro Design Retrô¹ e o conteúdo disponível nos blogs ChocolaDesign, Designices, Design by Insight e no The Wall Street Journal.
Primeiramente, me ocupei de descobrir a diferença entre os termos.
Para o autor Beat Schneider em Design – Uma Introdução (Ed. Blucher, p. 206), o design retro look “trata-se de uma reinterpretação atual de características históricas do design. Os produtos lembram os seus predecessores, mas, ao mesmo tempo, sua linguagem de produto não deixa dúvidas de que eles provêm da atualidade. De forma simbólica, são referências ao passado e ao presente.” Por exemplo, o ‘New Beetle’ da Volksvagen ou a Linha Retrô da Brastemp. O termo vintage, por outro lado, refere-se a produtos de décadas passadas, mas que ainda podem ser encontrados hoje. Por exemplo, uma bolsa encontrada num brechó ou um daqueles telefones antigos vendidos em lojas de antiguidades.
No que diz respeito ao design, essas duas vertentes se misturam bastante. Separei algumas peças que podem ser classificadas como retrô ou vintage (todos da última década):
A partir da observação de diversas peças, pude perceber que elas se dividem em duas linhas, com algumas características em comum e algumas divergências:
Uso de texturas grunge como fundo | Uso de fundos chapados ou de texturas regulares (granuladas, por ex.) ou padronagem |
Uso de tons pastéis | Uso de tons pastéis |
Combinação entre tipografias espessas e sem serifa – como a Bodoni e a Herald Square -, com serifa – como a Nouvelle Vague – e aquelas que remetem à escrita. | Uso de tipografias mais modernas, mas ainda há combinação entre tipog. sem serifa mais sóbrias – como a Bebas Neue – e outras cursivas, porém sem pretensão de imitar fielmente a escrita, como a Lobster. |
- | Uso de pictogramas, badges e banners. |
Uso de fotografias que simulam ilustrações | Predominância de vetores |
Não consegui definir uma linha como sendo vintage e uma como sendo retro, mas creio que o repertório de elementos estudado é mais importante que a divisão em si.
¹ RAIMES, Jonathan; BHASKARAN, Lakshmi. Design Retrô: 100 anos de design gráfico. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007.
Ótimo post, Idgie!
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