O Pif-Paf começou
como uma coluna do jornal O Cruzeiro, pertencente à cadeia Diários Associados,
de Assis Chateaubriand. A coluna assinada por Vão Gogo (pseudônimo de Millôr
Fernandes) permaneceu no jornal por mais de 10 anos, quando, em 1963, o
jornalista fora demitido devido a pressões de alguns setores que não aceitaram
uma sátira do autor à versão cristã para a criação do universo.
Millôr fundou,
então, dois meses após o golpe militar de 64, o primeiro veículo de comunicação
da imprensa carioca na resistência à ditadura militar. "Através do humor e
do fato de ela estar preocupada com os dilemas sociais e políticos, Pif-Paf
torna-se uma manifestação fundamental da cultura brasileira. Em verdade, ela
tenta reconstruir o modo de ser e a mentalidade dos homens simples. Pouco a
pouco aventura-se a construir um painel da consciência das pessoas". (PEREIRA, Thaís Pacheco. O PIF PAF e a censura: A
precariedade de criação na ditadura.)
O
ponto fundamental da revista é o humor como arma de contestação contra a
opressão no contexto ditatorial brasileiro. Através dele Millôr revelou
verdades e possibilitou ao leitor uma consciência crítica, com o objetivo de
incitar uma reação diante do problema. No editorial do primeiro número da Pif Paf jornal, Millôr definia a
linha da publicação e provocava: “Não temos prós nem contras, nem
sagrados profanos”, “cada número é exemplar, cada exemplar é um número”.
Oi, Isabela, ótimo post! Gostaria apenas que você tivesse desenvolvido mais o que era a coluna dele em O Cruzeiro, a partir daqueles critérios que você formulou para observar as publicações dele na coluna Pif Paf, na revista Pif Paf, em O Pasquim e na Veja. Um abraço!
ResponderExcluirDanila, obrigada pelo comentário! No próximo post, finalizarei a parte do Pif Paf, então desenvolverei mais a análise com base nesses critérios, porque eu achei que o primeiro post seria mais uma introdução. Abraços!
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