segunda-feira, 28 de maio de 2012

A Cláudia, a Flávia e a nova visão sobre o primeiro cinema. [Camila Santos Marques] #3


A esta altura do campeonato, meu projeto irá receber  novas influências. A indicação de leitura da  professora Cláudia apareceu com informações completamente novas sobre o cinema mudo. O livro de Flávia Cesarino Costa “O primeiro cinema – espetáculo, narração, domesticação”  toma rumos completamente distintos dos que eu estava seguindo, adotando bibliografias convencionais sobre a história do cinema. No entanto, acredito que vale a pena admitir estas novas informações, uma vez que será possível entender os  primeiro filmes da história a partir de uma análise comparativa. Os quais, inclusive, acreditava serem apenas experimentais e até um pouco primitivos, mas, de acordo com a autora, possuem um conteúdo muito mais denso do que eu poderia imaginar. 

Os únicos problemas existentes são a falta de tempo, pois não conseguir examinar a obra por completo nestes últimos três dias, e o fato de ela dizer respeito a  filmes produzidos entre 1985 e 1910, período do qual tratei nas  postagens passadas. Assim, este será um post mais explicativo e a pesquisa atualizada virá no relatório final, juntamente com os demais relatos do estudo.

Segundo o cronograma proposto inicialmente, o qual estava seguindo exatamente como  construí, seria sobre a década de 1910 e sobre o surgimento dos grandes estúdios norte americanos. Época em que  a indústria cinematográfica se intensificou, as grandes produções começaram a surgir e a linguagem cinematográfica, de narrativas  bem compostas, fixou-se ainda mais.  Outras informações sobre este período também aparecerão no relatório final. 

Ademais, deixo Flávia Cesarino falar por mim e pela própria história do cinema, em partes, oprimida. 

“Este primeiros filmes são normalmente usados como exemplos de um tempo onde a chamada “linguagem do cinema” ainda não está estabelecida. São apesar disso, filmes que revelam  uma intensa energia, feita de experimentação, referências intertextuais e uma convivência intrigante de preconceitos e estereótipos de todo o tipo com uma evidente ausência de moralismo.”

“(...) novas pesquisas vem descobrindo no primeiro cinema algo mais do que balbucios infantis de linguagem: uma lógica e um projeto que não se relacionam imediatamente com aquilo que o cinema se transformaria posteriormente.”


Referências bibliográficas: 

COSTA, Flávia Cesarino. O primeiro cinema - espetáculo, narração, descontrução. Azougue Editorial. Rio de Janeiro, 2005.

SABADIN, Celso. Vocês ainda não ouviram nada. A barulhenta história do cinema mudo. Lemos Editorial. São Paulo, 1997. 

3 comentários:

  1. Ei Camila. É bom mesmo tensionar o olhar sobre o que já está como dado. Você chegou a assistir algum filme em stop motion, conforme havia previsto?

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    1. Oi Regiane! assisti, mas foi apenas um que mescla imagens convencionais e stop motion "Winsor McCay and his Animated Pictures"

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