A leitura do livro me proporcionou uma visão diferenciada do ponto de vista da mídia, das celebridades e da morte. O tipo de produção midiática como a expansão do material ciberbiográfico, o boom de matérias jornalísticas em que a vida é tratada como objeto central da notícia, e tudo aquilo que tangencia o biográfico, aponta para a necessidade de alargamento das próprias noções de biografia.
O que se busca pelo consumo biográfico, afinal? É possível dizer que as narrativas biográficas vêm tornando-se referências fundamentais para os indivíduos contemporâneos, uma vez que é a partir delas que os agentes sociais, ao mesmo tempo, atribuem sentidos e significados para a realidade e constroem, provisoriamente, um lugar para si no mundo.
A ideia do “novo” em nossa sociedade parece estar cada vez mais atrelada ao passado, com a crise da modernidade, o futuro teria se apropriado do passado como âncora temporal, fornecendo como que bússolas aos indivíduos que encontram-se num mundo cada vez mais veloz e fragmentado.
É possível perceber, assim, um novo estilo de vida, em que construimos um sentimento de pertencimento no qual os ídolos e celebridades são referências e modelos, e passam a ser erotizados, influenciando o consumo.
Sendo assim, partindo dessa necessidade de norteação, seria basicamente como que se pela característica comum da humanidade, pela morte, os fãs, de alguma maneira se aproximassem aos artistas, estrelas tão distantes dos homens ordinários e encontrassem um elo perdido que os identificam como humanos.
Oi Gabriela, interessante a postagem. Você disse que a leitura do livro te trouxe uma visão diferenciada do ponto de vista da mídia.Seria da visão que você tinha antes?
ResponderExcluirabs
Sim, uma visão diferente da que eu tinha! Me expressei mal, me atentarei mais nos próximos posts!
ResponderExcluirAbs