quarta-feira, 9 de maio de 2012

AfroReggae - Introdução [Ciro Thielmann] # 1


    Nessa primeira quinzena foquei minha pesquisa em torno do início da construção e idealização do Grupo Cultural Afrorregae, a pesquisa foi feita a partir do livro " Da Favela para O Mundo" e do filme " Favela Rising". Essa primeira parte será importante para se ter uma base do que virá a ser focado como tema durante a pesquisa acerca dos programas “ Conexões Urbanas” e “ Papo de Polícia”. 
    O Grupo Cultural AfroReggae é uma organização que luta pela transformação social e, através da cultura e da arte, desperta potencialidades artísticas que elevam a auto-estima de jovens das camadas populares. O grupo nasceu na 1ª Rasta Reggae Dancing, no dia 17 de outubro, no Centro Educacional Souza Aguiar. O evento impulsionou a criação de um jornal informativo o “Afrorregae Notícias” com o apoio de alguns programas de rádio (Rasta Revolution, Vibrações Positivas e Positive Vibration e do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP).  A festa de lançamento do ARN N° 0 aconteceu em 21 de janeiro de 1993, três meses depois da Rasta Reggae Dancing, na sede do Instituto de Estudos da Religião (ISER), na Glória. O jornal foi o marco oficial de fundação do Grupo Cultural AfroReggae e era distribuído gratuitamente e de forma voluntária por sua equipe editorial. Várias pessoas foram fundamentais nessa primeira fase: José Junior, Tekko Rastafari, Jupi, Arcélio Faria, Marcelo Yuka, Mônica Cavalcanti, Plácido Pascoal, Ângela Fagundes e muitos outros que, de uma forma ou de outra, apoiaram a iniciativa.
      No dia 20 de julho, o Grupo Cultural AfroReggae (GCAR) foi legalizado e passou a existir juridicamente. O objetivo do AfroReggae era ter um tipo maior de intervenção com a população afro-brasileira, atuando principalmente na comunidade de origem de seus membros, Vigário Geral. No AfroReggae sempre se discutiu muito sobre quais os caminhos para se tirar os jovens da criminalidade e do ócio. O contato com as comunidades de Acari e Cantagalo, através da distribuição do ARN, as chacinas da Candelária e a de Vigário Geral foram amadurecendo a ideia de fazer algo e no 1° de junho, Vigário Geral recebe as primeiras oficinas: percussão, dança afro e reciclagem de lixo, na Quadra Nahildo Ferreira. Nasce então, o que seria o primeiro núcleo de Cultura do AfroReggae. Com o passar do tempo, o Afro Reggae vem crescendo e hoje já atua em quatro comunidades, Vigário Geral, Morro do Cantagalo, Parada de Lucas e Complexo do Alemão. Além disso, o grupo tem mais de 65 Projetos e também desenvolve trabalhos em todo Brasil e fora dele. Os assuntos que se relacionam às ações da ong dentro das comunidades carentes, sairam da favela e foram para televisão a partir de uma iniciativa paralela do grupo. Apartheid social,a guerra do tráfico,o cotidiano dentro das favelas, conhecimento, cultura, entre outros, são temas que estruturam os programas “ Conexões Urbanas”( apresentado por José Júnior) e “ Papo de Polícia” que terão a partir de agora terão um maior enfoque dentro da pesquisa. 

para quem quiser assistir! vale muito a pena :
http://www.youtube.com/watch?v=B5_DnxeEkts

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