segunda-feira, 14 de maio de 2012

Yakuza, militares e as tatuagens brasileiras dos anos 1900 [Luiza Pontes Brant] #2


Nessa quinzena assisti a três documentários (Como Funciona - Tatuagens, Corpos Marcados - Zona de Morte e Corpos Marcados - Morte da YAKUZA).

O primeiro mostra uma parte mais técnica do funcionamento das máquinas de tatuagem, de como a tinta é inserida na pele e de como ela pode ser retirada (a laser). Há uma breve história de como, onde e por quais motivos as tatuagens vêem sido usadas no mundo, mas nenhuma novidade - em se comparando aos outros documentários e livros explorados na quinzena anterior.

Os outros dois documentários tratam, respectivamente, das tatuagens no âmbito militar (como forma de lembrar companheiros mortos em guerra ou para assegurar a identificação em caso de morte ou ferimento - tatuando o nome, o batalhão, tipo sanguíneo, etc) e das tatuagens no Japão, relacionadas à organização criminosa Yakuza. O documentário mostra que, devido à forte ligação entre tatuagens e a Yakuza, há ainda muito preconceito e proibições a pessoas tatuadas (por exemplo, não se pode ir à uma piscina ou banho público quando se é tatuado).

Os livros explorados foram Tatuagem - dor. prazer. moda. e muita vaidade, de Apoenan Rodrigues, e a crônica de João do Rio intitulada Os Tatuadores, contida no livro A Alma Encantadora das Ruas. O primeiro livro é mais um guia informativo para quem quer fazer uma tatuagem - entrevistas com psicólogos e dermatologistas, histórias de pessoas tatuadas que se arrependeram (ou não), e algumas brevíssimas citações de costumes históricos relacionados à tatuagem. Muito desencorajador, a meu ver. Já a crônica de João do Rio mostra alguns costumes associados à marinha brasileira da década de 1900 - como o costume dos marinheiros de tatuar uma cruz nas costas para evitar as chibatadas de repreensão dos superiores.

Nas próximas semanas vou me aprofundar mais na questão das tatuagens no contexto presidiário. Dando uma passada por um livro que pretendia abordar, As Nazi-Tatuagens, de Célia Maria Antonacci Ramos, decidi excluí-lo de minha análise, para não me desviar de meu foco.

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