segunda-feira, 14 de maio de 2012

"Faz-me rir" [Bruna Sanchez] #2




Continuando os estudos da semana anterior, fiz uma pesquisa mais aplicada do humor, agora que já fui introduzida no assunto. O texto A CRIAÇÃO NA PUBLICIDADE – UMA PERSPECTIVA HUMORÍSTICA foi bastante interessante de ser estudado porque me ofereceu uma nova perspectiva a respeito da abordagem do humor na comunicação. Além de destacar a forte influência da comicidade na relação positiva entre o receptor e o discurso publicitário, o autor também faz o uso de teorias da psicanálise (Freud), da sociologia (William H. Martineau) e da comunicação (Stuart Hall) para explicar como o próprio processo criativo de uma peça pode ser facilitado ou dificultado de acordo com o estado de humor do profissional de criação. Trazendo isso para uma realidade de agência, ele explica quando e como o humor interfere no próprio processo da criação publicitária.
Já o artigo Fazendo rir para conseguir vender estabelece uma classificação mais especifica nas quais as campanhas publicitárias podem se encaixar:

  • humor fático: aquele que a comicidade faz referências a elementos que ultrapassam a marca ou produto anunciado, disfarçando as relações econômicas existentes ali.






  • humor comercial: o humor faz relação com alguma característica do próprio produto




  • humor emotivo: aquele que a graça depende e incide na performance do ator que, muitas vezes, se presta ao ridículo:





  • Humor intertextual: o humor remete a um quadro discursivo anteriormente enunciado de maneira a evidenciar o ridículo tanto de consumidores quanto de concorrentes. É o que mais se aproxima do “riso de zombaria” da teoria de Propp analisada na quinzena anterior.




O texto O riso e o grotesco na publicidade, por sua vez também toma os estudos de Bergson e Propp quando defende a idéia de que nas relações onde o humor ocorre, há o reconhecimento do ridículo e a tentativa de se distanciar desse ridículo através do riso e, quando associado a publicidade, através da compra do produto que também irá assegurar esta distância.



Um comentário:

  1. Oi Bruna! Excelente postagem. Reflexões: será que o ridículo não distanciaria os consumidores?
    abs

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