Depois das tendencias renascentistas e agora num contexto pós revoluções industriais, as tendências artísticas do início do século XX estavam quase sempre ligadas a uma ideia de futuro. Vanguardas modernistas, como o cubismo, o construtivismo, o dadaísmo e o futurismo influenciavam muito na cultura da sociedade.
Não obstante a isso poderia ser as tendências tipográficas. Os tipógrafos tentavam fugir de normas antigas da simetria tradicional. Além disso, houve uma negação de tudo aquilo que estava a mais em uma peça tipográfica. Assim qualquer elemento decorativo presente em uma letra era considerado retrógrado e cafona. A justificativa a isso está no fato da sociedade estar cada vez mais influenciada pelo tempo da máquina e não mais pelas condições humanas, isso é a velocidade torna-se fator fundamental na vida das pessoas. Desse modo, era necessário que as informações fossem passadas sem muita interferência e de maneira cada vez mais objetiva. Os princípios de clareza e cor foram bastante estudados para que as mensagens fossem passadas de forma cada vez mais direta. Assim, as tipografias sem serifa e traços mais consistentes começaram a surgir.
Tal período também foi marcado pela preocupação da composição dos elementos em uma página. Isso é, uma peça com muito texto, ou seja, cheia de preto, era vista de uma forma completamente diferente de uma que havia somente uma palavra. O papel fisiológico de cada cor também foi muito estudado. O vermelho toma maior destaque em uma peça e parece estar mais próximo de quem lê. O preto, ao contrário, é a cor que mais distancia do leitor, pelo fato de ser a mais profunda. E o branco, a cor que reflete todas as outras, é a cor que brilha. Assim se enquadram também outras cores, como o azul que assume o papel do preto, e o amarelo que assume papel do vermelho.
Essas tendencias foram agrupadas em um manual tipográfico que recebeu o nome de A nova tipografia (Die neue typographie) por Tschichold. Nele também era descrito a valorização das letras minúsculas que eram mais simples que as maiúscula e fora questionado a ordem de como as pessoas podem ler um texto. A tipografia, o tamanho dela e o destaque que ela recebe na página, poderia modificar a ordem tradicional do ocidente de ler da esquerda para direita, de cima para baixo.
O manual é influente até hoje, como podemos perceber na marca do Facebook, que presa pela simplicidade e objetividade, sem maiúscula, inclusive. Também notamos em várias publicações a modificação do estado padrão do título, por exemplo, e mesmo assim percebemos o que é título e o que é texto. As letras sem serifa e pouco ou nada decorativas continuam a representar modernidade, como percebemos no iPod.
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