sábado, 23 de junho de 2012

Viva intensamente, morra jovem, torne-se imortal [Gabriela Bianchi] #5

 Brian Jones, primeiro guitarrista dos Rolling Stones, morreu afogado em sua própria piscina em 1969. Janis Joplin morreu de overdose em 1970. Jimi Hendrix morreu engasgado com vômito após consumo de barbitúricos. Jim Morrison morreu misteriosamente em sua própria banheira. Kurt Cobain (Nirvana) deu um tiro em sua própria cabeça. Elvis Presley foi encontrado morto em um dos banheiros de sua casa em 1977. O que eles têm em comum – além de serem astros do rock? Todos morreram aos 27 anos.

Mas nenhuma pessoa é lançada à grandeza só pela morte, é um certo tipo de pessoa que parece atrair seguidores pelo fato de ser um pouco mais excêntrica que o comum. Ajuda ter uma alma torturada, demônios pessoais, problemas com pílulas ou álcool ou comportamento ilegal. Principalmente, ajuda ter seguidores apaixonados, que por virtude de sua morte parecem apenas expandir. É como se houvesse algo de místico, alguma magia em suas mortes, porque nem todos sabiam tudo sobre eles quando eram vivos.

Já se passaram dois anos desde que Michael Jackson morreu, mas seu poder aquisitivo não mostra nenhum sinal de diminuir. Pelo segundo ano consecutivo, Jackson encabeça a lista anual da Forbes das celebridades “Top-Earning Dead”. Em sua última lista, podemos ver que nos últimos 12 meses o espólio de Jackson trouxe U$ 170 milhões de vendas de sua música e sua participação no catálogo Sony / ATV. Isso é uma grande queda de 275 milhões dólares em relação ao ano de sua morte, mas ainda é suficiente para torná-lo o segundo artista pop que mais ganhou dinheiro no ano passado, vivo ou morto, depois de U2.

E não é apenas a morte de Michael Jackson que foi e continua sendo explorada pela mídia após a morte, álbuns e mais álbuns póstumos são lançados e não param de consolar os fãs com obras guardadas no fundo da gaveta; aqui podemos ver os 10 álbuns póstumos mais conceituados dos últimos tempos. Assim como Janis Joplin ganhou sua estrela póstuma na calçada da fama, como o túmulo de John Lennon transformou-se em um templo de adoração de fãs de todo o mundo, e como a participação de Whitney Houston no filme Sparkle, que ainda não foi lançado, é aguardada ansiosamente para o fim deste ano.
Memorial de John Lennon em Londres

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