segunda-feira, 25 de junho de 2012

Desenvolvimento do hoje [Mariana Moraes] #5

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Minha última quinzena foi destinada a analisar o que o rap se tornou hoje no Brasil e porque chegou a este ponto. O que pude perceber é que antigos artistas como Racionais MC’s, Marcelo D2 e Pavilhão 9 continuam suas carreiras até hoje, no entanto, com posturas bem diferentes um dos outros. As temáticas abordadas por Marcelo D2 (ex membro do Planet Hemp) por exemplo se amenizaram, da mesma forma que sua aceitação por parte da grande mídia cresceu. Já os Racionais MC’s, pouco mudaram do seu estilo e continuam, por uma postura do próprio grupo, mais afastados da grande mídia.

O que percebemos em alta hoje são artistas como o rapper Criolo, que chamam atenção pela forma como misturam ritmos diferentes dentro do rap, no caso dele um pouco de samba e soul. Dessa forma atrai um público que não gostaria de ouvir o rap “puro”, mas que se identifica e gosta dessa mistura de ritmos. Há ainda casos como o do Emicida, que não trabalha com essa mistura de gêneros, mas chama atenção pela forma como se coloca na grande mídia, sem que isso altere suas músicas, mas de forma a representar o rap e sua história de vida.

Um ponto importante que vim percebendo ao longo de toda pesquisa é o fato de que com o tempo, os músicos desse gênero criaram uma maior abertura ao diálogo com a mídia. Anteriormente essa era vista como manipuladora e contrária ao rap, hoje já podemos enumerar alguns programas como o “Manos e Minas” da Tv Cultura e o “Boombox 98FM” da rádio 98FM destinados à cultura hip hop, principalmente o rap. Houve também recentemente em Belo Horizonte o projeto “Palco Hip Hop”, com palestras e shows.

Como infelizmente não consegui ir ao “Duelo de MC’s” por problemas técnicos, tenho tentando antes de minha apresentação final conseguir entrevistar alguém que esteja envolto no universo do rap. Além disso, fui atrás do projeto “Vozes do morro”, que acontece em algumas cidades da região metropolitana de Belo Horizonte e não é voltado apenas para o rap, mas em todas as edições houve apenas um participante que representasse esse gênero, busquei conhecer um pouco mais a respeito do projeto. E acabei por descobri que dentre os projetos do “Criança Esperança” em BH nenhum deles é voltado para o rap. Tudo que obtive ao longo dessa pesquisa e a que conclusão (ou não) cheguei serão abordados em meu relatório final.

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