domingo, 24 de junho de 2012

A minha análise das revistas. [karina Carvalho] #5


Uma mudança em meu cronograma foi necessária para esse último post. Não encontrei o livro Mulheres de Papel em tempo, mas tentarei incluí-lo em meu relatório e apresentação finais.

Depois de ler várias teses, artigos e assistir a vários documentários, minha visão sobre as revistas femininas analisadas ao longo deste projeto mudou drasticamente. Antes, eu lia revistas como a Gloss, mas não percebia a construção dos textos, dos editoriais de moda, e da própria divisão da revista a fim de me atrair e convencer de certos valores.

O principal elemento que fica evidente para mim agora é a dualidade apresentada nas revistas. A leitora tem que ser autêntica, tem que ter seu próprio estilo, mas logo depois, a revista oferece um guia de como se vestir e modelos famosos para se copiar.
As revistas ainda seguem como um guia para mulheres de todas as idades. Em todos os exemplares analisados, há testes, exemplos femininos para se espelhar, e reportagens sobre como se comportar em ambiente público e privado.

O conteúdo das matérias era em maior parte sobre beleza, moda, e sexualidade. Para mim, as questões feministas como exploração sexual, submissão feminina, colocação da mulher no mercado de trabalho, etc., foram negligenciados ou abordados superficialmente.
O discurso superficial que as revistas abordam hoje em dia não é colocado aleatoriamente. Eles são sustentados socialmente pelas próprias mulheres e amparados por fatores imaginários vendidos pela publicidade e da moda.

A independência financeira e o sucesso profissional ou nos estudos são os principais fatores de libertação e, portanto, orgulho da mulher moderna. Mas há uma cobrança constante pela beleza e me-estar dessa mulher. Ela pode trabalhar o dia todo, ter que cuidar da casa, família, ser ótima amiga, “antenada” em tendências de moda e tecnologia, mas ela tem que estar linda e bem produzida para fazer isso tudo muito bem feito.

As revistas são importantes ferramentas de conversação social, é um ótimo fórum de abordagem para questões que de fato causaria alguma mudança na visão da mulher para a sociedade, e da sociedade quanto sua visão coma mulher. Mas como disse anteriormente, o conteúdo é uma representação do que a própria leitora busca saber.

Com isto, concluo que para o discurso das revistas mudar é necessária uma mudança das próprias mulheres em relação aos seus relacionamento e prioridades.

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