quarta-feira, 27 de junho de 2012

As várias faces da Jornada do Herói [Paula Pinheiro] #5


Rambo me causou sentimentos contraditórios. Achei incrivelmente bem construída, de maneira sutil, a crítica à sociedade americana após a Guerra do Vietnã, ao regime capitalista e ao tratamento dado aos ex-combatentes, mas a narrativa propriamente dita deixou muito a desejar. Durante quase todo o filme, me senti entediada. Depois da travessia do primeiro limiar, quando Rambo foge para a floresta, o filme se dedica basicamente a reafirmar a supremacia do veterano de guerra e abandona o drama psicológico pelo qual ele passa. Com isso, o filme reduz Rambo a um herói sobre-humano, capaz de superar todos os desafios com relativa facilidade – ou seja, o transforma em um herói entediante. O tratamento dado à questão psicológica, abordada em três cenas e resolvida em uma, também me frustrou – a impressão que tive foi que essa questão serviu apenas de plano de fundo para as cenas de ação.

Drive, por outro lado, me surpreendeu. Apesar de elementos do trabalho de Campbell serem identificados na narrativa, ela se afasta bastante dos estágios da Jornada, sem que isso seja, contudo, uma falha. Fica claro que a estrutura peculiar do filme se trata de uma escolha estética do diretor.

A conclusão a que chego com esse trabalho, depois de assistir oito filmes de diferentes gêneros e épocas, é que de fato a Jornada do Herói é bastante maleável e pode assumir diferentes formas. Desde a comédia besterol Se beber não case até o eterno Um corpo que cai de Hitchcock, os elementos do trabalho de Campbell se fazem presente, mesmo que de forma sutil e intrínseca ao padrão Hollywood. Por mais que sejam ornamentados de maneiras diferentes, a maior parte dos filmes tem o mesmo tema fundamental: a superação por parte de um ser humano de seus traumas e de suas falhas de caráter – ou seja, a Jornada do Herói.
Leia Mais >>

terça-feira, 26 de junho de 2012

Importância da TV no ensino religioso e na recepção. [Pedro Mol]#5




Nessa postagem, ficou o espaço para rearranjos e conclusões. Há dois posts, eu deveria falar sobre um artigo da Doutora Karina Bellotti sobre a Mídia Confessional Cristã Protestante que visava ao público infantil. Utilizando um artigo dessa mesma autora ,"Ensino Religioso entre Sons e Imagens", mudando um pouco de assunto, porém, falarei  sobre a função dos meios de comunicação no ensino da religião e, mais que isso, falarei sobre como é recebida a mensagem passada por programas ditos "evangélicos".


Karina Bellotti destaca o papel que a Televisão e a Internet têm na propagação de idéias, cultura, ideologias dizendo: "A televisão foi escolhida pela visibilidade que confere aos grupos religiosos, povoando o imaginário dos telespectadores com expressões, imagens, práticas e simbolismos nem sempre bem compreendidos. Já a internet figura como um poderoso meio de pesquisa, que complementa a biblioteca e as publicações editoriais (jornais, revistas, livros)." Ao falar especificamente da televisão, a autora destaca a importância desse meio pela imersão na cultura que se pode ter ao assistir alguma programação: "Ignorar as referências culturais que difunde, por pensarmos que são inferiores às referências disponíveis na cultura escrita, é negligenciar materiais importantes para discussão. Trazer a televisão para a sala de aula não significa ilustrar com documentários aquilo que o professor considera insuficiente nos livros didáticos. Significa problematizar o corriqueiro, a fim de promover uma “educação do olhar”."



Bellotti cita o autor Marcos Napolitano, mostrando que que há mediações que participam na construção de sentido, significações e re-significações. Portanto, não é só alguém assistir a um programa "evangélico" que ele será um receptor que é atingido pela mensagem intencional, assim como acontece com a audiência de qualquer outro programa. Essa idéia está contida no trecho a seguir: "Recusando a idéia de que a televisão é um instrumento de dominação ideológica, o autor considera que a ela não destrói os valores do telespectador, pois cada pessoa possui seus próprios códigos e valores, que permitem um entendimento diferenciado do que se vê e ouve."


Algumas conclusões podem ser feitas após pesquisar esse tema que envolve Comunicação e Religião. Antes, porém, algumas descobertas foram feitas, principalmente no que diz respeito à história da Mídia Confessional Protestante no Brasil: o seu início no Brasil império, a forma como foi feita no formato de folhetins, assim como na reforma, os impactos causados na sociedade católica. Alguns números do primeiro post, que explicava o que era considerado góspel, quem eram os "evangélicos", assustaram-me em suas proporções. O número de fiéis que transmigravam da igreja católica para as igrejas petencostais, neo-pentecotais e protestantes. A coisa que mais me marcou durante esse período foi a reação de pessoas quando eu contava sobre o que estava pesquisando: "ah, vc está estudando aqueles pastores que gritam, que roubam e que são intolerantes!". Fiquei impressionado com a visão que as pessoas tinham desses programas, desses líderes, desse setor social, como a conduta de alguns pastores faz com que não haja diferenciação entre eles, formando algumas máximas discutidas na esfera pública: "crente é tudo safado, pastor é tudo ladrão!".


Foi interessante também analisar o programa "Show da Fé", perceber como é importante a coerência entre a estrutura do programa (cenário, quadros, continuidade) com o conteúdo divulgado. A idéia a ser passada está em toda a composição do programa. Esse é o programa da mídia confessional protestante de maior alcance, tanto nacional, quanto internacional, e é diferente dos outros do ramo, já que o apresentador não é do tipo "que grita".

Pesquisar sobre um tema que parece muito ligado à minha convivência foi curioso porque me fez pensar no meu contexto religioso de outra forma, percebendo muitas marcas/estratégias discursivas, estruturais, psicológicas que antes eram somente composição desapercebida: o culto passou a ser fiscalizado e objeto de estudo. Agora, tenho uma postura muito mais crítica sobre as coisas que acontecem. Não estou dizendo que eu seja rebelde ou burro de viseira. Só digo que há mais coisas para ver, agora, com tudo o que eu estudei.

Leia Mais >>

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Tipografia própria [Tomás German] #5


Quando idealizei a proposta de pesquisar tipografia sabia que não seria algo fácil contudo muito enriquecedor e importante para minha formação. Estava em mente tipografias inusitadas como essa: http://bit.ly/LxIorh, principalmente quando propus que gostaria de criar um tipo. É fato que poesias visuais também entram no pensamento e a influencia e a importância delas foi de fato decisiva para a construção do projeto.
O problema, e não posso esconde-lo, é o tempo. Perseguidor de todos os mortais terrestres e um dos definidores principais de nossas ações. Mas não. Não desisti, não poderia abandonar uma ideia de projeto que carreguei comigo desde o princípio do semestre. É fato que não terei a sensibilidade visual que o designer da tipografia citada acima teve para criar tipografia. Nem tampouco a disponibilidade de fotografar cotidianos e/ou lugares para eu desenvolver uma tipografia que os remetesse. Falta conhecimento sobre design também, maturidade nessa área, que não deixa de ser artística, para desenvolver algo de grande qualidade.
Mas como disse, não desisti. Tentei fazer algo mais simplório que pudesse explicar em poucos caracteres que já ocupo com dizeres dadaístas que introduzem esse post. Os rodeios e detalhes reservo para o relatório final que na minha esperança se materializa na possibilidade de escrever tudo aquilo que não cabe no limite de espaço.
Minha proposta de tipografia, então, é fazer algo extravagante. Para tal busquei os estudos da Nova Tipografia que considerava as letras minusculas mais simples e criei apenas letras maiúsculas. Também busquei no movimento mais recente que desconsidera a possibilidade das letras possuírem um mesmo tipo de traço e pensei em algo que atribuísse personalidade às letras. Considerei as letras decorativas do processo das caligrafias para remeter igualmente a essa extravagância que queria. Por fim, explico que não poderia fazer todas as letras por indisponibilidade de tempo, contudo pretendo continuar a produção num futuro próximo e disponibiliza-la para apreciação.



Leia Mais >>

Brincando com o filme: Impressionismo Francês [Raissa Fernandes] #5

Em meu último post, me dedico a pensar sobre o Impressionismo Francês. No complicado período da Primeira Guerra, o cinema da França entra em crise e perde seu patamar de principal produtor cinematográfico mundial para os EUA. E é nesse cenário que surge o impressionismo no país. Assim como os principais movimentos de vanguarda, o Impressionismo traz uma nova concepção de cinema e procura valorizá-lo como arte e não apenas como registro. Além disso, o movimento também seguiria as vertentes vanguardistas ao desafiar o conceito usual de realidade. A principal característica impressionista é no tratamento fotográfico de seus filmes. Inovando e experimentando, os diretores iriam brincar com os filmes criando distorções nas imagens. Desfoque, superexposições e montagens com ângulos inesperados eram mais importantes que o próprio enredo para falar das sensações e desvendar os personagens. O diretor Jean Epstein foi considerado o mais inovador dos diretores impressionistas. Em seu filme: “A Queda da Casa de Usher” essas características esboçadas acima ficam claras. Baseado no conto de Allan Poe, o filme fala do terror, do suspense e da angústia muito mais do que com o enredo, com sua estética. Na história, a personagem principal do filme, Madelene, vai perdendo vida à medida que seu esposo a pinta, a vida dela vai sendo transferida para a pintura. Há uma cena que é fantástica, o desmaio de Madelene (imagem abaixo) O diretor usa da superexposição e a tontura da personagem é mais do que contada, é mostrada. Jean Epstein diria que esse tipo de estética é necessária para a arte cinematográfica. “Eu descreveria como fotogenia qualquer aspecto das coisas, seres ou almas cujo caráter moral é realçado pela produção fílmica. E qualquer aspecto não realçado pela produção fílmica não é fotogênico, não tem função na arte do cinema.” (EPSTEIN, 1924).
Leia Mais >>

Beto Chaves [ Ciro Thielmann] # 5


No meu plano de trabalho, havia proposto que a última quinzena de pesquisa  seria um espaço aberto a  materiais que eu encontrasse ou tomasse conhecimento durante o processo. No entanto como estou trabalhando em cima de programas de televisão muito recentes  tive grande dificuldade de encontrar materiais de pesquisa referentes aos mesmos, que não os próprios programas, que foram sem dúvida muito satisfatórios e ricos em seu material, mas que porém se tornaram de certa forma limitantes por me atenderem mais somente na segunda terceira e quarta postagem.Mesmo utilizando deles para essas postagens, o conteúdo de pesquisa absorvido durante o processo contribui sem dúvida alguma  para o restante do projeto. Portanto escolhi como material para minha última postagem algumas entrevistas que encontrei com o apresentador da primeira temporada do programa “ Papo de Polícia” , Beto Chaves. Essas entrevistas, como a ocorrida no programa do Jô se mostraram interessantes ao mostrar um pouco do “background do programa” e também um pouco da visão e opinião do próprio apresentador em relação ao programa em comparação à o que foi mostrado na imprensa tradicional e também com relação a temas, abordados durante a entrevista, como a legalização das drogas que mesmo que extrapolem um pouco do principal tema do programa não estão, de maneira alguma, dissociadas dele. Beto Chaves conta um pouco do processo de filmagem durante uma semana dentro do complexo do alemão vivendo com a equipe de produção e se posiciona em relação ao próprio programa, dizendo  que seguindo o próprio espírito do afrorregae , seguiram a lógica de mostrar oque não é mostrado  pela imprensa tradicional, que em em suas materiais abordou a ocupação do complexo do alemão de maneira superficial focando mais na invasão, apreensões e prisões sem discutir ou problematizar a causa  e um pouco mais da realidade daquele ambiente. Durante a entrevista Jô mostra alguns trechos dos episódios e propõe discussões super  enriquecedoras e que não foram tão discutidas durante o “ Papo de Polícia” , como a volta dos armamentos ao complexo, após a ocupação  fazendo pontes com temas como a legalização das drogas.
Leia Mais >>

Desenvolvimento do hoje [Mariana Moraes] #5

criolo_emicida1

Minha última quinzena foi destinada a analisar o que o rap se tornou hoje no Brasil e porque chegou a este ponto. O que pude perceber é que antigos artistas como Racionais MC’s, Marcelo D2 e Pavilhão 9 continuam suas carreiras até hoje, no entanto, com posturas bem diferentes um dos outros. As temáticas abordadas por Marcelo D2 (ex membro do Planet Hemp) por exemplo se amenizaram, da mesma forma que sua aceitação por parte da grande mídia cresceu. Já os Racionais MC’s, pouco mudaram do seu estilo e continuam, por uma postura do próprio grupo, mais afastados da grande mídia.

O que percebemos em alta hoje são artistas como o rapper Criolo, que chamam atenção pela forma como misturam ritmos diferentes dentro do rap, no caso dele um pouco de samba e soul. Dessa forma atrai um público que não gostaria de ouvir o rap “puro”, mas que se identifica e gosta dessa mistura de ritmos. Há ainda casos como o do Emicida, que não trabalha com essa mistura de gêneros, mas chama atenção pela forma como se coloca na grande mídia, sem que isso altere suas músicas, mas de forma a representar o rap e sua história de vida.

Um ponto importante que vim percebendo ao longo de toda pesquisa é o fato de que com o tempo, os músicos desse gênero criaram uma maior abertura ao diálogo com a mídia. Anteriormente essa era vista como manipuladora e contrária ao rap, hoje já podemos enumerar alguns programas como o “Manos e Minas” da Tv Cultura e o “Boombox 98FM” da rádio 98FM destinados à cultura hip hop, principalmente o rap. Houve também recentemente em Belo Horizonte o projeto “Palco Hip Hop”, com palestras e shows.

Como infelizmente não consegui ir ao “Duelo de MC’s” por problemas técnicos, tenho tentando antes de minha apresentação final conseguir entrevistar alguém que esteja envolto no universo do rap. Além disso, fui atrás do projeto “Vozes do morro”, que acontece em algumas cidades da região metropolitana de Belo Horizonte e não é voltado apenas para o rap, mas em todas as edições houve apenas um participante que representasse esse gênero, busquei conhecer um pouco mais a respeito do projeto. E acabei por descobri que dentre os projetos do “Criança Esperança” em BH nenhum deles é voltado para o rap. Tudo que obtive ao longo dessa pesquisa e a que conclusão (ou não) cheguei serão abordados em meu relatório final.

Leia Mais >>

Efeito colateral [Leticia Garcia] #5


No último capítulo do livro Vida para consumo, Zygmunt Bauman fala sobre as baixas colaterais do consumismo. O assunto das redes sociais não é mencionado, mas dá pra entender e perceber muito da relação da formação de identidade na modernidade líquida no mundo fora da virtualidade.

A colateralidade é um conceito há pouco introduzido, que segundo o próprio autor significa “desculpar ações prejudiciais, justificá-las e eximi-las de punição com base na ausência de intencionalidade” (p. 149). É o que acontece, por exemplo, quando um homem bomba cumpre seu trabalho. O alvo é atingido, mas uma grande parcela de inocentes é com ele atingida, e esse é o efeito colateral: o grupo de inocentes não fazia parte do alvo, mas fez parte do processo e do resultado enquanto o objetivo estava sendo cumprido.

Acontece que o principal efeito colateral do consumismo pós-moderno é a subclasse. Isso mesmo, subclasse. Então, a ordem social mundial não é mais posta em diferentes classes (como se não bastasse), mas em classe e não-classe. Os membros da subclasse são os “consumidores falhos”, pessoas sem valor de mercado. Eles não faziam parte do alvo do consumismo, mas acabaram sendo afetados por ele. E como efeito colateral, de maneira completamente negativa.

Bauman diz que os pobres de hoje são os “não consumidores”. Por causa dessa falha no ato consumista do pobre, ele também não tem nenhum tipo de afirmação social. Os mais pobres como os mendigos e moradores de rua são desobrigados de vida social, comunitária, e, segundo o autor, de deveres éticos também. Eles simplesmente não são enxergados. Uma das possíveis explicações pode ser que, como acredita a doutora Paula Sibilia, na pós-modernidade se é o que se vê. A crença naquilo que não se vê, que não é palpável foi completamente enfraquecida e finalmente descartada pela grande maioria (como a beleza interior). Visibilidade é identidade e autenticidade. Logo, os “consumidores falhos” estão longe de ser alguém.
Leia Mais >>

O Humor na prática [Bruna Sanchez] #5


Esta última quinzena me dediquei à pesquisa empírica. Esta foi a etapa final do projeto e fundamental para este. Antes de mais nada, gostaria de declarar que foi uma experiência extremamente heurística e prazerosa que me acrescentou coisas que extrapolam este projeto.
Feito o desabafo, vamos às pesquisas. Na quinzena passada, elaborei o questionário a ser aplicado e tracei um mapa do público com base no textos citados no post anterior. Selecionei 10 pessoas, 5 homens e 5 mulheres de diferentes faixas etárias e classes sociais. As entrevistas foram feitas ao vivo, por telefone e por e-mail, sendo que a maior parte foi ao vivo. Algumas destas pessoas eram conhecidas ou familiares, mas outras eram completamente desconhecidas.
A dificuldade maior foi encontrar tempo disponível tanto meu quanto do entrevistado devido à carga de estudos e de trabalhos desse fim de semestre e aos horários irregulares de muitas pessoas. Outra grande dificuldade também foi a aplicação em si, uma vez que eu descobri que não é fácil entrevistar alguém sem direcionar ou influenciar na resposta obtida. Confesso que nas primeiras entrevistas eu fiz isso em algumas perguntas, mas, depois de um tempo, obtive prática e passei a interferir menos nas respostas.
As entrevistas forma gravadas com um celular e eu vou analisá-las melhor na construção do relatório final. No geral, as pessoas se mostraram bastante interessadas em falar sobre publicidade, mas eu tive a oportunidade de conhecer algumas que simplesmente não se importavam muito com o assunto e por isso não tinha muito a falar. Porém, a maior parte das entrevistas me rendeu um material satisfatório com o qual eu poderei cruzar dados, comparar e relacionar com o conteúdo teórico do meu projeto.
Tive grande sucesso em optar por executar uma metodologia de ordem qualitativa e não quantitativa, pois eu pude explorar melhor cada pergunta e descobrir quesitos interessantes a respeito da realidade e do cotidiano do entrevistado que terão grande relevância na formulação da minha conclusão. Infelizmente não vou disponibilizar nenhum trecho da entrevista aqui por causa do espaço, mas aguardem o relatório final com boas expectativas.
Leia Mais >>

[karina Carvalho] #5

Leia Mais >>

Jornalismo esportivo ou político?[Pedro Alvim] #5


Neste post meu intuito é o de ver a forma como a mídia esportiva trata as informações políticas que tem envolvimento com o esporte, como os escandalos na CBF, as obras para a Copa do Mundo, dentre vários outros acontecimentos que tornam este nosso país tão “especial”.

Uma das principais fontes de escandalo político tem sido Ricardo Teixeira, por isso manterei o foco sobre o antigo mandatário da CBF.

O cartola da CBF, nem sempre amigável, se envolveu em muitas negociações suspeitas ao longo destes 23 anos e quero mostrar como algumas de suas peripécia foram noticiadas ao longo dos anos.

Vou manter a comparação entre as duas redes de canais que venho acompanhando ao longo do trabalho: Globo e ESPN.

Globo:
A relação de Teixeira com a família Marinho sempre foi muito boa, relação essa que refletia em seus notíciarios.Por muito tempo o Sportv sofreu com isto, fazendo notíciarios superficiais sobre vários escandalos que envolviam o soberano do futebol brasileiro.

Com a vinda de Andrew Jennings para o Brasil esta relação entre ambos ficou mais clara.O autor do livro “Jogo Sujo”, que faz dura crítica ao mandatário brasileiro, sequer foi entrevistado na sua passagem pelo Brasil.

Apesar de fundamental para sua queda a Globo também foi fundamental por sua longa estadia.Não sou ingênuo para achar acreditar na total imparcialidade, mas nesse caso, na minha opinião, a Globo acabou sendo conivente diante de tantos acontecimentos.

Esta matéria ilustra exatamente a situação, criticas amenas e um tom de agradecimento desproporcional com o mandato de Ricardo Teixeira:


Espn:

Trata o tema com seriedade, porém não o debatem com profundidade.As melhores abordagens foram feitas por Juca Kfouri, jornalista que também trabalha com a Globo.

Sempre noticiaram as desventuras de Teixeira, porém na maioria das vezes era tratado em segundo plano, pois o futebol não para.Isso acaba sendo o retrato de como a mídia esportiva em geral trata a política, um descaso imenso.

Conclusão:

A mídia no Brasil ainda não trata os cartolas(figuras políticas do âmbito esportivo) com a devida rigides.Apesar de tratar de uma paixão, o esporte movimenta uma quantidade imensa de dinheiro, sendo assim necessário um maior controle, que pode ser feito sim por jornalistas esportivos, pois a profissão vai além de uma quadra ou um campo.

Leia Mais >>

domingo, 24 de junho de 2012

A minha análise das revistas. [karina Carvalho] #5


Uma mudança em meu cronograma foi necessária para esse último post. Não encontrei o livro Mulheres de Papel em tempo, mas tentarei incluí-lo em meu relatório e apresentação finais.

Depois de ler várias teses, artigos e assistir a vários documentários, minha visão sobre as revistas femininas analisadas ao longo deste projeto mudou drasticamente. Antes, eu lia revistas como a Gloss, mas não percebia a construção dos textos, dos editoriais de moda, e da própria divisão da revista a fim de me atrair e convencer de certos valores.

O principal elemento que fica evidente para mim agora é a dualidade apresentada nas revistas. A leitora tem que ser autêntica, tem que ter seu próprio estilo, mas logo depois, a revista oferece um guia de como se vestir e modelos famosos para se copiar.
As revistas ainda seguem como um guia para mulheres de todas as idades. Em todos os exemplares analisados, há testes, exemplos femininos para se espelhar, e reportagens sobre como se comportar em ambiente público e privado.

O conteúdo das matérias era em maior parte sobre beleza, moda, e sexualidade. Para mim, as questões feministas como exploração sexual, submissão feminina, colocação da mulher no mercado de trabalho, etc., foram negligenciados ou abordados superficialmente.
O discurso superficial que as revistas abordam hoje em dia não é colocado aleatoriamente. Eles são sustentados socialmente pelas próprias mulheres e amparados por fatores imaginários vendidos pela publicidade e da moda.

A independência financeira e o sucesso profissional ou nos estudos são os principais fatores de libertação e, portanto, orgulho da mulher moderna. Mas há uma cobrança constante pela beleza e me-estar dessa mulher. Ela pode trabalhar o dia todo, ter que cuidar da casa, família, ser ótima amiga, “antenada” em tendências de moda e tecnologia, mas ela tem que estar linda e bem produzida para fazer isso tudo muito bem feito.

As revistas são importantes ferramentas de conversação social, é um ótimo fórum de abordagem para questões que de fato causaria alguma mudança na visão da mulher para a sociedade, e da sociedade quanto sua visão coma mulher. Mas como disse anteriormente, o conteúdo é uma representação do que a própria leitora busca saber.

Com isto, concluo que para o discurso das revistas mudar é necessária uma mudança das próprias mulheres em relação aos seus relacionamento e prioridades.
Leia Mais >>

sábado, 23 de junho de 2012

At last… [Idgie Pena] #5


Para essa última quinzena, designei a criação de no mínimo duas peças seguindo estilos estudados e, para o post, compartilhamento das conclusões às quais cheguei durante o percurso.

Quanto às peças, decidi que seriam versões para um convite de casamento, e os estilos escolhidos foram o tipográfico e o vintage/retrô. Minha opção pelo vintage/retrô veio do fato de ser a estética que mais me agradou, então seria prazeroso criar algo fazendo uso da mesma; a outra opção foi pelo fato do estilo tipográfico ter sido o que tive mais dificuldade de estudar, então achei que seria interessante explora-lo mais. Depois de pesquisar vários gêneros que eu poderia fazer uso (propagandas, cartazes de filmes, capas de dvd/cd, posteres de festas, etc), optei por convite de casamento por ser uma peça que dá margem à várias releituras, e achei que seria interessante para mostrar que o combo “papel branco + letra de caligrafia” não é o único possível. Algumas referências de convite que levei em consideração:

gaiolas
grey
Harding_Wedding
lhama wed
marriage
save the date2
tie_that_bindsweb

Não acrescentei as peças que fiz aqui porque, como elas são o fruto final da minha pesquisa, julguei ser mais interessante mostrá-las somente na apresentação final.

Em relação ao que aprendi com a pesquisa do semestre, creio que houveram alguns pontos positivos e outros negativos. Semestre passado, meu tema foi bastante teórico, ao contrário deste, e pude perceber que é muito mais difícil pesquisar e definir verdades sobre coisas tão fluidas quanto meu tema atual. Gostaria de ter alcançado uma maior abrangência – no sentido de maior número de estéticas –, mas o tempo gasto em tentar consolidar teoricamente um assunto extremamente prático tornou isso difícil. Por outro lado, foi bastante divertido pesquisar sobre algo que me interessa muito, e sem dúvida pude aprender bastante com isso. Espero que isso se reflita na criação das minhas peças, de agora em diante.



Leia Mais >>

Marketing de Eventos - Conclusão [Arnaldo Garcia] # 5


Destinei este último post para fazer uma breve conclusão sobre o meu percurso até então estudando sobre o universo do marketing de eventos, e tendo a Red Bull como case de sucesso para essa prática inovadora no mercado.




Durante este semestre fui a alguns eventos rodeados pelo patrocínio e grandes marcas como Red Bull, Vivo e Natura. Onde pude observar o poder de marketing que esses ambientes possuem e entender porque são grande tendência no mundo inteiro.




Como afirmei em outros posts, os eventos funcionam como forma de prolongar o contato do consumidor com um produto, se tornando íntimo e capaz de dizer o que gosta e como preferiria que fosse esta relação. É um ambiente propício também promover estratégias direcionais ao alvo em questão, o qual possui uma margem de erro bem menor.



As marcas aparecem em todo momento do espetáculo, seja pela presença massiva de logos e slogan, quanto por brindes, produtos personalizados e a escolha da cor do ambiente. Na maioria dos eventos, a marca foco apenas patrocina com capital, sendo a realização de fato resposável por uma produtora especializada. O que não é tão interessante em quesitos de domínio total do que stá sendo feito, mas que é a saída mais viável em termos de mercado. Nesse aspecto se destaca a Red Bull, já que ela não se apropria de espetáculos, ela simplesmente faz os seus. De forma nenhuma ela admite o fato de dividir o foco do evento com outra empresa.


Desde o início das pesquisas, e em todas as fontes em que tive contato, os autores destacam a genialidade de Mateschitz, fundador da empresa de energéticos. Desde a sua perspicácia em descobrir a fórmula conversando com taxistas em uma viagem de negócios a Ásia até sua ousadia de procurar sempre o improvável. O fato é que ele prova a todos que não existem fórmulas fixas de sucesso corporativo, como afirmam os administradores, cada produto tem uma história e uma forma de abordagem.  

Parece que a todo momento a Red Bull tenta provocar e fazer repensar nossos conceitos como comunicador. Começando por um produto extremamente polêmico, onde até hoje passa por inúmeros testes quanto a efeitos colaterais. Não bastasse isso ele tem um gosto reprovável pela maioria das pessoas em pesquisa, o que foi determinante para sua escolha. Conta com um slogan vago, e ainda a única forma de utilização da publicidade tradicional em TV é feita por desenhos um tanto quanto infantis e sem qualquer grande elaboração de roteiro. Indo contra o que todas empresas vão, ela não investe tanto em redes sociais badaladas.

O que pude concluir e que faz parte do príncipio da Red Bull em tudo que ela faz é justamente não ter nenhum princípio norteador. A marca apenas tem um público alvo muito bem determinado e restrito (jovens esportistas), e um conceito de se renovar. E o mais importante: Faz questão de ir contra tudo que as outras empresas estão fazendo.

Os eventos entram como base estratégica do marketing da Red Bull. Com finalidade de pesquisa fui ao Paper Wings que aconteceu em Belo Horizonte e achei bem interessante.


 O evento recorria de muito investimento e organização para o baixo número de público. O que é totalmente coerente já que a Red Bull “Também não faz eventos para a massa porque não é a massa que interessa. É o jovem, que passa cada vez menos tempo na frente da televisão”, afirma Sílvio Laban (coordenador-geral dos programas de MBA e professor de marketing do Insper).







Leia Mais >>

Millôr na Veja [Isabella Lucas] #5

Em 1968, pouco antes do nascimento d'O Pasquim, Millôr entra para o grupo de jornalistas da editora Abril como colaborador da revista Veja. A publicação, que nascia naquele ano, fundada por Vitor Civita e Mino Carta, foi lançada com o intuito de se tornar "a grande revista semanal de informação de todos os brasileiros" (Edição de 11 de setembro de 1968). E se tornou, de fato, a revista de maior circulação nacional e maior inserção nas classes médias do país, atingindo tiragens superiores a um milhão de exemplares. 

Ainda que no princípio de sua vida a revista Veja não fosse descaradamente defensora dos interesses conservadores direitistas, como o faz hoje, com o passar dos anos - e o acirramento da censura - a publicação foi se alinhando aos interesses do governo. Em seus primeiros anos de vida, não que fizesse um jornalismo de oposição, mas, de certa forma, mais combativo e verdadeiro.

É nesse contexto que são publicadas as bem humoradas e sarcásticas charges de Millôr, que abordavam desde críticas ao governo até retratação da vida conjugal. Numa época em que o governo militar mandava, desmandava e outorgar Atos Institucionais havia virado moda, o chargista retratava a opressão social provocada por  essa promulgação excessiva de leis. 


Outro alvo da aguçada crítica de Millôr foi a cultura massificada, personificada na televisão e sua influência na vida dos brasileiros. Além disso, o jornalista também exprimia nas charges sua revolta contra o sistema de cobrança de impostos, as diferenças sociais e a má distribuição de renda, a emancipação feminina e o consequente ataque à ala masculina. 


Mais recentemente, se tornaram alvo das críticas de Millôr as constantes viagens internacionais do então presidente Lula, seu estilo populista e a forma como o ex-presidente encarou a crise monetária internacional. 





Leia Mais >>

A figura central: Luciano Huck [Laura Marques de Oliveira] #5

Para o post final decidi (com base no segundo encontro presencial) pensar a figura de Luciano Huck no programa e deixar a conclusão para ser apresentada no último encontro presencial. 



O apresentador comanda há mais de dez anos o Caldeirão do Huck nas tardes de sábado. E o programa está extremamente vinculado à ele: vide o nome que o produto leva.



O programa tem fortes traços assistencialistas (prática do populismo) o que pode não ser muito compatível com o posicionamento de Luciano fora das telas. Isso devido à já declarada filiação do apresentador ao PSDB, Partido da Social Democracia Brasileira, que tem uma tradição de direita. Tal partido segue uma linha política contrária ao populismo, o qual é praticado normalmente por partidos e representantes políticos esquerdistas. PSDB é visto também como um partido elitista, que como já mencionei, se opõe ao ideário populista - fazendo com que haja uma contradição na imagem de Huck.


O apresentador é muitas vezes mencionado como o bom-moço: esse é outro aspecto que gira em torno de sua imagem. A revista Veja do da semana do dia 2 de fevereiro de 2011 foi estampada com uma foto de Luciano Huck e sua mulher com o título: "A reinvenção do bom-mocismo". O apresentador não só é mostrado como bom-moço, mas também se diz um: "Passo o dia pensando em como deixar as pessoas mais felizes e como tentar fazer este país mais bacana. TV diverte e a ONG que presido tem um trabalho sério e eficiente em sua missão. Meu prazer passa pelo bem-estar coletivo, não tenho dúvidas disso”. Esse é um trecho de um artigo de Huck que foi publicado no Jornal Folha de São Paulo do dia primeiro de outubro de 2007. O artigo foi um desabafo de Huck após ter seu rolex roubado; no texto ele ao mesmo tempo pede atenção das instituições públicas para a questão da segurança pública e fala do que sentiu ao ser roubado.

Para manter uma proximidade com seu público, além de sempre se dirigir às câmeras num tom de cumplicidade, ele utiliza as redes sociais. Na rede ele comenta sobre assuntos relevantes do momento, indica livros e filmes, conta sobre seu dia-a-dia e pede a opinião dos internautas sobre, por exemplo, que roupa ele deveria usar no programa.







Bibliografia:

<www.futepoca.com.br/2011/04/editora-abril-quer-luciano-huck.html> Acesso em 15/06/2012 

<www.midiacidada.blogspot.com.br/2011/01/o-casal-simbolo-da-elite-brasileira.html Acesso em 20/06/2012> 

<www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u336144.shtml> Acesso em: 27/06/2012

Leia Mais >>

O auge e a decadência tudo ao mesmo tempo em meados da década de 1920 [Camila Santos Marques] #5



Bom, esta ultima semana, que também ficou responsável pela década de 1920, tive que focar um pouco mais nos EUA para que a postagem se tornasse plausível, assim, acabei eliminando alguns filmes que citei no cronograma, mas que tentarei retomar no relatório final. Este, foi o período em que o cinema mudo teve seu maior destaque, explodiu em Hollywood e acabou decaindo, quase que pelo mesmo motivo. O BOOM!

Neste momento, faz-se necessário lembrar Flávia Cesarino e seu livro “O primeiro cinema – espetáculo, narração, domesticação”, que chama a atenção para a construção de um cinema cristalizado, de narrativas previsíveis desde seus primórdios. Digo isto porque foi este um dos maiores problemas que a década em questão enfrentou.

O cinema mudo cresceu demais nos anos 1910 e se transformou de pequeninos barracos que faziam humildes exibições, para imigrantes das classes mais baixas, em enormes espetáculos requintados também  para os estratos mais altos da sociedade. Haja público! “Não era nada fácil contentar aquela massa de mais de 40 milhões de espectadores por semana.” Tal como especificou Celso Sabadin.   O cinema se tornou popular demais, a frequência com que as pessoas assistam aos filmes era altíssima. Chegou ao ponto de cansar, tudo já estava muito batido e repetitivo. “Parecia que tudo já havia sido filmado”, utilizando as palavras do mesmo autor.

Para completar, um novo meio de comunicação  despontou e nesta época e  começou a prender as pessoas em casa, o rádio. Uma novidade que prometia revolucionar a sociedade, pois iria aproximar as pessoas em diferentes partes do país, já que as transmissões radiofônicas expunham o mesmo conteúdo para pessoas diferentes, em locais diferentes ao mesmo tempo.  Uma reviravolta precisava acontecer para atrair o publico de volta para as salas de cinema.

Esta revolução aconteceu, mas acabou com a versão silenciosa da sétima arte na época. Em 1926 a Warnner – que adquiriu os direitos sobre um aparelho que sincronizava áudio e vídeo, o Vitaphone – fez a primeira exibição com som. Mas, ela não agradou muito ao público e as despesas tinham sido altas demais. Tratava-se de um filme da filarmônica de NY. Tentaram novamente um ano depois, em outubro de 1927, desta vez o escolhido foi uma adaptação da Broadway, “O cantor de jazz”. Um sucesso absoluto!!

O cinema não foi mais o mesmo desde então. “O publico não queria mais saber dos filmes mudos”; tristemente muitos artistas viram suas carreiras acabarem da noite para o dia; novos tipos de profissionais e técnicas começavam a ser mais valorizados; as gravações ao ar livre foram interrompidas por um tempo por falta de técnica e o publico lotou novamente as salas de exibições.

Por isto, procurei alguns clássicos para assistir deste período e o primeiro filme exibido com som. São eles “Em busca do ouro”, 1925 e “O circo”, 1928 de Charles Chaplin e “O cantor de Jazz”. Mas, infelizmente, por causa da falta de tempo, confesso, não consegui procurar mais sobre Gordo e o Magro, como prometi, e sobre outras obras mais diversificadas.

Os filmes mudos resistiram, mas por pouco tempo. Ainda bem que hoje a onda Vintage/Retrô que invade as tendências da moda direciona, merecidamente, os olhares para o antigo, o antiquado, o primitivo...o mudo. Foi o que vimos este ano com o sucesso de “O Artista”. 


Veja um pouco de "O cantor de jazz"


Referências bibliográficas 


SABADIN, Celso. Vocês ainda não ouviram nada, a barulhenta história do cinema mudo. São Paulo: Lemos Editorial, 1997.

Clássicos do cinema mudo. BILHARINHO, Guido. INSTITUTO TRIANGULINO DE CULTURA. Uberaba, MG: Instituto Triangulino de Cultura, 2003. 296p

COSTA, Flávia Cesarino. O primeiro cinema - espetáculo, narração, descontrução. Azougue Editorial. Rio de Janeiro, 2005.


Leia Mais >>

A Influência da Cultura no Marketing - Conclusões [Filipe Mendonça] #5

Neste último post irei resumir, como possível, o que aprendi neste semestre pesquisando sobre o tema "Influência da Cultura no Marketing". Claro que não falarei apenas o que aprendi sobre ele, mas também tudo o que descobri relacionado a ele.

Quando introduzi o assunto falando sobre a chegada de certas multinacionais a alguns países, fiquei surpreso ao descobrir sobre a história da Coca-Cola e da Marlboro, pois eram completamente opostas. Enquanto a Coca-Cola chegou já exaltando a cultura brasileira em seus comerciais, a Marlboro optou por uma propaganda universal, transmitida igualmente entre vários países em que já estava consolidada como conhecida marca de cigarros. O resultado: ambas campanhas deram certo! Apesar de ter sido algo inesperado e até mesmo confuso, foi ótimo perceber logo no início que as multinacionais podem se infiltrar e influenciar uma cultura sem precisar sempre de abordá-la em seus comerciais. Além disso, foi pesquisando sobre o contexto histórico da chegada da Coca ao Brasil (2ª Guerra Mundial) que também entendi como este também influencia no marketing.

Os casos em que a influência da cultura no marketing estavam mais explícitos foram mostrados no segundo post. A forma como a Coca-Cola alterou quase que completamente sua campanha para se adequar ao mercado africano e indiano me chamou a atenção. A partir disso, pude aprofundar ainda mais minhas pesquisas. Não fiz apenas a pesquisa de influência Cultura-Marketing, mas também tentei entender a formação das sociedades e da cultura, o que me permitiu compreender melhor porque na Índia e na África a cultura foi tão ressaltada e nos outros lugares nem tanto. É nessas horas que refletimos sobre o quão multidisciplinar é o marketing.

Pesquisar sobre a situação inversa (influência do marketing na cultura) também foi muito importante para perceber essa dualidade que existe na relação Cultura-Marketing. Da mesma forma que a cultura influencia o marketing, o marketing também pode modificá-la. Certas descobertas me surpreenderam, como o fato da Coca-Cola ter quebrado alguns paradigmas da cultura brasileira (como beber direto da garrafa, que era considerado anti-higiênico e falta de educação). Quando pensamos que o marketing influencia a cultura pensamos mais na transmissão de ideologias de uma marca ou no aumento do consumismo, mas acontece que essa intervenção das multinacionais na sociedade é muito maior do que pensamos. 

Por fim, a descoberta do Antropomarketing foi outro marco na minha pesquisa, pois não tinha me ocorrido entender a influência da cultura no comportamento do consumidor. O texto que utilizei como base me foi muito útil também para perceber ainda mais como o marketing se estende para outros campos do saber, como psicologia, antropologia, sociologia, entre outros. Ainda foram dadas dicas para se fazer um bom marketing, o que achei muito importante.


Leia Mais >>

Viva intensamente, morra jovem, torne-se imortal [Gabriela Bianchi] #5

 Brian Jones, primeiro guitarrista dos Rolling Stones, morreu afogado em sua própria piscina em 1969. Janis Joplin morreu de overdose em 1970. Jimi Hendrix morreu engasgado com vômito após consumo de barbitúricos. Jim Morrison morreu misteriosamente em sua própria banheira. Kurt Cobain (Nirvana) deu um tiro em sua própria cabeça. Elvis Presley foi encontrado morto em um dos banheiros de sua casa em 1977. O que eles têm em comum – além de serem astros do rock? Todos morreram aos 27 anos.

Mas nenhuma pessoa é lançada à grandeza só pela morte, é um certo tipo de pessoa que parece atrair seguidores pelo fato de ser um pouco mais excêntrica que o comum. Ajuda ter uma alma torturada, demônios pessoais, problemas com pílulas ou álcool ou comportamento ilegal. Principalmente, ajuda ter seguidores apaixonados, que por virtude de sua morte parecem apenas expandir. É como se houvesse algo de místico, alguma magia em suas mortes, porque nem todos sabiam tudo sobre eles quando eram vivos.

Já se passaram dois anos desde que Michael Jackson morreu, mas seu poder aquisitivo não mostra nenhum sinal de diminuir. Pelo segundo ano consecutivo, Jackson encabeça a lista anual da Forbes das celebridades “Top-Earning Dead”. Em sua última lista, podemos ver que nos últimos 12 meses o espólio de Jackson trouxe U$ 170 milhões de vendas de sua música e sua participação no catálogo Sony / ATV. Isso é uma grande queda de 275 milhões dólares em relação ao ano de sua morte, mas ainda é suficiente para torná-lo o segundo artista pop que mais ganhou dinheiro no ano passado, vivo ou morto, depois de U2.

E não é apenas a morte de Michael Jackson que foi e continua sendo explorada pela mídia após a morte, álbuns e mais álbuns póstumos são lançados e não param de consolar os fãs com obras guardadas no fundo da gaveta; aqui podemos ver os 10 álbuns póstumos mais conceituados dos últimos tempos. Assim como Janis Joplin ganhou sua estrela póstuma na calçada da fama, como o túmulo de John Lennon transformou-se em um templo de adoração de fãs de todo o mundo, e como a participação de Whitney Houston no filme Sparkle, que ainda não foi lançado, é aguardada ansiosamente para o fim deste ano.
Memorial de John Lennon em Londres
Leia Mais >>

O estranho mundo de Burton [Bárbara Nery] #5

Minha última quinzena de pesquisa foi reservada para leituras - agora com repertório suficiente para total entendimento – sobre a obra e o estilo do produtor e diretor Tim Burton.
Uma das características que reparei foi a relação entre arte e cinema hollywoodiano. Burton é um dos poucos diretores que, apesar dos grandes investimentos, lucros, vendagens e outras variáveis que Hollywood influencia, consegue imprimir uma marca extremamente pessoal.
Outra característica é que, apesar da unicidade de seus filmes, estes variam muito. As narrativas de Burton passaram por animações, dramas, ficção científica, comédia, terror, adaptações de contos e quadrinhos e refilmagens.
Uma das razões de sucesso de seus filmes é também a relação com toda a sua equipe. Fato evidenciado pelas constantes parcerias como Danny Elfman na trilha sonora, Colleen Atwood no figurino, Johnny Depp e Helena Bohan Carter no elenco, entre outros.

Quanto à influencia de Burton, estas são bem evidentes: o expressionismo e surrealismo se mantém muito presente em suas obras. Além do mais, Burton faz questão de remeter a seus ídolos, como a o filme biográfico sobre Ed Wood e as inúmeras referências a Vincent Price e Edgar Allan Poe.  Apesar disso, Burton ainda segue a linearidade do cinema clássico em sua narrativa e o foco na personagem principal.

Porém, a principal marca de Burton é o conflito de seus heróis. Estes são sempre ‘desajustados’, muitas vezes obsessivos, e se encontram deslocados de seu espaço. Tim trata de assuntos relativos ao “eu” numa visão ingênua, pueril ao tratar de aceitação do estranho e fascinação pelo novo. Por isso a constante referência ao imaginário infantil, apesar de seus filmes não serem feitos para crianças. Muito pelo contrário, trazem complexidades maduras com viés humano, como temas de morte e a relativização do bem e do mal na inversão de papéis.
A estética é outro ponto forte do diretor. Suas personagens têm encenações exageradas e mesmo caricatas, os cenários mesclam lugares sombrios ou extremamente coloridos. É curioso como Burton desvia o que seriam os protagonistas clássicos nas personagens mais excêntricas, como no caso de Alice no País das Maravilhas, em que o Chapeleiro Maluco tem grande destaque.
Estas observações, entre outras, tiradas de um estudo e de percepções pessoais serão explicitados e explorados no relatório final.
Leia Mais >>

Por que a Coca-Cola é a Coca-Cola? [Luiza Alfenas] #5



Há dois importantes fatores que contribuiram para que a Coca-Cola se tornasse o sucesso que é hoje em dia, sendo uma das maiores marcas - se não a maior - do mundo: O foco nas pessoas (1) e no marketing, especialmente em seguir um propósito da marca, um conceito que vai além de consumir o produto em si (2).
(1) O marketing da Coca-Cola sempre foi voltado para as pessoas, seja nas próprias campanhas, com um lado muito humanizado, que expressa os sentimentos e aproxima a marca do nosso cotidiano, seja no patrocínio de eventos interessantes em todo o mundo, tornando-se, assim, onipresente em qualquer lugar do mundo e, como visto nos posts anteriores, distribuindo brindes e produtos com sua marca para, assim, 
difundi-la ainda mais em nosso dia-a-dia. A forma como a empresa se comunica com seus consumidores mudou. Agora a liderança desta relação entre marca e os consumidores está nas mãos do consumidor, que se torna, assim, a peça mais importante do jogo. (2) Além disso, é importante destacar o grande valor do marketing para a companhia, que vai muito além de divulgar a bebida em si, no desenvolvimento de um propósito da marca, um conceito, que estará presente em qualquer ação da empresa. "O papel de uma marca vai além de vender um produto. A marca tem que ser importante para as pessoas. Mais do que construir uma marca poderosa, precisamos criar marcas que possam transformar o mundo". E isso se traduz em todas as ações da Coca-Cola. Ela vende a felicidade. O prazer. O otimismo. "A nossa preocupação não é só de ter o melhor produto, mas de criar conexões emocionais com as pessoas."




Outro ponto muito explorado pela Coca-Cola é a necessidade de se manter uma marca nova, constantemente. Isso quer dizer criar sempre novos produtos, atendendo aos novos públicos, necessidades e interesses de cada um  - como sucos, chás, energéticos e até águas. 
Mas também quer dizer estar sempre presente em todos os meios de comunicação, desde os jornais e rádios até as redes sociais; Inovar nas campanhas, criando ações de guerrilha que viram sucesso em dias com a divulgação em massa na internet, distribuição de brindes e produtos diferenciados; e, especialmente, estando sempre em contato direto com o público jovem, o principal alvo das campanhas. 

Mas antes de qualquer um desses pontos, o mais importante é o fato de que a marca está sempre preocupada em ser a melhor, a líder, a querida por todos - e não mede esforços para tal. Não a toa, essa insistência gerou resultados no mundo todo, e a "lovemark" é querida onde quer que se vá, independendente de culturas, religiões, e classes sociais. 
Leia Mais >>

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Memes que entram na minha casa, entram na minha vida! [Daniella Rodrigues] #5

Enfim, quero começar dizendo que, depois de meses pesquisando, acho que as maiores conclusões que posso tirar são que, definitivamente:


1) Entender memes, em sua totalidade, como "gene da cultura", é algo extremamente complexo e complicado. Ele abrange áreas que eu nem mesmo imaginava. Uma frase do artigo "O Poder do Meme", de Susan Blackmore, mostra como o meme é e está além de muita coisa:
 "Se a memética é verdadeira então os memes criaram as mentes humanas e a cultura com a mesma certeza que os genes criaram os corpos humanos."
Ou seja, o que sería de nós sem os memes?


2) Memes, agora já os de Internet - foco do meu Projeto AII - , ultrapassam a barreira da rede e entram no nosso mundo, influenciando no nosso modo de ser, pensar, falar e até agir - o que foi comprovado ao longo dos posts. É cada vez mais difícil traçar uma linha entra o mundo online e o offline. 


O que confirma ainda mais minha conclusão são as inúmeras propagandas que, hoje, surgiram por causa de Memes de Internet - e virce-versa.

Uma propaganda que recentemente virou Meme - e que surgiu de um antigo viral já existente - foi a do Itaú, na qual uma menina é surpreendida pelos pais ao saber que sua então sonhada viagem à Disney se tornaria real. Interessante perceber que o banco em questão está explorando muito essa junção da vida online/offiline para suas novas campanhas publicitárias. Talvez, por saber que vídeo x ou y já faz sucesso na Internet, porque então os mesmos, apropriado aos valores do banco, também não o tornaria um sucesso?!


A seguir esta, assim como outras propagandas, ilustram como exemplos:

1) A propaganda - ITAÚ:




O meme original:




VÍDEO BÔNUS: Lily dançando com o Mickey, fofa, com seu sonho realizado.





2) A propaganda - ITAÚ:





O meme original:







Agora, um pouco do caminho inverso:



1) O meme original - Luiza no Canadá ! (Que por sinal era uma propaganda!)





As propagandas:


Clique na imagem abaixo para entender mais da campanha do Magazine Luiza.


2) O meme original - PARA A NOOOOOOOOSSA ALEGRIA!:



A propaganda - PEPSI



VÍDEO BÔNUS: Dia das mães, PARA A NOSSA ALEGRIA!



3) O meme oficial - AS MINA PIRA!






A propaganda - Big Apple


Como já dito e mostrado antes ao longo do projeto, memes se espalham e vão para todos os lugares possíveis!

Para encerrar, um exemplo de outra aplicação dos memes no nosso cotidiano: Em um vídeo-clipe que é 100% composto por vários virais da Internet! :)

Postei ouvindo:




Leia Mais >>

Nuberu Bagu - A realidade cruel e a reflexão do surreal [Johnatan Ferreira] #5




A estética de Shohei Imamura é a que mais valoriza o real no que se trata da nouvelle vague. Ele vai até o ambiente rural e tenta captar vislumbres de uma verdade japonesa que se encontra naquele cotidiano do agricultor e do camponês. Longe de discussões politicas ou do deslocamento urbano. Imamura filma o interior do Japão e a partir daí desenvolve suas preocupações com o universo dos sonhos e alimenta os inúmeros elementos que o contrapõe daquele cinema de Yasujiro Ozu, ao qual o próprio Imamura já fora assistente nos seus anos de Shochiku¹.

Mas Shohei vai além, e quer tragar com a câmera os instintos animalescos dos homens, a selvageria escondida pela civilidade e não poupa sexo, tragédia e brutalidade para mostrar isso. Nesse meio absurdo e caótico, surge uma figura feminina que se ergue com força e potencialidade, e se é acometida com armas vis, utilizará apenas elas para contra-atacar. Como David Desser coloca em “Eros plus Massacre”²,  em Imamura a mulher revida, é apaixonada e tão irresponsável e egoísta quanto os homens que as cercam.  No filme A mulher inseto (Nippon konchuki,1963)  ele utiliza uma frieza de um cientista social para filmar a mulher que trabalha, em Desejo Profano (Akai Satsui, 1964) há o feminino doméstico e a constante violação sexual da mulher que somente na ferocidade sobrevive nesse meio corruptível, chegando em Os Pornógrafos (Jinruigaku nyûmon,1965) que desvinculado de qualquer grande produtora e privilegiando uma plasticidade fantástica ele satiriza a luxúria dos homens.

A Mulher das Dunas


Hiroshi Teshigara por sua vez, apesar de também inserir o papel feminino nos seus filmes diferente da do cinema clássico, utiliza o enfoque surreal em pleno contato com essa veia da realidade documental para abordar o corpo humano fragmentado, identidades que se perdem em meio ao absurdo fantasioso da reflexão e a crueza do real. O diretor abusa de uma estética incrível e de uma beleza plástica assustadora para compor seus planos e enquadramentos fantásticos. Em A Mulher das Dunas (Suna no onna,1964), um dos filmes mais impressionantes que eu já vi dessa geração do cinema japonês, há uma construção de um mundo obsessivo e único em que a areia, a loucura e o sexo imperam nesse ambiente árido. Com a  Cilada (Otoshiana,1962) e O rosto de um outro  (Tanin no kao, 1966) Teshigahara formula ponderações ainda mais profundas sobre os homens na sociedade e suas crises que os desarticulam.



cena de A Mulher das Dunas

_______________________________

¹ NAGIB, Lucia. Em torno da nouvelle vague japonesa. Campinas, SP: UNICAMP, 1993. 183p.
² DESSER, David, Eros plus Massacre – An Introduction to the Japanese New Wave, Indiana University Press, 1988

Leia Mais >>