quarta-feira, 13 de junho de 2012

Marketing de eventos no Brasil [Arnaldo Garcia] #4


Marketing de eventos é uma tendência visível também no Brasil. Segundo a pesquisa “O impacto econômico dos eventos” encomendada pelo Instituto Alatur podemos apontar que o número de eventos realizados pelas empresas no Brasil em 2011 cresceu 43%.

Isso parte em muito pela mudança do mercado composto por concorrências cada vez mais afiadas e também da mentalidade dos nossos empresários. Hoje em dia temos um contato muito maior com os produtos, muito em função da internet que possibilita inclusive que se façam elogios assim como duras críticas ao mesmo. Empresas de sucesso são aquelas que exploram um diferencial no meio de tantas. E os eventos são um excelente nicho para isso.

 “As empresas investiam em eventos de terceiros, como participação em feiras. Agora perceberam que o retorno em conhecimento que trazem para os colaboradores é muito maior quando os eventos são realizados internamente, com a própria equipe”, diz Alberto Moane, Diretor da Alatur Eventos & Incentivos.

Em se tratando da Red Bull, a marca já explorou o marketing de eventos em nosso território algumas vezes. Surpreendeu todo mundo, por exemplo, com o Red Bull Air Race, corrida de aviões que levou mais de um milhão de pessoas à praia de Botafogo e o Motocross Freestyle que transformou o sambódromo carioca em um circuito com mais de 10 mil toneladas de terra. Em entrevista, o diretor de marketing da empresa afirmou o potencial nacional mesmo não tendo tradição na maioria dos esportes patrocinados. “Realizar eventos no Brasil é algo fantástico porque a matéria-prima é farta, como locações, riqueza de culturas, povo aberto a experiências e participativo”.  
O que realmente é um fato, o povo brasileiro é caracterizado por sua abertura a novos conceitos e tendências. Isso faz parte da nosso percurso histórico como povo miscigenado e culturalmente diverso. O que não se pode atribuir a essa menor resistência é a idéia de aceitarmos qualquer coisa ou produto. Com toda certeza se o evento não fosse muito bem planejado daria tão errado quanto em outros países.

Sobre a agência Loducca que cuida da comunicação da Red Bull no Brasil achei interessante a seguinte posição do diretor de criação Guga Ketzer: “É um grande desafio porque é uma marca extremamente jovem, inovadora e diferenciada, que surgiu de uma categoria de produto que não existia. Ela inventou uma categoria. Está no DNA deles, no espírito da marca fazer ações diferenciadas. É um desafio excelente ficar o tempo inteiro atrás de coisas novas, inventar ações fora da mídia e fazer barulho”.












Algo que pude observar ao longo dessa semana e que se aplica a possíveis explicações do enorme investimento em marketing da Red Bull gira em torno da origem do produto. A fórmula do energético em questão não é patentiada, ou seja o maior risco da empresa são os  seus concorrentes. Existem dezenas no mercado, como por exemplo o Burn da Coca-Cola, com sabores praticamente iguais ao da Red Bull e ainda com preços menores. Então a todo momento existe a necessidade de posicionamento da empresa no mercado, bem junto aos consumidores. Mesmo que seja necessário gastar milhões para isso.

Um comentário:

  1. Olá Arnaldo, tente explorar um pouco mais, na sua última postagem, a forma com que a marca aparece nos eventos. Coloque por favor as fontes (sites,revistas ou livros) nas suas postagens.

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