quinta-feira, 31 de maio de 2012

Mandando Bem [Laura Marques de Oliveira] #3


Para este post o quadro analisado foi o "Mandando Bem" do dia 21 de abril. No quadro aqueles que desejam participar enviam cartas contando sua história e explicando as razões pelas quais ele (a) deve ir ao programa. Para participar deste quadro é necessário ter algum tipo de talento, como foi o caso de Kayo Victor, um homem de 23 anos que fazia yakisoba para vender na porta de bailes funk para complementar a renda de sua família. Neste quadro percebi que em vários momentos o programa de Luciano Huck foge ao conceito do neopopulismo, para explicar, utilizarei um exemplo que notei assistindo ao “Mandando Bem” do dia 21 de abril.
 O neopopulismo remete à idéia de soberania popular, a qual enaltece o conhecimento do povo (chamada por alguns de “senso comum”) e denuncia o intelectualismo das classes dominantes. No quadro do Caldeirão do Huck analisado para esta postagem o cozinheiro Kayo Victor havia aprendido a fazer seu yakisoba sozinho, colocando nele ingredientes que nem mesmo fazem parte da receita original, ou seja, o fazia a partir do “senso comum”, ele não tinha nenhum conhecimento intelectual ou específico sobre gastronomia. Além disso o participante do quadro também havia aprendido a administrar seu negócio simplesmente com a prática, também com o “sendo comum”. Visto isso, o chef Alex Atala foi convocado, então, pelo programa para ensinar Kayo sobre gastronomia e o participante também recebeu aulas sobre administração. O programa se mostrou contrário à soberania popular na medida em que considerou necessário ensinar à Kayo teorias e práticas próprias do campo do intelectual das classes dominantes. Dessa maneira, o quadro “Mandando Bem” do programa Caldeirão do Huck analisado nesta quinzena não possuía características propriamente neopopulistas. 





Quadro analisado disponível no site.


Referências Bibliográficas:


FREIRE FILHO, J. Renovaçõesda Filantropia Televisiva: do Assistencialismo Populista à Terapia do Estilo. In: A TV em transição: tendências de programação no Brasil e no mundo. João Freire Filho (org.). Porto Alegre: Sulina, 2009.

Leia Mais >>

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A grande conquista do cinema [Barbara Nery] #3

Foi com o filme Beetlejuice que Tim Burton recebeu grande destaque no mundo cinematográfico e a partir de então tornou-se o renomado diretor e produtor que conhecemos hoje. O filme segue a linha temática típica de Burton: histórias que envolvem monstros e fantasmas, mas com uma pitada de comédia.

Edward Scissorhands, por sua vez, é uma criação de um homem que falece, deixando-o com tesouras no lugar das mãos. Mais uma vez, trata-se se um "monstro" rejeitado pela sociedade por sua excentricidade (assim como em Frankenweenie). Dessa vez, a narrativa se aprofunda um pouco mais no que diz respeito à critica aos padrões da sociedade, que rejeita aquilo que é diferente.
The Nightmare Before Christmas é uma animação em stop motion sobre um ser do mundo do halloween que descobre o mundo do Natal. Fascinado, tenta "roubar" o Natal para si, embora não tenha compreendido o sentido da festidade. Mais uma vez a temática atravessa monstros, fantasmas, fanpiros e outras criaturas. A narrativa romântica aparece assim como no filme anterior.
Já Ed Wood é um filme biográfico que conta parte da vida do diretor, durante a produção de três dos seus filmes.
Mars Attacks! é o último filme visto, onde marcianos invadem a Terra e saem destruindo matando tudo o que veem pela frente. O filme mostra a incompetencia do governo ao tentar negociar com os ETs. A invasão só termina quando um adolescente descobre que uma música é capaz de explodir a cabeça dos invasores.

Três dos filmes propostos não foram assistidos por não conseguir baixar. Batman, portanto, já havia sido assistido anteriromente. O filme segue uma linha mais rígida por ser uma releitura, mas o estilo burtaniano se reflete na personagem Coringa, com suas paranoias e bizarrices, além da sua estética.
Nesse ponto do projeto, é interessante ressaltar a forma como Burton faz suas personagens bizarras ganharem a simpatia e aceitação do público.
Leia Mais >>

Violência, uma temática recorrente [Mariana Moraes] #3

20030127-sabotage-blog

Como ficou perceptível em minha última postagem, quase sempre o rap apresenta em suas letras a violência nua e crua das periferias, em alguns casos muitas dessas músicas acabam fazendo apologia à violência; esse foi um dos fatores que me levou a destinar essa quinzena à analise dessa relação entre o rap, a violência e a mídia.

Outro fator que me levou a esse tópico, foram casos como o do rapper Sabotage. Descoberto pelo Racionais MC’s ele tinha um carreira extremamente promissora no rap nacional, suas músicas abordavam temas como violência policial, miséria, drogas e a favela, assuntos que fizeram parte de sua adolescência – nasceu e morou em favelas, foi interno da FEBEM e traficante. Tentando se afastar da guerra entre quadrilhas pelo comando do tráfico, Sabotage até mudou-se, no entanto, do dia 24 de janeiro de 2003 ele foi morto em seu carro.

Nessa quinzena eu encontrei uma transcrição de uma apresentação da Isabelle Sounier no site do SESC-SP, a partir dela e de outras pesquisas percebi algo bem óbvio na verdade; as letras da maioria dos raps brasileiros tratam de violência, porque o rap é uma forma de expressão das camadas mais humildes, camadas essas que estão super expostas a todo tipo de violência e humilhação. É uma forma de narrar o que acontece todos os dias onde eles vivem, de divulgar sua história de vida ou até mesmo de reagir à violência que estão expostos. Minha postagem anterior apresentou diversos casos em que músicas com teor violento foram censuradas, talvez isso seja apenas um reflexo da alienação dos mais ricos, que se protegem atrás de mecanismos que os impedem de conhecer uma realidade tão distante das suas. Talvez seja só uma forma do poder público esconder o que acontece de fato nas periferias e favelas do Brasil. Infelizmente são diversos os casos que terminam como a história do Sabotage, mas isso não deveria destinar o rap à marginalidade e criminalidade como muitos o fazem.

Fontes: Portal SESC, Cultura Hip Hop, Wikipédia.     

Leia Mais >>

"Conexões Urbanas" [ Ciro Thielmann ]# 3


  Durante essa quinzena foquei minha pesquisa na análise do programa “ Conexões Urbanas”. Durante o processo assisti à vários episódios da terceira temporada do programa e selecionei três episódios que de certa maneira se convergem, para fazer uma pequena análise e minha terceira postagem no blog. Os episódios selecionados foram : “ Cidade Bangú”, “ Legalização” e “ Maras”. No início de cada um José  júnior  (apresentador) abre uma pequena pauta para introduzir oque será discutido naquele episódio. 
  “ Cidade Bangu” começa com uma pequena apresentação ( José Júnior ) do complexo carcerário seqüenciadas por algumas imagens do interior da prisão. Vale ressaltar que essa foi a primeira vez em que uma equipe de TV revela as carceragens de Bangú. O episódio se divide entre entrevistas com os presidiários, funcionários  e um acompanhamento do funcionamento do complexo carcerário que é acompanhado por um dos inspetores. Nas entrevistas são expostas opiniões diversas sobre a situação dos  detentos e do sistema prisional por meio de depoimentos dos próprios presos e também de pessoas que os acompanham no cotidiano dentro do complexo carcerário. O diferencial desse programa é a exposição de um assunto e de pessoas que quase não tem visibilidade. Hoje o preso no Brasil só é visto no cinema e de uma maneira muito denegrida pela mídia que não propõe uma discussão em torno de sua situação. O segundo episódio visto foi “ Legalização” . O episódio se estrutura em uma roda de debate (dentro do centro cultural Wally Salomão uma das sedes do Afroreggae)  formada por diferentes participantes, dês de profissionais militares, especialistas em políticas públicas, artistas à ex traficantes. O programa traz a tona assuntos que envolvem políticas sociais em relação as drogas, questões de estruturas para a legalização, falando também dos problemas da repressão e da guerra ao tráfico. Questões essas que tem pouco espaço para discussão dentro da mídia brasileira. Isso, conseqüentemente, deixa as pessoas pouco informadas  ou informadas de maneira errada sobre o assunto, o que pode vir a ser um ser um grande fator pelo qual a “demonização” das drogas, o tráfico e a guerra contra o tráfico no Brasil tenha a realidade de hoje. O terceiro episódio é pauta foi “ Maras”. O programa vai até  El Salvador para mostrar a situação de violência e a formação de facções “ Pandilheiras”  conhecidas como “ Maras” e também um pouco da realidade de imigração, deportação e a discriminação dos jovens tatuados formadores da “ Pandillas”.O programa também levanta o fato de os jovens em El Salvador se verem  dês de pequenos atraídos por essas facções por não ter uma oportunidade de um desenvolvimento e futuro muito promissor,e pelo fato das “ Pandillas” serem um meio fácil de se conseguir poder. Júnior coloca a questão desses jovens aderirem as maras devido ao fato de quererem uma visibilidade e o sentimento de pertencimento de um grupo em um lugar onde eles são “invisíveis”. Essa edição do programa passa inteiramente em El Salvador discutindo acerca de facções estrangeiras, no entanto  trata de uma questão importante para a discussão midiática brasileira, por abordar um tema que de uma maneira ou de outra é também  realidade dentro das favelas e comunidades carentes no Brasil.
     “ Conexões Urbanas” se mostra como um diferencial dentre os demais produtos midiáticos por abordar de uma maneira diferente, mais democrática e menos deturpada acerca de assuntos muito importantes e que sem dúvida deveriam ter mais espaço e visibilidade. Para os interessados o programa pode ser acompanhado no canal 42 multishow ou então pelo site do AfroReaggae. 

Leia Mais >>

Um pouco de história [Pedro Alvim] #3


Mesa mais que redonda:

Grande Resenha Facit foi a primeira mesa-redonda de futebol na TV Globo. Era composta por comentaristas que discutiam a atuação e o desempenho dos times cariocas, principalmente nos jogos disputados no Maracanã no final de semana. 


A mesa era formada por Armando Nogueira (que, em seguida, se tornaria diretor da Central Globo de Jornalismo), Nelson Rodrigues, João Saldanha(chegou a ser técnico da seleção brasileira de futebol), José Maria Scassa, Hans Henningsen (o “Marinheiro Sueco”), Vitorino Vieira, o ex-artilheiro Ademir e, como âncora, Luiz Mendes. 

O grande diferencial deste programa, era o fato de que os comentaristas, em sua maioria, não eram imparciais.Nelson Rodrigues defendia o Fluminense, chegando ao ponto de questionar a inteligência do VT: “Se o vídeo diz que foi pênalti, pior para o videoteipe. O videoteipe é burro.”

Era um programa que não seguia os padrões do jornalismo, como a imparcialidade, porém tratava o futebol com paixão, o que acabava por gerar muita polêmica.As discussões entre os integrantes deste mesa-redonda eram sempre muito inflamadas. Segundo Armando Nogueira, ele era o único que tentava impor isenção em seus comentários diante dos demais debatedores, que defendiam seus times de todas as formas.

Luiz Mendes:

O comentárista da palavra fácil, alcunha que ganhou, é uma pessoa de fundamental importância para a história do jornalismo esportivo brasileiro.Participou diretamente da transmissão de 16 Copas do Mundo e foi a mente por trás do Mesa-Redonda mais famoso do Brasil, o “Grande Resenha Facit”.Narrador de extrema qualidade e crônista sem igual, Luiz Mendes foi um icône do jornalismo e uma lenda da rádio.




Nelson Rodrigues:

Por muitos ele é considerado o maior crônista esportivo do Brasil, pois suas obras iam além dos fatos que haviam acontecido dentro de campo.Para ele a descrição do que acontecia no campo era papel dos “idiotas da objetividade”, que eram seres que não conseguiam além dos fatos, ficando assim presos aos acontecimentos banais.

Criou vários personagens ao longo de sua carreira esportiva, porém o mais famoso deles foi o “Sobrenatural de Almeida”, que foi criado para explicar os acontecimentos inexplicáveis do futebol, tais como: vitórias heróicas de times fracos, gols do meio-de-campo e outros acontecimentos nada comuns do futebol.

Ele não precisava assistir ao jogo, saber o esquema tático, ou até mesmo a escalação de ambos os times.Para ele estas coisas eram banais e não precisavam de relatos. Nelson Rodrigues tinha a grande função de traduzir em palavras a maior paixão do brasileiro, o futebol. 



Bibliografia: "Minha gente: Luiz Mendes, o mestre da crônica esportiva do Brasil", Ana Maria Pires
                    "O berro impresso das Manchetes", Nelson Rodrigues
                    "Grande Resenha Facit"
Leia Mais >>

Solidão coletiva. [Leticia Garcia] #3


Desenvolvendo sobre a sociedade de consumidores, Bauman mostra que o principal de cada indivíduo nessa sociedade é o espírito consumista: este é preparado desde cedo pelas propagandas voltadas para o público infantil; e esse fato, por sinal, é contrário à sociedade de produtores que tinha como principal o corpo do indivíduo, que deveria estar capacitado para o trabalho fabril. Esse espírito consumista deve ser abraçado e amado por todos que fazem parte da sociedade do consumo. Todos devem ter a vocação consumista natural, todos precisam ser consumidores e mantenedores de um status social... E mais, para a participação nessa sociedade, todos precisam ser ‘vendáveis’: atender a uma demanda do mercado.

Nas redes sociais esse fato é visto claramente por vários indícios, e um deles é o número de ‘amigos’ que cada usuário possui. Nas redes atuais é comum cada usuário ter na média 400 ‘amigos’. Mas claro, o uso das aspas demonstram bem a distorção no sentido original da palavra ‘amigo’. Mais uma vez às relações inter-humanas é prezada certa distância como margem de segurança. É muito mais seguro clicar em ‘adicionar aos amigos’ para somar um ‘amigo’ e mais fácil ainda dar um click em ‘deixar de ser amigo’ para deixar um relacionamento (ainda que virtual, já que o ciberespaço é vida real). Logo logo esse espaço será preenchido por outro ‘amigo’.

No vídeo abaixo Bauman fala sobre essa mudança no conceito da palavra ‘amigo’ com o surgimento das redes e diz também sobre a ambivalência da vida: segurança e liberdade.


Leia Mais >>

terça-feira, 29 de maio de 2012

As várias faces da jornada do herói [Paula Pinheiro] #3


Mestre do terror: não é a toa que Alfred Hitchcock ganhou esse título. Sem apelar para figuras monstruosas e efeitos especiais exagerados, o diretor constrói o suspense e a tensão em Um corpo que cai com base em dois elementos simples: a trilha sonora penetrante e o estado psicológico de seu personagem principal, John "Scotty" Ferguson. O espectador que pretende assistir a Um corpo que cai não tem que se preparar para sustos esporádicos, mas para 128 minutos de músculos tensionados – e para uma narrativa ligeiramente fora dos padrões.



É possível identificar no filme momentos-chave da Jornada do Herói – o Chamado à Aventura, assim como a Recusa do Herói, está evidente na cena em que Gavin pede a John que investigue sua esposa Madeleine e John inicialmente nega -, mas Hitchcock se afasta do modelo de Campbell ao desenvolver sua história. O filme não acaba no ponto em que se espera que ele acabe – com a trágica morte de Madeleine -, mas continua por mais uma hora, tempo durante o qual a narrativa se complexifica com reviravolta após reviravolta. Nos estágios da Jornada, a meu ver, a morte de Madeleine representa um recomeço, um novo chamado à aventura.

Percebi essa continuidade de chamados e essa construção da narrativa em cima não de uma jornada, mas de vários pequenos ciclos, também no filme de Chaplin, Luzes da Ribalta. Como ambos os filmes foram feitos na década de 1950, suponho que esse aspecto esteja relacionado ao estilo da época, mas a forma como Hitchcock se utiliza disso é, em minha opinião, brilhante e totalmente adequada à Jornada do Herói. Madeleine morre porque Scotty não consegue superar sua acrofobia (seu conflito interno), simbologia para sua culpa e sua dificuldade de enfrentar a realidade. Assim, é um herói mal sucedido em sua jornada e o chamado se repete até que ele o aceite e consiga superar sua imperfeição. Contudo, graças ao final, não temos certeza se o sucesso de Scotty é duradouro ou se ele é abalado pela morte de Judy.



Esse foi o primeiro filme de Hitchcock que assisti, e fiquei tão fascinada com seu trabalho que decidi dedicar essa postagem inteiramente a ele (deixando O Chamado para ser abordado no relatório final). O fato de a narrativa ser construída com foco no personagem, e o terror ter se desenvolvido por meio do fator psicológico, já serviu para me deixar interessada na obra do diretor, e o final – que me fez começar a rir de tão brilhante – criou em mim uma admiração enorme por Hitchcock.

Leia Mais >>

Continuação - O case de sucesso Red Bull: Eventos grandiosos [Arnaldo Garcia] #3

 A Red Bull é vista no marketing de eventos como um exemplo bem sucedido e que leva ao pé da letra o conceito de marketing agressivo e arriscado. Caminhar na corda bamba entre ações que podem dar muito certo e outras com o extremo potencial contrário provou ser um risco daqueles que valem a pena se correr, desde que tenha claro um genial departamento de comunicação e MUITO dinheiro para investir.
Mesmo colocando o posicionamento da empresa, citado no último post, o qual o diretor de marketing Paulo Navio afirma não importar com o tamanho do evento, mas sim se aquelas pessoas foram impactadas ao ponto de não esqueceram mais, o cargo chefe da empresa são os mega eventos.
Acredito que a tendência crescente de espetacularização da publicidade não depende de verba, mas sim de boas idéias que proporcionem níveis mais profundos de envolvimento com o público, estimulando sensações únicas de experiência de marca, memória e sonhos. Porém, é fato também que com dinheiro isso tudo fica muito mais fácil.
Outro fator que pude observar responsável pelo sucesso da Red Bull em todos os eventos é a originalidade. Algo feito também por uma diretriz da própria gerência. É ordem na empresa produzir somente as melhores idéias, e caso alguma outra empresa tenha feito algo parecido com o projeto em questão a Red Bull está automaticamente fora. Esse conceito mantém alto o padrão de qualidade e renova com frescor a cada aparição a relação do consumidor com a marca. Tendo como lema a concretização de loucuras e sonhos aos quais pensou nunca presenciar. Os principais eventos promovidos pela Red Bull são o Air Race e o SoapBox.


O Air Race é uma corrida de aviões entre pilotos extremamente habilidosos de todo mundo. Os concorrentes devem percorrer um circuito no céu com obstáculos desafiadores, no menor tempo. O evento por ser um esporte de risco atrai a atenção de muitos curiosos. No Rio de Janeiro mobilizou masi de  milhão de pessoas na praia de Botafogo em 2007.


O SoapBox é uma espécie de corrida maluca onde o carro com base de rolimã, sem motor, desce uma ladeira. A equipe classificada tem um mês para elaborar fantasias e tudo mais que contribua para o objetivo principal: diversão. A aderência do público é quase total. O evento é uma oportunidade de passeio não só para jovens, mas também para toda a família sempre. Sempre lotados alegram o dia de quem o presenciou.




Deixo por último um evento organizado pela Red Bull chamado New Year. No Limits”. É basicamente uma ocasião para celebrar de forma autêntica o ano novo convidando algum atleta a fazer algo inédito que todos considerem impossível. Esta ação proporcionou uma mídia espontânea imensa, noticiada no mundo inteiro.





Fonte:
http://casesdesucesso.files.wordpress.com/2010/04/case_redbull.pdfhttp://mundodomarketing.com.br/cases/16991/red-bull-atitudes-que-ressignificam-o-produto.html
http://www.oficinadanet.com.br/artigo/webmarketing/redbull-e-pura-inovacao-no-marketing
Leia Mais >>

Metrópolis [Raissa Fernandes] # 3

O expressionismo foi um movimento artístico cultural extremamente rico e amplo. Teve início antes mesmo da 1ª Guerra Mundial e foi marcado pela crise do sistema capitalista, do qual os artistas teciam críticas e expressavam seu descontentamento por meio de suas obras. Longe de querer entender o movimento em sua plenitude, irei esboçar algumas considerações sobre o expressionismo no cinema alemão e mais especificamente no filme que é considerado por muitos como o último filme expressionista: Metrópolis de Fritz Lang. A superprodução que enfrentou um grande fracasso de bilheteria quando lançada é hoje parte do patrimônio documental da humanidade e faz parte da “Memória do Mundo”, da UNESCO. O filme de Lang abusou da produção e em 1927 surpreende com muitos efeitos especiais e imagens muito impressionantes como a famosa panorâmica da cidade da trama com prédios enormes e carros voadores. A obra é uma ficção científica recheada de metáforas, alegorias e críticas. O contexto era de uma Alemanha destruída e derrotada pela 1ª Guerra e o “grito” expressionista daria vazão ao desespero e às angústias coletivas. A história é de uma cidade claramente dividida entre a classe trabalhadora que é extremamente explorada e vive escondida em uma cidade subterrânea sustentando a burguesia que vive na moderna cidade superior. Uma das moradoras da cidade subterrânea leva algumas crianças operárias para a cidade à superfície e então o filho do dono da maior fábrica subterrânea da cidade conhece essas crianças. Nesse momento, as expressões, os olhares e os gestos das crianças e da mulher são extremamente marcados como uma forte característica expressionista e são como palavras para o espectador. O filho do dono (Freder) já entende a angústia e o sofrimento daquele povo por meio de suas expressões e a partir daí, ele se envolve com a luta dos operários e a trama vai se passar nesse conflito. Fritz Lang chegou a dizer em entrevista que o motivo do filme vai passar por esse “combate dos indivíduos contra as circunstâncias em que se encontram.“ Assim, o filme traz a tona as questões políticas e os conflitos do período usando de características clássicas do expressionismo. Utiliza cenários artificiais, enquadramentos oblíquos, iluminações dramáticas e os temas de loucura e morte que tem lugar privilegiado. Os sentimentos de angústia, medo, desespero e de falta de sentido que ficaram como conseqüência da guerra na Alemanha, são demonstrados nas expressões aumentadas e exageradas dos atores. Sem dúvida é um marco extremamente importante na história do cinema. Referência: http://www4.fe.uc.pt/ciclo_int/doc_07_08/14_metropolis.pdf
Leia Mais >>

Tiop açim, comofas1?!/ [Daniella Rodrigues] #3

Quando me propus a estudar os memes relacionado a frases que se tornaram gírias e/ou mudaram o jeito do internauta escrever na Internet não pensei, de início, que teria dificuldades. Só no final da semana passada que vi que, apesar de ter todos os exemplos na cabeça, os sites e livros que eu pensei que iriam me ajudar não serviram muito bem para o que eu almejava analisar.

Por um milagre, no domingo eu encontrei um site, o youpix, que salvou a minha vida! E, para completar, encontrei um TCC sobre “Tiopês”, que ainda não terminei de ler.
Mas, afinal, o que é o “Tiopês”? Bem, quando decidi procurar sobre memes relacionados a escrita e a fala, uma das coisas que eu mais me perguntava era: Porque as pessoas insistem em escrever tão errado na Internet?! Não um errado de trocar “mais” com “mas”, mas sim de escrever em vez de “tenso!”, “temço1!'”. De onde veio esse modismo?!

O “tiopês” é nada menos que um idioma surgido na internet no qual você tem que escrever tudo errado.  Mas, como já disse, o errado vai além de simplesmente desrespeitar a gramática: é preciso escrever do modo mais grosseiro, tosco, ininteligível possível!
Exemplo de Tiopês em tirinha
Exemplo de situação que se encontra escrita em Tiopês

ORIGEM: O primeiro registro de estilo do tiopês encontrado é do dia 4 de dezembro de 2004 e foi feito pelo usuário Misto Eleazar, no Orkut.



Por volta de 2006, surgiu o tiopês oficialmente: Todas os indícios levam à figura de Ale  [Alessandro] Crescini, um usuário do Orkut que ficou muito popular devido à sua forma peculiar de escrita. Além de cometer alguns erros ao usar o  teclado, Ale não tinha um bom domínio da gramática. Algumas pessoas, então, começaram a imitar o seu modo de escrita, trocando mensagens com pequenos erros, não apenas com Ale, mas entre si. Interessante falar que o próprio nome TIOPÊS vem da palavra “tipo” escrita errada “tiop“.

Inicialmente, os internautas extrapolaram e começaram a trocar mensagens umas com as outras no próprio scrapbook de Ale,  o que resultou em um verdadeiro chat. Depois, o próprio Ale criou uma comunidade chamada “Ale 100% amizade e cupido‖”, na qual estas pessoas continuavam a se comunicar.

A primeira comunidade a falar do tiopês diretamente foi a Tiopês – A Revolução, que era uma verdadeiro manual do dialeto e trazia toda  a história da língua e um comofas intensivo pra ensinar todo mundo a falar! Mais de 8 mil pessoas já passaram por ela!



Entretendo, como foi dito pelos blogueiros do Teletube, site que falava sobre o universo de  games, ícones da cultura  pop, televisão e séries, narrado em textos marcados por expressões do tiopês – hoje já está fora do ar –  “o tiopês pode ser considerado uma linguagem caricatural, crítica e bem-humorada a respeito do analfabetismo funcional brasileiro, que é um dos maiores do mundo” e que, pra falar um bom tiopês, você precisa saber muito bem português, já que os erros tem que estar acertadamente nos lugares certos!

Hoje, é bem difícil ver alguém escrevendo em “tiopês puro” na internet. Mas a herança que a língua deixou na web é inegável, já que ela é a origem de vários memes que a gente usa atualmente, como por exemplo:corrão, fikdik, não tá fácio, comofas e por aí vai.

Se vose ficol intereçado neçe estranio dialeto -n deishe de conferir:tiopes translate
nova gramatica

E curtir:
mil graudivas
Leia Mais >>

O Pasquim [Isabella Lucas] #3


O ano é 1969, seis meses depois da promulgação do Ato Institucional nº5, em dezembro de 1968. Enquanto a imprensa tremia em suas bases, jornais ameaçavam fechar as portas e artistas 'sambavam' para continuar suas críticas políticas sem serem presos pelo regime, nasce no Rio de Janeiro o mais insano e brilhante periódico de crítica de costumes que a cidade já vira. Nas palavras do próprio Claudius (co-fundador do jornal): "Estávamos no ano de 1969, em plena vigência do AI 5, que havia suspenso todos os direitos das pessoas e se poderia torturar, matar que ninguém ficaria sabendo.É nesse clima que um bando de malucos decide fazer um jornal de oposição" (documentário O Pasquim: A revolução pelo cartum, 1999).


Dentre esses 'malucos' estavam Millôr Fernandes,Jaguar, Ziraldo, Sérgio Cabral, Luiz Carlos Maciel, Marta Alencar, Miguel Paiva, Claudius, Sérgio Augusto, Reinaldo, Hubert e Henfil. A 'patota', como era chamada a redação d' O Pasquim, discutia - com altas doses de humor e irreverência -  sobre assuntos do cotidiano: drogas, feminismo, sexo, futebol, divórcio, bossa nova, cinema e muitos outros assuntos recorrentes à época. Com o passar do tempo, a linha editorial se aproximou mas da crítica política, alcançando quase simultaneamente seu ápice e sua decadência. O jornal produzia críticas sagazes através do humor inteligente - tudo nas entrelinhas, mas a censura prévia foi instituída e começaram as perseguições. 


O Pasquim influenciou toda a imprensa da época, ao propor uma nova forma de se fazer jornalismo (que incluia o uso da oralidade, por exemplo). Como diria Jaguar, a imprensa tirou o terno e a gravata, e passou a escrever na língua do povo. "O Pasquim modificou a visão da imprensa naquele momento. Foi uma coisa que estourou na cara do Brasil com extrema simpatia", ressalta Millôr. A patota tanto incomodou ao regime militar que foi vítima de um atentado: uma bomba foi colocada dentro da redação, e só não explodiu por defeito. Em 1970, quase todos os redatores e editores foram presos (o que se repetiu nos anos seguintes), mas o jornal não deixou de circular: Millôr assumiu a editoria, contando com a colaboração de Chico Buarque, Antônio Callado e outros intelectuais cariocas. 

Nota: continua no próximo post. Como era impossível analisar sem antes situar, esse foi mais descritivo. Pretendo ser mais analítica no próximo. 
Leia Mais >>

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Invertendo: O Marketing Influenciando a Cultura [Filipe Mendonça] #3

Depois de mostrar e analisar alguns exemplos de influência da cultura no marketing, agora vou focar no caso oposto: a influência do marketing em uma cultura. Essa é a chamada globalização em ação: ainda que tenham que se adaptar às culturas, as multinacionais têm também suas próprias ideologias, que vendem junto com seus produtos.

 Vamos usar de novo a Coca-Cola como exemplo, uma vez que parte de sua história já foi contada no primeiro post e, dessa forma, fica fácil enxergar o contexto. Em suas propagandas, a Coca-Cola sempre aparecia sendo tomada direto da garrafa - até então considerado um ato de má-educação pelos brasileiros - o que, com o tempo, levou os brasileiros a quebrarem esse paradigma e adotarem o "estilo Coca-Cola". Entre 1957 e 1965 a Coca se tornou a bebida favorita dos brasileiros e presença constante em festas, inclusive no Carnaval, que em 57 premiou premiou a escola que apresentou o melhor desfile e samba tendo como tema a bebida. Além disso, a influência da marca se tornou tão forte com o passar dos anos que foi citada até na música brasileira, e ainda por cima para se referir a uma geração inteira (música "Geração Coca-Cola" da Legião Urbana).

Também existem exemplos mais simples, que chegam até a passar despercebidos. É normal vermos pessoas chamarem, por exemplo, achocolatado em pó simplesmente de Toddy (mesmo que aquela não fosse a marca do achocolatado em questão), ou palha de aço de Bombril, etc. Isso mostra como uma marca pode influenciar até no modo das pessoas falarem ou nomearem algo. É não só o domínio de uma marca no mercado como também a sua constante presença na mídia, reforçando a ideia de que tal marca é sinônimo de tal produto por ser a melhor (mesmo que isso não fique tão claro na propaganda).





Fonte: Coca-Cola Brasil
           http://pt.shvoong.com/humanities/149724-… 
Leia Mais >>

Realidade e sonho nunca se misturaram tanto [Marina Cornélio de Moura] #3


Nessa última quinzena, a pesquisa foi em torno do filme “A Origem” (Inception) e seu trailer. O filme conta a história de Dom Cobb (Leonardo DiCaprio), que se apresenta como segurança do subconsciente, mas que, durante o filme, realiza trabalhos opostos, como roubar ideias e segredos em sonhos de terceiros. A inserção (inception), um trabalho extremamente perigoso, se baseia em entrar em um sonho de terceiro e “plantar” uma ideia, para que um dos involvidos no sonho perceba a ideia como própria. Saito contrato Cobb para fazer uma inserção em um dos herdeiros mais poderosos do mundo, para que ele divida o império que herdará do pai.

O enredo é bem complexo, principalmente ao aliar os traumas psicológicos de Cobb, com a morte da esposa e a falta de seus filhos. Sendo assim, provavelmente seria inviável discutir e mostrar toda a essência do enredo no trailer. Para tanto, o trailer não explicita nenhum dos pontos principais da história, mostrando apenas em que se baseia a “invasão” de sonhos, na qual terceiros entram em um sonho para roubar segredos, mas em nenhum momento mostra o ponto chave do filme, que seria a inserção ou origem da ideia. Além disso, o trailer não mostra a personagem que passa a ser uma das “vilãs” do filme, Mal, a falecida esposa de Cobb, que faz aparições devido ao subconsciente de seu marido e, normalmente, atrapalha o trabalho do mesmo. O trailer também não mostra um objeto essencial no filme, chamado “totem”, que mostra aos personagens se ele se encontra na realidade ou em sonho, o que vem a  ser o grande dilema final do filme.
Assim como já foi reparado em posts anteriores, no trailer observado essa semana, as cenas apresentadas se encontram, em sua maioria, na parte inicial ou final do filme, sendo que apenas aparecem flashes, sem nenhuma sequência de cena, principalmente nos trechos do meio do filme. As cenas presentas são, em grande maioria, de ação e com pouco diálogos. Também como visto previamente, o trailer de A Origem se inicia com a cena que abre o filme, e encerra com uma cena também da parte inicial. 
Leia Mais >>

A jovem contraditória de Gloss. [Karina Carvalho #3]


Capa Gloss Maio-2012
"Não fico sonhando. Faço as coisas por impulso, me jogo sem calcular os riscos." É com essa frase da atriz Nathalia Dill ilustra a capa de uma das revistas para público jovem-adulto feminino mais vendido no país!(Gloss de maio-2012).

Depois desta chamada, a leitora acha que vai se deparar com um espírito independente enorme dentro das páginas da revista, mas engana-se.
A escolha da atriz Nathalia Dill, obviamente, não se deu por acaso. Ela representa a It Girl que a Gloss vende: Bonita, jovem, bem sucedida, saudável, independente e destemida. Mas a própria atriz se rende às tendências e aos editoriais de moda.
A revista é muito voltada para o mundo fashion e deixa uma brecha para a leitora criar seu estilo, desde que ele já exista nas passarelas.

O discurso de independência das mulheres já estampou capas e foi tema de matérias de revistas femininas durante os anos de 1960/70. Com a ascensão das mulheres no mercado de trabalho e sua "independência", o conteúdo desse gênero sofreu algumas alterações ao longo dos anos, porém, ainda se assemelha a modelos de 50 anos atrás no que diz respeito à submissão ao homem e seu papel como mulher na concepção e organização familiar.

A revista Gloss estrutura-se de maneira bem contraditória. Enquanto a leitora se depara com editoriais de moda que lhes "ensina" como devem se vestir de acordo com as tendências das passarelas, nas páginas seguintes, ela dá de cara com uma reportagem que diz pra se libertar e seguir seu próprio estilo. E a contradição não para por aí. A mesma revista que mostra que uma mulher pode dominar uma relação (ainda que use de truques sexuais para isso), diz a ela como se comportar diante ao sexo oposto.

Os anúncios da revista são quase em sua totalidade sobre moda, maquiagens e viagens, o que define o perfil consumidor da leitora. O aconselhamento de problemas também é presente como uma forma de interatividade com a leitora. Essa imagem da mulher jovem, bonita, ativa, etc., vendida pela revista é um reflexo sim dos ideais da sociedade, mas, também são projeções fantasiosas. Cabe ao público-alvo ter o distanciamento crítico do que é um editorial de moda do que é a sua realidade.


O link do site da Gloss pra quem quiser folhear a revista:http://gloss.abril.com.br/folheie/
Leia Mais >>

A nova tipografia, terceiro período tipográfico [Tomás German] #3

Depois das tendencias renascentistas e agora num contexto pós revoluções industriais, as tendências artísticas do início do século XX estavam quase sempre ligadas a uma ideia de futuro. Vanguardas modernistas, como o cubismo, o construtivismo, o dadaísmo e o futurismo influenciavam muito na cultura da sociedade.
Não obstante a isso poderia ser as tendências tipográficas. Os tipógrafos tentavam fugir de normas antigas da simetria tradicional. Além disso, houve uma negação de tudo aquilo que estava a mais em uma peça tipográfica. Assim qualquer elemento decorativo presente em uma letra era considerado retrógrado e cafona. A justificativa a isso está no fato da sociedade estar cada vez mais influenciada pelo tempo da máquina e não mais pelas condições humanas, isso é a velocidade torna-se fator fundamental na vida das pessoas. Desse modo, era necessário que as informações fossem passadas sem muita interferência e de maneira cada vez mais objetiva. Os princípios de clareza e cor foram bastante estudados para que as mensagens fossem passadas de forma cada vez mais direta. Assim, as tipografias sem serifa e traços mais consistentes começaram a surgir. 
Tal período também foi marcado pela preocupação da composição dos elementos em uma página. Isso é, uma peça com muito texto, ou seja, cheia de preto, era vista de uma forma completamente diferente de uma que havia somente uma palavra. O papel fisiológico de cada cor também foi muito estudado. O vermelho toma maior destaque em uma peça e parece estar mais próximo de quem lê. O preto, ao contrário, é a cor que mais distancia do leitor, pelo fato de ser a mais profunda. E o branco, a cor que reflete todas as outras, é a cor que brilha. Assim se enquadram também outras cores, como o azul que assume o papel do preto, e o amarelo que assume papel do vermelho.
Essas tendencias foram agrupadas em um manual tipográfico que recebeu o nome de A nova tipografia (Die neue typographie) por Tschichold. Nele também era descrito a valorização das letras minúsculas que eram mais simples que as maiúscula e fora questionado a ordem de como as pessoas podem ler um texto. A tipografia, o tamanho dela e o destaque que ela recebe na página, poderia modificar a ordem tradicional do ocidente de ler da esquerda para direita, de cima para baixo.
O manual é influente até hoje, como podemos perceber na marca do Facebook, que presa pela simplicidade e objetividade, sem maiúscula, inclusive. Também notamos em várias publicações a modificação do estado padrão do título, por exemplo, e mesmo assim percebemos o que é título e o que é texto. As letras sem serifa e pouco ou nada decorativas continuam a representar modernidade, como percebemos no iPod.

Leia Mais >>

Seja Feliz! [Matheus Couto] #3


Na terceira quinzena li a obra “Ser feliz hoje: Reflexões sobre o imperativo da felicidade” do autor João Freire Filho. É o livro que mais gostei até agora, mas ele na verdade é uma coletânea de artigos tematizando a felicidade na sociedade ocidental, e dessa forma, há textos muito interessantes e outros nem tantos.
Na obra, Freire Filho busca tematizar sobre como se dão as representações, propostas e expectativas a respeito da conquista da felicidade no mundo contemporâneo. Há um foco relevante na tematização da revolução da felicidade proposta pela corrente da psicologia positiva.
No artigo do autor há diversas referências à produtos midiáticos como revistas, livros, programas de televisão e até aplicativos para celular que tematizam a questão da felicidade e a forma como podemos alcança-la: depende de você mesmo e mais ninguém.
Pretendo agora, buscar esses produtos que o autor faz referência e outros mais para analisa-los nas próximas quinzenas.
Para quem estiver interessado, esse livro também está disponível na biblioteca da FAFICH. Nº de chamada: 158 S481 2010
Leia Mais >>

Felicidade e consumo na obra de Baudrillard [Matheus Couto] #2


Tive alguns problemas para o meu projeto que impossibilitaram o meu segundo post. Comprei o livro “A sociedade de consumo” pela internet e até hoje ele não chegou. Como na época, o livro não estava disponpivel na biblioteca, acabei atrasando todo o processo. Mas agora o cronograma do meu projeto está regularizado.
Sobre o livro “A sociedade de consumo” do autor Jean Baudrillard, considero a leitura tranquila e bastante instigante. Recomendo o livro, que na biblioteca apresenta o nº de chamada 194.9 B342so.PM.
Na obra, Baudrillard defende a ideia de que a felicidade é o que gera a sociedade de consumo. A busca pela felicidade não seria algo instintivo ou natural, e sim algo externo a nós. Dessa forma, a felicidade atual precisaria ser mensurável, ou seja, precisaria de signos/objetos que representem esse bem estar. O autor também relaciona a questão do mito da igualdade com essa busca pela felicidade, uma vez que a felicidade seria um bem para todos (todos tem o direito da felicidade), porém, como está atrelada ao consumo, nem todos conseguirão alcança-la. A felicidade plena para todos nunca será possível.
Leia Mais >>

Cinema e filosofia? [Isabela Guimarães] #3


Haydee, personagem de "A colecionadora" (1967), de Éric Rohmer

Nunca imaginei assistir filmes em que o enredo por si teria menor importância que os próprios diálogos dos personagens. Pois assim são os filmes do diretor Éric Rohmer, nos quais a densidade dos diálogos, ou melhor, das discussões filosóficas, são aspectos centrais nos filmes desse diretor. Isso me lembra uma característica, inclusive, já estudada no primeiro post: os filmes da Nouvelle vague dizem muito sobre seus próprios diretores. Com Rohmer não é diferente: seus filmes são característicos dele, porque são excessivamente filosóficos: há "um modelo de dramaturgia típico de Rohmer, no qual os questionamentos profundos que acometem os personagens emergem de debates cotidianos sobre comportamento, sexo e religião." (1)

Sobre um dos filmes a que assisti nessa quinzena, A colecionadora (1967), foi dito: "Esse [o filme] seria o propulsor de filmografia singular, calcada na discussão de questões morais a partir da estética que prestigia o diálogo e descarta os malabarismos técnicos." (1) A questão da técnica é claramente descartada, pois, nessa mesmo filme, há uma cena em que se vê a mão/pele de alguém que está filmando, além dos cortes que parecem ser um pouco aleatórios em algumas cenas (por exemplo, há um corte durante um diálogo. Mesmo que não importasse para o entendimento do filme, considerei isso como falta de técnica).

Pesquisei um pouco mais da biografia desse cineasta que, além de fazer filmes e dirigí-los, era professor de francês e de literatura - talvez daí que venha o caráter central do diálogo, dos significados que as coisas têm e seus respectivos questionamentos (presentes em todos os filmes que vi nessa quinzena). Além disso, ele foi redator-chefe da Cahiers du cinema,em 1957 (revista importante para a Nouvelle vague, onde Truffaut publicou Uma certa tendência do cinema francês - primeiro post).

Aqui, posto um exemplo desses diálogos, melhor dizendo, debates: 


Além disso, considero importante destacar a influência desse diretor no movimento da Nouvelle Vague: 

Outro importante aspecto desse diretor é a abordagem moral de seus filmes. No "Minha noite com ela" (1969), percebe-se a importância da religião na conduta da mulher, verificada pela trajetória da escolha do personagem principal: em detrimento da atração que sentia pela recém-divorciada, ele prefere se envolver num relacionamento com a mulher séria, que frequentava a mesma igreja que ele. Daí a característica de abordagem moral desse diretor, porque ele reafirma, dentre outros, esse conjunto de valores - principalmente religiosos - que conferem à mulher católica uma maior credibilidade, por exemplo. O filme, portanto, reafirma valores. 

Um trechinho do filme:


Referência bibliográfica:
(1) Catálogo do Centro Cultural do Banco do Brasil do ano de 2008 sobre a Nouvelle Vague (disponível online: http://www.lavoroproducoes.com.br/site/downloads/NV.pdf
(3) Wikipédia


Leia Mais >>

Self, myself e várioselfs [Josué Benvindo] #3


A candidatura de Márcio Lacerda (PSB), em 2008, foi apoiada por Aécio Neves e Fernando Pimentel, já que seus partidos não lançaram candidatos próprios. Respectivamente, governador de MG e prefeito de BH, ambos gozavam de alta aprovação popular.

Em âmbito nacional PSDB e PT eram grandes adversários, assim, em Belo Horizonte, esta união simbolizava a promoção dos interesses públicos sobre os interesses políticos. Daí surge o nome da coligação, “Aliança por BH”. Um dos slogans da Aliança era “meu partido é BH”.

Segundo o livro Como o eleitor escolhe seu prefeito: campanha e voto nas eleições municipais, além de não possuir experiência política no Executivo ou Legislativo, Lacerda era um nome técnico, sem expressão, sem apelo popular e tímido. Então, para compensar, seus comunicadores ressaltaram sua competência técnica. O candidato foi apresentado como grande administrador e homem de confiança do governador e do prefeito.

Estudando o marketing eleitoral, observei que talvez o principal aspecto a que concorrentes devem estar atentos é se uma eleição versa sobre continuidade ou mudança. E na cabeça do eleitor mineiro, o “mundo presente” era avaliado de modo positivo.

Lacerda queria representar o continuísmo, mas seu principal concorrente, Leonardo Quintão, não aceitou o papel de opositor. Em seus programas, Quintão fazia questão de dizer que era amigo de Aécio e que seu partido, o PMDB, era da base de apoio do governo na Assembléia Legislativa.

Assim, Quintão também assumiu uma retórica de situação, mas, usou a emoção para se diferenciar do aspecto frio e técnico de Lacerda. Ele adotou como símbolo o coração, fez uma forte campanha corpo a corpo e carregou a voz com um forte sotaque mineiro. Adotou um personagem bem coerente com seu principal bordão, “gente cuidando de gente”.

Deste modo os dois candidatos foram para o 2º turno em uma eleição equilibrada. Momento em que começou a contrapropaganda, com fortes ataques de ambos os lados. Márcio conseguiu desconstruir a imagem de Quintão e o candidato da coligação "Belo Horizonte para Você", passou a ser visto como o candidato que mais mentia. Assunto da próxima postagem.





Leia Mais >>

Less is More [Idgie Pena] #3


O Minimalismo, tendência estudada durante a última quinzena, já se tornou um termo amplamente difundido, mesmo que às vezes não saibamos exatamente o que ele implica. Para desvendá-lo, li artigos nos blogs ChocolaDesign, Ctrl N e um artigo entitulado  The Different Elements that Bring Together Minimalistic Design”, no site Design Reviver. Os dois primeiros me serviram principalmente como repertório de peças – das tendências estudadas até agora, essa foi a que encontrei maior número de exemplos –, enquanto o terceiro foi ideal para definir as características do Minimalismo. O que observei na grande maioria das peças que vi foi quase que exatamente o que foi trazido pelo artigo, e por isso o tomarei como base para a enumeração de algumas características que constituem um design minimalista.
  • Tipografia simples e clara
Há um grande foco na legibilidade, de forma que tende-se a usar tipografias como a Blue Highway – quando é necessário uma mais espessa – ou a Roboto – quando se deseja uma de de menor espessura.
  • Background discreto
Quando o fundo não é chapado, as texturas e padrões utilizados não devem chamar mais atenção do que o conteúdo principal da peça.
  • Espaço em branco
Em todo design minimalista, o espaço vazio tem grande presença. Ele serve para deixar os elementos mais separados, ao mesmo tempo destacando-os.
  • Uso do Grid
Resumidamente, usar Grid significa diagramar os elementos tomando como base linhas-guia verticais e horizontais, o que demonstra uma preocupação muito grande com fatores como alinhamento, proporção, margem, etc.
Algumas peças para ilustração:

300
abba
dd
hidden
hidden1
ovo
treeson
Clique para visitar o site:
make area
Clique para visitar o site:
TJ
Clique para visitar o site:
fajne
Leia Mais >>