segunda-feira, 30 de abril de 2012

A Guerra das Colas [Luiza Alfenas] #1

A Coca-Cola, um produto feito 99% de água e açúcar se tornou uma das marcas mais poderosas, valiosas e respeitadas nos dias atuais, e esse sucesso deve ser creditado a campanhas publicitárias e ações de marketing da empresa. Seus anúncios, mais do que um produto, sempre venderam uma ideia, um modo de vida – e essa estratégia se mostrou muito eficaz.
Como qualquer produto bem sucedido, a Coca sempre teve imitações: refrigerantes de cola que tentavam se igualar ao seu sabor e, claro, ao seu sucesso: Coke- Ola, Takola e Koca-Nola. A maioria caiu no esquecimento, entretanto, um concorrente se destacou e prosperou: a Pepsi-Cola. O motivo principal da marca não ter tomado o mesmo destino das outras similares foi o investimento pesado na publicidade e na imagem do produto, a partir da década de 50. Assim surgiu uma das maiores rivalidades publicitárias de que já se ouviu falar, também conhecida como “A Guerra das Colas”.
Antes disso, a Pepsi era vista como bebida dos pobres, de qualidade inferior. Com a reformulação da marca, foi veiculada a campanha mais emblemática da companhia: “A Geração Pepsi”. Enquanto a Coca apostava nos valores familiares e no “american way of life”, a concorrente passou a apostar nos jovens. Entre as décadas de 60 e 70, a Pepsi montou um desafio público à Coca-Cola e o filmou exibindo os resultados na TV em forma de peça publicitária. O desafio era basicamente um teste cego que fazia os consumidores decidirem qual marca eles preferiam apenas pelo sabor – sem ter acesso à embalagem ou à qualquer referência que indicasse qual dos refrigerantes era Pepsi e qual era Coca. A líder de mercado viu sua concorrente batê-la nos resultados, isso fez com que a Coca-Cola pela primeira vez em sua história alterasse a fórmula do refrigerante. No começo dos anos 80 a Pepsi-Cola realizou um dos maiores e mais caros comerciais da história estrelado pelo astro do pop Michael Jackson. O comercial foi um sucesso e mais uma vez a Coca se viu ameaçada por sua concorrente.
A Coca-Cola, como em todo o mundo, ainda é líder no Brasil e, se inspirando nessa realidade de mercado, a concorrente criou uma campanha em 2010 na tentativa de quebrar um hábito do consumidor brasileiro. Você mesmo já deve ter passado por isso. Vai no bar ou restaurante, pede uma Coca-Cola e o garçom, quase que em tom de desculpas, diz: “Tem Pepsi, pode ser?”. Aproveitando esse exato momento, a marca convida as pessoas a experimentar, já que a alternativa pode ser surpreendente. No filme, o “Pode Ser?” sempre transforma em agradáveis surpresas.
Até hoje a Coca é a bebida mais vendida e famosa do mundo, mas a Pepsi não fica atrás, e vem ganhando espaço com anúncios divertidos e uma abordagem radical e moderna – diferente da concorrente, que muitas vezes aposta em anúncios exageradamente idealizados e fora da realidade.
Porém, na tentativa de ser tão irreverente e moderna o tempo todo, e com tantas mudanças na identidade da marca, a empresa acaba perdendo a força e a identificação dos consumidores. Muitos consideram esse um dos grandes motivos de a Coca-Cola se manter líder de vendas mesmo sendo tão fora da realidade, como podemos ver neste gráfico. O fato é que, com produtos de sabores tão semelhantes e o mesmo público alvo, o diferencial está exatamente nas campanhas e na identidade visual das marcas. Mais do que vender um produto, seu objetivo é influenciar as pessoas e a cultura e se impor como uma necessidade humana. Mas a grande verdade é que a guerra que move bilhões de dólares todos os anos não vai deixar de existir enquanto as marcas competirem entre si. Nesse link, pode se assistir 5 vídeos mais criativos dessa batalha.
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Nuberu Bagu - A Nouvelle Vague Japonesa [Johnatan Ferreira] #1



O cinema como grito de liberdade. Talvez seja por esse caminho que a Nuberu Bagu – ou Nouvelle Vague Japonesa – percorre. Os tempos já eram outros e o movimento que se iniciou num Japão da década de 60 que ansiava e ao mesmo tempo era acometido por mudanças, encontrou como deflagrador os estúdios que começavam a abrir portas para os jovens recém-formados que queriam trabalhar. Segundo Lucia Nagib, no livro 'Em Torno da Nouvelle Vague Japonesa", o grande estúdio Shochiku admitiu Nagisa Oshima, que no fervor de sua juventude ajudaria a implantar um novo cinema japonês, quebrando a ditadura dos estúdios, mas começando justamente sob a tutela deles.

Seshun zankoku monogatari

Em “Conto Cruel da Juventude” (Seshun zankoku monogatari,1960), os personagens principais se incendeiam agindo e confirmando a existência caótica nesse mundo quase desprovido de moralidade. O filme manifesto de Nagisa Oshima traz para esse novo cinema que começava a se delinear, a insurgência contra os padrões do gênero que as produtoras de cinema da época relutavam por seguir. Subvertendo alguns conceitos formais e estéticos, ele valorizou de vez a descontinuidade narrativa, as elipses, a dinamicidade da trama intercalada pelos cortes bruscos e o uso de uma câmera móvel longe do cinema clássico estático. Se houve alguma ruptura com o cinema de Ozu, Mizoguchi e Kurosawa, ela provavelmente se iniciou aqui.

No mesmo ano com “O Túmulo do Sol” (Taiyo no hakaba,1960), o filme que eu mais gostei do diretor, Oshima discorre sobre a realidade social japonesa. Foca-se num bairro pobre do Japão, em que a violência é tratada como algo banal e as mortes acontecem como casualidades. Num mundo sujo e precário, onde o dinheiro é custoso e o sol que se põe sela esse meio na mortalidade selvagem e bruta que o caracteriza, deixando somente as sombras que escondem os vagabundos e desabrigados que permeiam essa realidade impiedosa. "Algo irá mudar?" brada uma personagem no final e as expressões atônitas e debochadas encaram a pergunta tendo somente a sujeira e o suor no rosto como resposta.


Taiyo no hakaba

Noite e névoa no Japão” (Nihon no yoru to kiri,1960), filme com alta reflexão sócio-política acrescido de longos discursos e planos-sequencias, é um ataque de frente à sociedade japonesa. O estúdio Shochiku não agradou da radicalização do tema e dessa forma Oshima sai da produtora, praticamente inaugurando o cinema independente no país. Mais tarde com “Um Trato em Canção Japonesa Pornô"  (Nihon shunka-ko,1967)” ele introduz fortemente a matiz do sexo e o erotismo como arma politica, amplificando o teor revolucionário em “Morte por enforcamento” (Koshike,1968) e “Diário de um ladrão Shinjuku” (Shinjuku dorobo nikki,1969) que valorizam a fragmentação de uma linguagem livre e politicamente sedutora.
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Desgeneralizando [Marcos Antunes] #1

Nessa primeira quinzena as leituras a que me dediquei, incluindo os textos de Focault e as primeiras tirinhas publicadas pelo cartunista Laerte, serviram para me habituar ao terreno em que estou me embrenhando e reconhecer as bases e fundamentos pelos quais devo guiar minha pesquisa.
A Obra de Focault “Microfísica do Poder”, da qual li o capítulo XV para esta semana “Não ao Sexo Rei”, foi fundamental para a compreensão do gênero e do sexo como base para as construções de poder na sociedade, bem como o conceito de Dispositivo e as ideias de Liberação sexual.
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Nas tirinhas do cartunista, que li até agora (todas publicadas no ano de 2009), encontra-se a passagem do personagem Hugo para a atual personagem Muriel. Ali estão abordados a problemática da cristalização de definições de gênero e sexualidade normativas de forma humorada, e o ponto crítico destas seja talvez um pouco diferenciado da leitura proposta: O Corpo. Em suas primeiras tiras a temática do corpo é problematizada, o essencialismo é contraposto ao construcionismo social de forma sútil.
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Para melhor compreensão destes conceitos base que tem de ser apreendidos para levar essa análise de gêneros na mídia como um todo ampliei um pouco minha bibliografia, e obras de outros autores foram incluídas para suplementar as referências inesperadas que aparecem durante as tiras. Na próxima semana (domingo, dia 06), o cartunista Laerte virá até o campus da UFMG para uma palestra de abertura do 7º Encontro de Travestis e Transexuais da Região Sudeste. Ponto marcado e importantíssimo para minha pesquisa, onde espero ter a oportunidade de ouvir um pouco mais sobre a temática do corpo e da performance, e quem sabe talvez, suprir algumas dúvidas sobre o processo de criação da personagem com o próprio autor.
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Arte urbana: propagando o ideal anti-propagandista, [Júlia Amaral] #1

“Qualquer propaganda em um espaço público, que não te dá escolha de vê-la ou não, é sua. ' sua para pegá-la, transformá-la, reutilizá-la. Você pode fazer o que quiser com ela. Pedir permissão é como perguntar se você pode guardar uma pedra que acabaram de jogar na sua cabeça.”

Apesar da recente aproximação entre propaganda e arte urbana (vista principalmente na apropriação desta por aquela), a priori tratam-se de movimentos antagônicos. A arte urbana – ou arte não encomendada, pública, intervencionista, street art, urban art -  é, desde sua origem, uma ferramenta de crítica à publicidade. A frase acima citada é a tradução livre de uma declaração de Banksy, provavelmente o artista de rua de maior destaque da atualidade, assunto de meu próximo post.

Pesquisando sobre a história da arte urbana encontrei, no livro “Trespass”, uma crítica ao termo “arte pública”: Anne Pasternak afirma que a expressão invoca um movimento organizado, com definição estilística e conceitual, quando na verdade a arte na esfera pública é heterogênea.  No mesmo livro, Nato Thompson define arte intervencionista como aquela feita por “...artistas que invadem o mundo quotidiano para criticar, satirizar, pertubar e agitar a ordem, para gerar consciência social e mesmo defender a mudança social”. Ouso afirmar que, em certo grau, a arte urbana é uma forma de propaganda anti-propagandista.


Arte feita por Banksy: consumismo é alvo de crítica do artista

Por sugestão de minhas orientadoras, li a monografia de Thomas M. F. Hernandez, e nela encontrei as formas de se fazer Culture Jamming, de acordo com Mazetti: alterar anúncios publicitários, outdoors, jingles e criar notícias falsas. A própria palavra inglesa jamming significa interferência em transmissões de rádio, o que explica a apropriação do termo jammers para definir o ruído entre o emissor e o receptor, que altera a mensagem final.


Exemplo de Culture Jamming
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O Design na Web [Idgie Pena] #1


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Esse semestre, o meu Projeto será sobre tendências que emergem no Design, e por isso grande parte do meu trabalho consistirá em procurar peças, campanhas, sites e outras formas de manifestação das tendências que estudarei na parte teórica.
A primeira quinzena foi dedicada a fazer um apanhado de tendências que perpassam o Web Design; para isso, li o artigo “The Real Design Trends For 2011”, no site Web Design Shock. Depois de ler o seu conteúdo, percebi que boa parte dos sites/blogs que eu já visitava apresentavam layouts com aquelas características, e por isso poderei usa-los como exemplo, além daqueles contidos no próprio artigo. Duas coisas que notei, entretanto, é que boa parte das tendências que irei citar a seguir são utilizadas muito mais enfaticamente por sites das áreas de design, publicidade, moda, arte, fotografia e outros ramos que se preocupam muito com o apelo estético do seu conteúdo. Isso não quer dizer que essas tendências não existam; muito pelo contrário, o que me parece é que certos setores funcionam mais como “medidores” de tendências do que outros, o que aliás foi algo que eu percebi também no meu Projetos A1, em outra situação. Outra coisa que percebi é que é bem dificil achar sites brasileiros que tenham um design mais arrojado, os sites que achei de exemplo eram todos de outros lugares do mundo… Infelizmente não encontrei uma explicação para isso, mas creio que seja um reflexo do conservadorismo que acontece também em outras áreas. Encontrei, entretanto, um site destinado a reunir os sites brasileiros que se destacam pelo design, o Web da Gente. Muito bom, recomendo!
Enfim, aqui estão as principais características que apreendi do artigo lido e alguns exemplos de sites em que elas podem ser notadas:
► Diga adeus ao excesso                                                                                                           
minimal
► Use o texto como imagem, e não só como informação                                                              
tipog
► Textura pode deixar tudo mais interessante                                                                              
textura
► As vezes, uma imagem diz tudo                                                                                              
foto
► Troque os ângulos retos por curvas                                                                                          
bordas
► Aposte na interatividade                                                                                                          
interatividade

Optei por colocar as características apenas como tópicos para não me alongar demais no post, e para que o conteúdo possa ser melhor desenvolvido no relatório final e apresentado na apresentação final.
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Introdução ao Marketing de eventos [Arnaldo Garcia] #1


De feiras a mega estruturas, um dos setores que mais crescem no mundo é o de eventos. Dos mais diversos tipos e objetivos esses acabam por definir novos horizontes da publicidade e marketing estratégico.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto InterScience com os 100 maiores anunciantes do país Indicou que a propaganda tradicional vem perdendo terreno. O marketing de eventos está em destaque na segunda posição entre grandes anunciantes e terceiro entre verbas de comunicação.

Um mercado altamente rentável o qual inventa e reinventa setores como, por exemplo, o da música. É cada vez mais comum a realização de mega eventos no Brasil. Alternativa esta proveniente de gravadoras, selos e artistas para obter capital mesmo com os avanços da pirataria.

Eventos são momentos únicos que estimulam sentimentos, emoções e memórias. Encaixam perfeitamente no atual contexto da chamada “espetacularização da publicidade”, onde o envolvimento cada vez maior do público com a marca estabelece altos níveis de interatividade. O que se faz o diferencial como retorno em dias cada vez mais imersos em informação.

O papel do emprego de técnicas do marketing é de fundamental importância na diferenciação das propostas de eventos ao mercado consumidor, desde sua concepção até a manutenção do conceito pós realizado. Eventos agregam valor e geram negócios. Não são apenas fim, mas também meio na obtenção de objetivos dos participantes, patrocinadores, apoiadores e parceiros de negócios.
Gabriela Ferraz: “A aproximação marca/cliente, proposta pela realização de eventos, possibilita que a promoção seja realizada de forma imperceptível para o consumidor, criando elos que aproximam o consumidor e a empresa. A empresa que se aproxima do seu target, não só tem a oportunidade de conhecer o que o seu cliente quer, mas também quem ele é, do que ele gosta e o que ele gostaria que a empresa fizesse por ele. Nesse ponto a marca se torna muito mais do que o rótulo do produto, mas um estilo de vida”.

O primeira empresa a linkar sua marca à um evento foi o Free Jazz em 1985, depois disso, em 2003, houve um boom nesse setor. Tim Festival, Coca Cola Zone, Nokia Trends e Skol Beats  são alguns dos primeiros exemplos de festivais que tem como foco a interação e fidelização com o consumidor. Aprofundarei nos próximos posts  a  incrível atuação da Red Bull no setor.

Meio a tantos outros enfoques e possibilidades, me atrelo por fim a atual exploração em eventos de aspectos ecológicos. O termo sustentável circulante está freqüentemente ligado as marcas. Uma das práticas mais utilizadas sob esse aspecto é compensar as emissões de CO2 geradas pelo evento. A prática além de melhorar a imagem da marca em questão dá ainda a oportunidade do público de aderir bandeiras e se envolver em projetos de reflorestamento, cooperação e desenvolvimento.






Gabriela Ferraz: A importância dos eventos para a consolidação de uma marca. Disponível em :http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos1/Importancia_dos_eventos_para_a_consolidacao_de_uma_marca.htm

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Multinacionais, Mercado e Cultura [Filipe Mendonça] #1

[br] Existem marcas que encontramos em praticamente todo o mundo: Coca-Cola, Pepsi, Adidas e Nike são alguns exemplos. Mas como as multinacionais lidam com as diferenças culturais? Suas propagandas são similares em todo o mundo ou elas utilizam diferentes estratégias em diferentes lugares? Enfim, como a cultura influencia o marketing? Neste primeiro post vou analisar a chegada de algumas marcas ao Brasil e como se apresentaram ao público inicialmente. [br] Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, a Coca-Cola começou a ser vendida no Brasil, que agora fazia parte dos Aliados. Devido à promessa (campanha) da Coca-Cola de sempre fornecer sua bebida aos soldados norte-americanos por um preço simbólico de 5 centavos o copo não importa onde estivessem, a empresa veio para o Brasil, já que bases militares norte-americanas estavam sendo aqui instauradas. Mesmo que tenha sido a princípio uma campanha pró e para os EUA, a Coca-Cola acabou expandindo sua marca para outros mercados e suas propagandas exaltavam a cultura local (veja abaixo a primeira propaganda da Coca-Cola no Brasil, em 1950). [br]
[br] Por sua vez, os cigarros Marlboro, mundialmente comercializado a partir de 1957, faziam propagandas no mundo todo da mesma forma. O clássico comercial do "Marlboro Man" (confira abaixo) correndo com seus cavalos simbolizando liberdade era muito mais uma referência ao cowboy americano das histórias do velho-oeste do que a qualquer outra cultura, mas o slogan passava outra ideia. O slogan "Venha para o país Marlboro" mostrou que a estratégia da marca não era se adaptar a uma cultura (como bem fez a Coca-Cola no começo), mas reuni-las em uma "nova" e classificando os usuários do cigarro como "cidadãos Marlboro", que se identificam com a ideia de liberdade passada pela marca. [br]
[br] É preciso observar, contudo, que a Coca-Cola estava entre as marcas americanas que participavam da Política de Boa Vizinhança durante e pós 2ª Guerra, logo, era compreensível que além da aproximação marca/consumidor também visava a aproximação EUA/Países Latinos. [br]
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A propaganda política e suas leis [Josué Benvindo] #1

Neste semestre estudarei o marketing político brasileiro e para estudar uma área tão vasta, focarei nas eleições municipais belorizontinas de 2008. Só para vocês terem uma ideia, somente no horário gratuito de propaganda eleitoral – gratuito só no nome, pois os veículos de comunicação recebem isenção fiscal para transmiti-lo –, a despesa total, em 2008, dos três principais candidatos à prefeitura foi:



Márcio Lacerda – R$ 2.121.821,35.
Leonardo Quintão – R$ 485.973,54.        
Jô Moraes – R$ 257.670,77.


Então, para entender um pouco deste mercado bilionário, começarei pelas leis. Primeiramente, é bom saber que o CONAR não interfere em campanha política. O Tribunal Regional Eleitoral destina um espaço online para receber reclamações contra qualquer tipo de propaganda em qualquer mídia. Também no sítio do TRE, estão todas as normas que versam sobre a criação de peças para eleições. 


No entanto, notei que a maior preocupação não é com os publicitários que criam as peças e sim com as manifestações de outros comunicadores, como apresentadores de TV, repórteres e radialistas. Assim, se desejam concorrer, eles devem se afastar da mídia em no máximo três meses antes das eleições.


Clique aqui para ver o ementário de propaganda eleitoral das eleições 2008. E aqui para ver as permissões e proibições. As permissões e proibições para as eleições deste ano também já foram divulgadas, aqui.







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Freud Explica [Matheus Couto] #1


No meu Projetos A2 pretendo estudar a felicidade como um produto de consumo em nossa sociedade. Para a primeira quinzena, li e analisei a obra "O mal-estar na cultura" de Sigmund Freud. Achei o livro muito interessante e bastante atual e a leitura (na tradução da editora L&PM Pocket) é relativamente tranquila, apresentando apenas alguns termos técnicos e referências às outras obras do autor que geraram certa dificuldade.

Em “O mal-estar na cultura”, Freud tematiza a busca constante da felicidade, tentando apresentar uma possível definição para o termo e a forma como a cultura, e diversos outros fatores externos, relacionam-se com o homem nessa busca. O autor demonstra como a felicidade, quando alcançada, manifesta-se como algo curto e passageiro, deixando assim, o homem em um eterno estado de culpa (o mal-estar) do qual a própria cultura mostra-se como a principal responsável.

O livro está disponível na Biblioteca da FAFICH para quem se interessar pelo assunto ou pelo autor. (Nº Chamada: 150.1952 F889u. Pz 2010)


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Vida de amargura, túmulo de glórias [Gabriela Bianchi] #1

É muito curioso como muitos artistas tiveram a legião de fãs multiplicada depois da morte. A aura de glamour e fascínio cresce exponencialmente, assim como o potencial desses ícones em gerar lucro. Um levantamento anual feito pela revista americana Forbes revela que em 2007, treze celebridades mortas, juntas, renderam U$232 milhões para a indústria fonográfica. Elvis Presley faturou U$49 milhões, entre royalties, venda de discos e produtos. Em segundo lugar, John Lennon 17 anos após seu assassinato gerou cerca de U$44 milhões. Até mesmo George Harrison, conhecido como “the quiet Beatle”, possui rendimentos póstumos nada discretos: U$22 milhões.

Longe de me colocar à altura de analisar e investigar esses fenômenos, me proponho a conhecer melhor algumas histórias e a conseguir mostrar que a receita para a imortalidade com muito dinheiro, sucesso e tributos anuais não se deve unicamente ao “bater de botas” dos artistas.

Primeiramente, é necessário compreender que a configuração de um sujeito como celebridade não deve ser pensada pela dimensão instantânea de sua morte. Antes de mais nada, para ser edificada como uma estrela e ter a possibilidade dessa “explosão”, segundo Marshall (1997) o artista precisa ser compreendido como figura pública que ocupa espaço de visibilidade da mídia e construído discursivamente. Sendo assim, a mídia seria responsável não apenas pelo processo de visibilização do sujeito, mas pela própria constituição do sujeito como celebridade por meio de um processo de interlocução que estabelece na sociedade entre os indivíduos da vida cotidiana, a mídia e o contexto social (Morin, 1989).

Portanto, a morte de uma celebridade, seria um contexto que faz emergir valores que levam a mídia a realizar um ato de expressão sobre um sentimento que já existe entre o artista e a sociedade, mas não foi estimulado. Os eventos em torno da morte desse artista envolvem a interação entre os indivíduos, os dispositivos sociais e midiáticos, bem como entre a família do astro, os amigos, os fãs e os profissionais da mídia, os quais constroem discursos que tematizam essa celebridade naquele momento contemporâneo, trazendo à tona sua exposição e mobilizando a sensibilização da sociedade. Toda essa movimentação deixa um caminho aberto à idolatria, em que por meio de toda essa exposição excessiva cativa novos fãs e estimula a venereção por parte dos antigos.

Fernanda Takai relata esse comportamento em canção de Gilberto Gil e Rubinho Troll, chamada “Necrofilia da Arte” (Se o Lennon morreu, eu amo ele/Se o Marley se foi, eu me flagelo/Elvis não morreu, mas não vivo sem ele).

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Cinema mudo - "A grande beleza do silêncio" [Camila Santos]#1

Este primeiro post será dedicado aos primeiros anos, mas os primeiros mesmo, ao modo sutil como o cinema foi sendo inventado, descoberto até desembocar na versão muda ( de composições simples, mas a real origem das gigantescas produções atuais). Antes de tudo, é bom deixar claro que esta forma de fazer arte foi fomentada e, portanto, desenvolvida com tanto empenho por causa de uma mistura bem simples: o grande desenvolvimento tecnológico, cientifico e financeiro (provenientes da 2ª revolução industrial) e a uma população crescente e sedenta por novidades, por conhecimento e formas de lazer.

E assim, a leitura de alguns capítulos específicos das obras selecionadas, levaram-me a compreender que, muito antes do cinema se idealizar, a possibilidade de  movimentar imagens já fascinava estudiosos pelo mundo. A técnica da lanterna mágica chinesa pode ser considerada uma das bases do cinema e apenas fazia refletir sombra e silhuetas através de um cilindro e de iluminação a vela. Passo a passo descobertas eram feitas, máquinas, a um estilo engenhoca, eram inventadas até que o surgimento e o aprimoramento das técnicas fotográficas possibilitaram uma real aproximação do cinema.

Assim, em meio a Dioramas, Phantoscopes, Bioscopes, Cinetoscópios, a invenção do cinema acabou sendo atribuída, na maior parte do globo, aos irmãos Lumière. Porque além de idealizarem o grande e 'moderníssimo' cinematógrafo (capaz de registrar imagens na película; produzir cópias em seu interior e, depois de alguns ajustes rápidos, projetar as imagens) também tornaram o cinema comercial e popular em vários países.

Os primeiros filmes, por eles, exibidos foram: “A saída da fábrica” e “ A chegada de um trem à estação”. Este, inclusive, causou espanto na plateia, ainda desacostumada com a novidade do movimento. Tais filmes, juntamente com outros tantos, foram exibidos na 1ª parte da mostra realizada em Belo Horizonte, denominada “A história do cinema mudo ao vivo”.

Ao assistir esta exibição, foi possível ver perfeitamente a sutileza da evolução do cinema, pois de película em película eram apresentadas novas, porem pequenas sofisticações. Séries fotográficas deram o ponto de partida. Percebia-se claramente a imobilidade da câmera até aparecer os primeiros panoramas e travellings. Os primeiros planos também eram simples e o ‘cenário’ era a rotina das pessoas.

 A seleção mostrada ilustrou muito bem tal período do cinema mudo, o qual, entendi, ter adolescido como um período experimentação e descobertas, onde os acontecimentos do cotidiano eram os atores principais, e as técnicas, que foram sendo desvendados a cada dia, sobressaiam-se ao conteúdo. Além do mais, o acompanhamento de um piano deu ritmo e entonação aos filmes, bem como acontecia com as exibições primordiais, que eram mudas, mas não em silêncio.



                                                   A chegada de um trem à estação


Imagem: Cinematógrafo
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Do expressionismo alemão a Poe [Bárbara Nery] #1


Para melhor entender a obra de Tim Burton, foi proposta na primeira quinzena um estudo sobre suas influências, em especial o expressionismo alemão.  Trata-se de um fenômeno cultural que não só se aplicou ao cinema, mas às artes gráficas, pintura, escultura, literatura, teatro, música e dança.

A estética e as técnicas típicas desta corrente trazem o real submetido à imaginação, ou seja, é carregado de subjetividade psicológica e emocional. Através da distorção dos cenários e personagens, resultado da maquiagem, fortes contrastes e jogos de luz, toda a estética deveria representar um estado de espírito. A temática dramática, que incluía temas sombrios de suspense policial e mistério em ambientes urbanos, muito dizia das tensões, pessimismo e ceticismo de uma Europa dos anos 20, decorrente da 1ª Guerra Mundial.

Para poder captar essa estética e as impressões que ela procurava transmitir, assisti ao filme “O gabinete do Dr. Caligari” (1919), de Robert Wiene. Considerado o primeiro filme genuinamente expressionista, conta a história de um hipnotizador, o Dr. Caligari, que chega à cidade com seu assistente de espetáculo, o sonâmbulo Césare, que adivinha o futuro das pessoas. A partir de então, uma série de assassinatos começam a surgir e as suspeitas caem sobre Césare. Por fim, quando este se recusa a matar uma das vítimas, descobre-se que Dr. Caligari era na verdade o mandante.


Na literatura, Tim Burton teve forte influência de Edgar Allan Poe, famoso por suas obras góticas.  Incluía em seus contos temas como a loucura, doença, atos infames e mesmo a morte, inclusive seus sinais físicos, reanimação dos mortos e o luto. Sem tempo hábil para recorrer à sua literatura, escolhi por procurar pequenas citações que traduzissem este clima, como quando diz “Me tornei insano com longos intervalos de terrível sanidade”.

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Release the Kraken! [Gabriella Braga] #1


Cena do filme Fúria de Titãs


Alguns não conhecem, outros já ouviram falar. O Kraken, conhecido como parte da mitologia grega, é  um polvo/lula gingante nascido da carne do deus do mundo inferior, Hades, com membros humanos e que habita uma caverna submersa. Sua história está diretamente ligada com a história de Perseu, semi-deus filho de Zeus, deus dos céus, e da mortal Dânae, pois é ele o responsável por sua morte de acordo com a cultura grega. 



Imagem do Kraken de acordo com a mitologia grega

Temido por deuses e humanos, o monstro é responsável pela destruição de cidades inteiras. No filme Fúria de Titãs (Clash of Titans) de 2010, o Kraken aparece como o responsável pelo fim da era dos Titãs - reinada por Cronos, pai de Zeus, Hades e Poseidon, o rei dos mares. Na história, Hades ainda usa da figura para ameaçar os humanos com a destruição da cidade de Argos. Perseu tenta impedir a destruição da cidade e sai em busca da única coisa capaz de matar o Kraken: Medusa. Somente ela ou sua cabeça podem destruir o Kraken porque, além de possuir uma força invencível por qualquer mortal - e ouso dizer que alguns não-mortais também -, ele tem uma armadura impenetrável. O fato de Medusa ser capaz de transformar em pedra qualquer um que olhasse diretamente em seus olhos é que a faz capaz de matar o monstro grego.


Cena do filme Fúria de Titãs

O monstro não é uma figura unicamente da cultura grega, também aparecendo no folclore nórdico como destruidor de navios. A exemplo, ele aparece no filme Piratas do Caribe - O Baú da Morte (Pirates of Caribbean - Dead Man's Chest, 2006) sob o comando de Davy Jones, capitão do Holandês Voador.





Cena do filme Piratas do Caribe - o Baú da Morte















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Personagens são importantes? [Carla Resgala] #1

Este projeto propõe a análise de propagandas brasileiras ganhadoras do prêmio Leão de Ouro na década de 80. Serão aqui abordadas duas propagandas por post.

A primeira analisada é da marca Bombril, Despedida e Volta do Garoto, de 1981, criada por Olivetto. Apesar de terem sido veiculadas separadamente, em Cannes foi premiada a junção: despedida e volta.


Após a veiculação da triste despedida, parte do público levou a sério e passou a congestionar as linhas telefônicas da empresa e a mandar cartas. No mês seguinte, o Garoto volta feliz agradecendo “à senhora que escreveu lá para a companhia”. Isso mostra que o Garoto Bombril, criado para ser o amigo confiável das consumidoras, conseguiu encantar muitos espectadores com seu jeito tímido e educado. Um anti-herói dos comerciais, cuja arma era o humor, fez aumentar a venda do produto.

A segunda propaganda é da marca Johnson e Johnson com o filme Shampoo Johnson para mãe e filha, de 1982, também de Olivetto. Foi um comercial metalinguístico, onde um homem dava a receita de um comercial de sucesso.


Este formato que acabou por apresentar os artifícios da publicidade para ‘chegar’ ao consumidor poderia ter sido visto como uma clara sátira à propaganda. Sendo assim, então, porque deu certo? Talvez pela postura segura do personagem de meia idade, que ao colocar seu foco na criação da propaganda, esclarece ao espectador a finalidade de cada elemento de cena, deixando meio que inquestionável a qualidade do produto.


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Memes?! ME GUSTA. [Daniella Rodrigues]

“O termo fenômeno da Internet, ou meme da internet, refere-se a uma série de pessoas, vídeos, imagens, canções, fatos etc. que se popularizaram primordialmente na Internet tornando-se verdadeiras celebridades instantâneas.” (Wikipédia)

  Como tema do meu projetos A2 , resolvi escolher um assunto que está muito presente nos dias de hoje, em vida online e offline: Os Memes de Internet.  Procuro entender, a partir da minha pesquisa, um pouco mais sobre o surgimento, tipos e aplicações dos memes na cultura contemporânea. Buscarei ver a influência deles na propaganda atual e, principalmente, no comportamento dos atuais internautas.

  Mas, afinal, de onde surgiu o termo “meme” que tanto ouvimos hoje? Lendo dois textos como base, “Memes e Dinâmicas Sociais em Weblogs: informação, capital social e interação em redes sociais na internet” eMemes em weblogs: proposta de uma taxonomia”, ambos da autora Raquel da Cunha Recuo, percebi que o termo é algo bem mais complexo e amplo do que eu imaginava.

  O conceito de “meme” foi cunhado por Richard Dawkins, em seu livro “O Gene Egoísta”, publicado em 1976. A partir de uma abordagem evolucionista, Dawkins compara a evolução cultural com a evolução genética, onde o meme é o “gene” da cultura, que se perpetua através de seus replicadores, as pessoas. O estudo dos memes está diretamente relacionado com o estudo da difusão da informação e de que tipo de ideia sobrevive e é passado de pessoa a pessoa e de que  tipo de ideia desaparece no esquecimento.

  É interessante analisar que, a partir da perspectiva de Charles Darwin (criador da teoria evolucionista),  as espécies eram vistas como produtos de um processo evolutivo baseado em três elementos fundamentais:  mutação (ou variação),  hereditariedade (ou retenção) e seleção natural. Os mesmos conceitos podem, então, serem abordados nos memes:

- A  variação  corresponde à capacidade do meme de mutação. Uma história nunca é contada exatamente do mesmo modo e essas pequenas variações vão gerando grandes mudanças com o passar do tempo.

- A  seleção é o elemento que faz com que alguns memes chamem mais a atenção do que outros, permanecendo mais e sendo mais copiados, enquanto outros não são lembrados.

-  A retenção ocorre pela permanência do meme no caldo cultural. É comparável à hereditariedade, que faz com que um novo meme tenha, portanto, muito pouco de originalidade, mas seja produto de variação e recombinação de ideias antigas que permanecem presentes nas ideias presentes.

  A partir desta perspectiva, Dawkins, então,  enumera, como características essenciais do meme, enquanto replicador: a longevidade, a fecundidade e a fidelidade das cópias. A longevidade é a capacidade do meme de permanecer no tempo. A fecundidade é sua capacidade de gerar cópias e, por fim, a fidelidade é a capacidade de gerar cópias com maior semelhança ao meme original.

No entanto, para que se compreenda a propagação dos memes nas redes de weblogs, foi ainda acrescido outro critério: o alcance. Isso porque redes sociais são conjuntos de redes interconectadas, onde laços fortes e fracos  conectam indivíduos através da interação social.

Tabela MEMESExistem, por sua vez, vários outros subtermos relacionados aos memes tratados em ambos os textos citados de grande importância e que podem acabar por, eventualmente, aparecer em posts futuros. Por falta de espaço e por não serem tão relevantes por enquanto, não os abordarei profundamente nesse post, mas deixarei uma pequena tabela para ilustrar as demais classificações dadas aos memes.

 

Aos que se sentiram interessados pelo assunto, postarei então os links dos textos que li. É uma leitura bem rápida e fácil. Vale a pena!

http://seer.ufrgs.br/intexto/article/view/4265  (RECUO, Raquel da Cunha. Memes e Dinâmicas Sociais em Weblogs: informação, capital social e interação em redes sociais na internet, 2006)

http://revistas.univerciencia.org/index.php/famecos/article/viewFile/1969/1785 (RECUO, Raquel da Cunha. Memes em weblogs: proposta de uma taxonomia, 2007)

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As várias faces da Jornada do Herói [Paula Pinheiro] #1

A primeira vez em que tive contato com o trabalho de Joseph Cambell foi quando eu tinha dez anos de idade e li uma análise bastante simplificada da história de Harry Potter segundo a Jornada do Herói. Desde então, a ideia de que todas as histórias podem ser esquematizadas e interpretadas de maneira retratar a mesma jornada me fascina enormemente.

Apesar disso, não fui ter contato com o livro até o início desse projeto – o que, na verdade, eu achei positivo. O herói de mil faces se apoia imensamente na mitologia e nos trabalhos de Freud e Jung, e, portanto, exige certo nível de maturidade de seu leitor. Mais do que tentar estabelecer um padrão que seguem as histórias, Campbell tenta demonstrar como os seres humanos projetam sua psique no campo simbólico dos mitos, de forma a externá-la para que fique mais fácil compreendê-la. A universalidade dos mitos vem, então, do fato de todos os homens terem as mesmas estruturas psicológicas de ego, mente, self etc.

A conclusão a que eu cheguei enquanto lia o livro de Campbell é que, para que meu projeto fique mais claro, é interessante que eu utilize também a versão da Jornada do Herói apresentada por Christopher Vogler no livro A jornada do escritor – Estruturas míticas para escritores. Vogler faz uma transição da jornada nos mitos para a jornada nas histórias modernas, que pode me poupar tempo durante o projeto. Assim, utilizarei as duas obras: me apoiarei na obra de Vogler, mas sem perder de vista o trabalho original, de Campbell.
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Marcas [Gabriela Bonfim] #1

Quase tudo que consumimos hoje é vendido com marca. Seja o refrigerante que tomamos ou a uva comprada no mercado. A origem dessa forma de identificação é controversa, mas importa saber que as marcas surgem no intuito de diferenciar produtos, como se fosse um nome próprio, tendo, no início, uma função meramente burocrática. Só depois adquirem relevância na comparação de produtos durante o processo de compra. E hoje vão ainda além, sendo por vezes o único fator determinante na escolha de um bem a ser adquirido.

Marcas hoje

As marcas mostram-se como sistema constituído de nome, logotipo, forma, cores, publicidade, organização que lhes deu origem... É necessário cuidar desse sistema para mantê-lo em equilíbrio, evitar sua degradação. A marca precisa estar afinada com seu “público-alvo”. Por isso é comum vermos alterações de logotipia ou de abordagem publicitária. Para ilustrar veja a evolução da marca Philips e as mudanças de alguns logos:


  


Existe uma mitologia latente, abaixo do limiar da consciência do consumidor, que abrange as percepções, sentimentos associados com o produto. Isso é amplamente explorado pelas marcas (neuromarketing!) que passam a vender não apenas um produto, mas experiências diversas (Como aqui. Não está sendo vendido apenas um meio de transporte, há uma associação deste a conquista, sucesso.) E essas associações é que passam a dar maior significado a cada marca, levando o consumo a um novo patamar, onde as marcas passam de meros meios de diferenciação de produtos para objeto de desejo dos consumidores. As pessoas desejam não o produto, mas a própria marca (A Nike é um exemplo clássico).

Há muito mais sobre marcas no livro referência para meu projeto: “Signos de Marca – Expressividade e Sensorialidade”, da Clotilde Perez. Para quem deseja saber mais sobre termos, conceituações, classificações marcárias por nome, estratégias adotadas, fica a dica.

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Caldeirão do neopopulismo [Laura Marques de Oliveira] #1




Inicialmente me propus a pontuar o conceito de neopopulismo e como ele aparece na produção midiática do nosso país, com enfoque no programa de auditório Caldeirão do Huck. E o fiz a partir da definição de neopopulismo de Ricardo Vélez Rodríguez em seu artigo “O neopopulismo na América do Sul – Aspectos conceituais e estratégicos” e do livro de Vilmar Rocha “O fascínio do neopopulismo.
O populismo (nas suas variações neo e tradicional) é retratado por ambos os autores como uma forma de exercício de poder que emerge do desgaste de democracias representativas, rejeita qualquer tipo de institucionalização do exercício do poder e no qual há um forte denuncismo: os males sociais são sempre colocados em pauta. No populismo o posicionamento político é antielitista, nacionalista, o líder encarna a figura de salvador do povo; trabalha um discurso de que as causas do povo são suas, explora o ressentimento das “massas” contra as elites, seduz o povo a ter uma forte confiança nele, forma uma vinculação direta com o povo - ignorando as instituições que mediariam esta relação - e passa uma imagem de semelhança com o povo que governa.
            A diferença entre o populismo tradicional e seu desdobramento contemporâneo, segundo Vilmar Rocha (1998, p. 18) se dá no fato de que o segundo baseia-se na decomposição das classes sociais, visando, principalmente, as camadas populares mais necessitadas; enquanto o primeiro “baseava-se na integração dos trabalhadores ao mercado e na sua participação política via sindicatos.” (ROCHA, 1998, p. 18).
            Visto isso, o programa Caldeirão do Huck, entre outras produções midiáticas brasileiras, é repleto em posicionamentos neopopulistas. Na medida em que o denuncismo tem forte presença no programa, Luciano Huck encarna o líder salvador carismático do povo que entrega “presentes” ao seu público elevando a condição financeira de seus contemplados, ignora as instituições e cria um vinculo próximo com os telespectadores dando preferência às classes mais baixas (via facebook e twitter também).
            A partir dos próximos posts situarei melhor onde e de que forma essas características aparecem no programa ao analisar alguns quadros – como o Lata Velha e Agora ou Nunca - separadamente.



Fontes bibliográficas:http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/NASACE.pdf Acesso em: 29/04/2012

ROCHA, Vilmar, O fascínio do neopopulismo. TOPBOOKS Editora, Rio de Janeiro, 2007.
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Mulheres construídas [Karina Carvalho #1]


Meu tema de projetos deste período será analisar revistas femininas com diferentes públicos, categorizados por sua faixa etária, a fim de identificar o padrão de mulher ideal passado pelas revistas.
Para a primeira quinzena, me propus a analisar a revista Capricho, voltada para o público adolescente. Fui orientada a analisar as edições do mês de março, mês da mulher. A dificuldade de encontrar tais edições entretanto, exigiu uma mudança no cronograma. Adiei a análise das revistas para a próxima quinzena.


Para esta quinzena realizei a leitura de dois artigos indicados pela monitora.
Os links dos artigos:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-88392001000300010&script=sci_arttext
http://galaxy.intercom.org.br:8180/dspace/bitstream/1904/18106/1/R0992-1.pdf
A leitura dos textos me auxiliou no entendimento sobre o papel das mídias na construção de um papel social.
Baseada na leitura, entendi que a mulher ainda é vista como um objeto de prazer masculino. As matérias nas revistas endossam esse papel, ao "dar dicas" de comportamento diante do sexo oposto, de como ficar linda para seu marido, de como cuidar bem da casa, de como chamar a atenção do garoto no colégio, etc.
Para a próxima quinzena já espero estar com as revistas em mãos, e poderei analisar essas características empiricamente.
Até lá, vou continuar minha busca por esse material, e encontrar uma maneira de categorizar a leitura dessas revistas.

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Uma visão geral da tatuagem [Luiza Pontes Brant] #1

Os guerreiros e os nobres das tribos maori tatuavam o rosto com formas circulares ao longo da vida;
quanto mais círculos, mais respeitados eles eram perante a comunidade e os inimigos.

A primeira quinzena foi dedicada à dois livros (Teorias da Tatuagem, de Célia Maria Antonacci Ramos e Tatuagem, piercing e outras mensagens do corpo, de Leusa Araújo) e dois documentários do History Channel, Os segredos da tatuagem (parte I e II).

Os dois documentários não acrescentaram muita informação ao meu trabalho, pois acabaram tratando basicamente do que o livro de Leusa Araújo falava, mas foram interessantes para ilustrar melhor o assunto. Já o livro Teorias da Tatuagem se aprofunda mais no assunto, nos informando inclusive sobre outros costumes e culturas relacionadas à prática da tatuagem.

Por indicação da monitora Danila, incluirei na minha análise três artigos: Transformando corpos em pergaminhos: a tatuagem como dispositivo de comunicação/identificação, de Emilene Leite de Souza; As tatuagens e a criminalidade feminina, de Marina Albuquerque Mendes da Silva; e A influência e o significado das tatuagens nos presos no interior das penitenciárias, de Cezinando Vieira Paredes.

Também por indicação dela, penso em focar mais o meu trabalho na questão das tatuagens dentro do contexto penitenciário, mas vou, primeiro, dar uma explanação geral das tatuagens como forma de comunicação em culturas variadas.
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domingo, 29 de abril de 2012

Nascimento do Rap Brasileiro [Mariana Moraes] #1

racionais-mcs

Dediquei minha primeira quinzena na busca das raízes do rap no Brasil, quando, onde, como, com quem e em que contexto ele surgiu por aqui. As respostas pra isso não são de tudo exatas, é certo que encontrei estudiosos que afirmam que o rap e o repente são correntes idênticas – no sentido de que trabalham da mesma forma - em épocas distintas. O parentesco é óbvio e percebe-se claramente como um se parece com outro. No entanto, o que conhecemos hoje como rap data seu surgimento em nosso país na década de 1980, e, foi desse surgimento que decidi começar meus estudos.

O curioso é que mesmo antes da chegada do rap em nosso país, algumas músicas que poderiam ser classificadas como pertencentes ao estilo já existiam, dentre elas "Deixa Isso Pra Lá" de Jair Rodrigues, "Melô do Tagarela" de Arnaud Rodrigues e Luís Carlos Miele. Mesmo com essas músicas foi apenas em 1984, após uma apresentação do grupo americano Public Enemy no Brasil que o rap começou a se difundir no país, especialmente nas periferias dos grandes centros. O primeiro álbum exclusivamente brasileiro que se tem notícia data de 1988, com o nome de “Hip Hop Cultura de Rua”, ele apresentou nomes como Thaíde e Código 13. Ainda no ano de 1988 outro álbum foi lançado e nele estava um dos maiores grupos de rap do Brasil, os Racionais Mc’s, eles apresentaram a mídia uma temática mais social, da mesma forma que fazem ainda hoje, 24 anos depois.

Vale ainda ressaltar que o primeiro “lar” do rap no Brasil foi a estação São Bento em São Paulo, onde os primeiros grupos de periferia se reuniam no final dos anos 80. Na mesma década, mas já no ano de 1989, foi fundado o Movimento Organizado de Hip Hop no Brasil, que mais tarde se tornaria a ONG M2HO, uma das principais responsáveis pela maior atenção que o rap dedicou às temáticas sociais nos anos seguintes. Durante essa quinzena, além dessas descobertas, tentei entrar em contato com diversos nomes importantes do início do rap brasileiro, mas não consegui nenhum retorno, continuarei tentando.

 

Fontes: PubSounds; MH2O; Professor Biu Vicente; Wikipédia.

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Uma breve introdução ao estudos do Humor [Bruna Sanchez] #1




Na última quinzena me dediquei à leitura de textos que me introduzissem na discussão a respeito da relação entre humor e publicidade. Descobri que existem teóricos de diferentes áreas das ciências humanas que tratam da questão do humor dos quais se destacam dois filólogos, Henri Bergson e Vladmir Propp, cujos estudos vêm orientando a maior parte das pesquisas que o colocam em uma relação mais pragmática com a comunicação. Na leitura do livro O Riso: Ensaio sobre a significação do cômico, Henri Bersgon estabelece três princípios dos quais derivam situações cômicas no geral. Juntando esses estudos de Bergson com uma síntese mais classificatória e didática de Propp, o texto O riso na publicidade: uma estratégia de luta, analisa o vídeo comercial Ponto Contra da marca de cerveja Sol para exemplificar como essas teorias, sobretudo aquela que diz respeito ao "riso de zombaria”, se aplicam aos comerciais que se valem do humor para ridicularizar seus concorrentes. A partir daí, fiz uma pesquisa no Youtube e pude perceber que essa é uma ferramenta utilizada por muitas empresas na chamada “batalha de marcas” que se dá entre grandes nomes como Coca-Cola e Pepsi, Mac Donalds e Burger King, Nike e Adidas e etc.





Já o texto do Marcio Acselrad, Humor como Estratégia de Comunicação parte de outro princípio para tratar da questão do humor. Não considera-se aqui a comicidade como uma rendição à preguiça e fuga momentânea da realidade, como afirma Bergson, mas como uma maneira de ascender o espírito para a verdade e perpepção dessa realidade. Apesar de ter sido uma leitura bastante rica, o que o autor defende nesse texto não servirá muito à minha pesquisa, pois seu posicionamento com relação ao papel do humor na comunicação é demasiado filosófico e antropológico, sendo que busco algo mais prático e evidente.
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Warhol [Yuri Oliveira Guimarães] #1


Auto-Retrato
1986, serigrafia e acrílico sobre tela
Pertence à série de últimos auto-retratos
feitos pelo artista. Andy está com a
famosa peruca prateada.

Nessa primeira quinzena, li o livro “Warhol” da coleção Gênios da Arte publicada pela editora Girassol. O livro faz um apanhado bem geral sobre a vida artística de Andy Warhol e serviu para que eu tenha uma visão mais íntima sobre o trabalho desse artista.

Andy Warhol, como todos sabem, é o principal representante da corrente artística conhecida como Pop Art. Sua vida e suas obras podem ser denominadas como “a encarnação do sonho americano”. Tendo estudado arte no Instituto Carnegie de Tecnologia e iniciado sua carreira no mundo publicitário (onde consegui sucesso rapidamente), Andy sabia unir esses mundos em suas obras como ninguém.

Dollar Sign
1983, serigrafia
Para Warhol, o dólar era o
o símbolo mais americano.
Gostava muito de dinheiro
e desejava que todos pudessem
tê-lo.
Como é dito no livro “Warhol”, a Pop Art surgiu em meio a uma geração que já havia deixado pra trás os anos da Depressão e que cultuava o consumismo e o bem-estar. Com isso, essa corrente se opôs ao expressionismo abstrato, que era mais engajado e buscava uma América menos capitalista e mais humanitária, e pregou o culto ao hedonismo, a juventude, o bem-estar e a boa imagem. Era uma sintetização da “American Way of Life”. Warhol acreditava que de nada servia a indignação expressionista e se preocupava mais em chamar a atenção mostrando a realidade. Tentava não se implicar com as coisas, mantendo uma atitude tão distante quando possível. Isso era bem visível nas suas obras, onde ele mantinha uma certa frieza.






Ainda falando sobre as características das obras de Warhol e da Pop Art, era visível como seus traços derivavam da publicidade, imprensa, cinema, quadrinhos e da televisão. Via-se ainda a incorporação de imagens e a influência da grande mídia. Andy pensava que “não era importante de onde provinham suas imagens, senão o que podiam fazer e dizer com elas” e que se devia incorporar o mundo, as pessoas e a mídia à arte e não distanciá-los. Seguindo essa ideia, ele costumava pegar imagens, acontecimentos e celebridades em grande destaque na mídia e mudá-las ao seu modo. Até porque o próprio Warhol era uma das maiores celebridades americanas e fazia questão de demonstrar isso.


Lady Di
1982, serigrafia e acrílico sobre a tela
Warhol gostava de representar grandes
personalidades midiáticas em suas obras e elas
gostavam de ser representadas por ele. Esse retrato
feito por encomenda da realeza. Warhol representava
o que estava à vista de todos.
129 Die in Jet
1962, acrílico sobre tela
Essa pintura mostra a influência da imprensa
nas obras de Warhol. Foi pintada a partir de uma
notícia do New York Mirror sobre um desastre
aéreo de 1962.



























210 Coca-Cola Bottles
1962, serigrafia e acrílico sobre tela
Warhol transformou a Coca-Cola em um dos símbolos
da vida americana. Através dessa imagem e da repetição, ele
buscou definir a sociedade americana. Dizia: "Quanto mais igual,
mais americano é" e, ao mesmo tempo, destacava diferenças e
singularidades nessa obra, fazendo com que o olhar fixe-se nelas

É importante destacar ainda a serigrafia, a principal técnica utilizada por Warhol em seu trabalho e o par perfeito para a própria Pop Art.  Por se tratar de um processo foto-mecânico,  ela permitia que a execução da obra fosse delegada a outras pessoas e tornava-a mais rápida, o que possibilitava ao artista ser o promotor e diretor da ideia e se ocupar com outros projetos e compromissos durante a execução. Permitia também o distanciamento que Andy Warhol gostava de manter, pois não tinha a implicação pessoal da pincelada. Logo ele utilizou a serigrafia de forma ainda mais mecânica, introduzindo a repetição.







Myths: Superman
1981, serigrafia, pó de diamante
Desde pequeno, Warhol gostava muito de quadrinhos e,
quando adulto, representou alguns em suas obras.




Warhol era crítico e irônico com seu próprio trabalho. Quando lhe perguntavam se buscava a facilidade em suas obras, ele respondia que sim. A dualidade de sua arte era presente em sua personalidade. Ao mesmo tempo que gostava de representar a fama, a riqueza e o consumismo, Warhol não deixava de ser humilde e de preocupar com família e amigos. Ao mesmo tempo que gostava de apreciar uma Chanel número 5, gostava também de um hot-dog comprado na rua. Andy Warhol gostava, antes de tudo, de ser americano.


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Ilustrada e EM Cultura [CLARA NOVAIS] #1 - Identificação das sessões

Minha quinzena foi dedicada à identificação das sessões constituintes dos cadernos de cultura Ilustrada, da Folha de São Paulo, e EM Cultura, do Estado de Minas.



A estrutura do EM Cultura é a seguinte:

-Primeira Página 

-Página 2
Fixo:
Horóscopo
Sudoku
Palavras Cruzadas

Segunda à sábado: Coluna da Anna Marina, assuntos diversos
Domingo:  Em Dia Com a Piscicanálise por Regina Teixeira da costa

Outra coluna.
Domingo e quarta-feira/ “Dicas de Português” por Dad Squarisi
Segunda-feira/ “O Berço da Palavra” por Márcio Contrim
Terça feira/ Crônica de José Bento Teixeira de Salles
Quinta-feira/ Crônica por Mario Ribeiro
Sexta-feira/ Crônica por Jose Bento Teixeira de Salles
Sábado/ Crônica por Plínio Barreto

Quadrinhos feitos por Chantal e Nani são publicados às terças, quintas, sextas e  sábados.

- Página 3
Coluna Social tradicional por Mario Fontana
Hit por Helvécio Carlos  - Coluna Social jovem

O Roteiro de Cinema tem uma página completa aos domingos (p.4), terças (p.6), quartas(p.6), quintas(p.6) e sábados(p.4). Nesses dias, os roteiros de música, teatro, exposições e museus dividem a página seguinte.
Na segunda-feira  todos os roteiros dividem a página 4.
Na sexta-feira o caderno Divirta-se da conta da programação cultural.

Seg. (p.7) Ter. (p.9) Qua. (p.9) Qui.(p.9) Sex. (p.5) Sab. (p.7)
Caras e Bocas por Simone Castro, com tópicos sobre a televisão
Telemania - programação dos canais abertos
Filmes da TV aberta
TV paga - destaque para alguns programas que serão exibidos na TV paga

A última página conta com um colunista diferente por semana e uma reportagem ou notícia.
Seg. (p.8) Alcione Araujo
Ter. (p.9) Maria Esther Maciel
Qua. (p.10) Fernando Brant
Qui. (p.10) Maria Calasanti
Sex. (p.6) Arnaldo Viana
Sab. (p.8) Cyro Siqueira, entretanto, nas últimas duas edições não houve publicações
Dom. (p.8) Affonso Romano de Sant'anna

Ter. (p.4) Qui.(p.4)
EM movimento - Notícias e reportagens sobre música
Na prateleira - Dicas de discos
E tem mais... no vidades em livros, Dvds, clipes, etc, relacionados à músicas

As outras páginas publicam reportagens e notícias sobre cultura.



O número de páginas e a localização das sessões do caderno Ilustrada variam de acordo com a publicidade, que é bastante presente nele.

Sua estrutura, em geral, é seguinte:
- Capa

- Página E2  
Coluna da Monica Bergamo sobre assuntos variados

Às segundas uma página para a Folhateen, que trata de assuntos culturais relacionados ao público infanto-juvenil
Dom. e Sex./ Página para críticas e notícias relacionadas a Cinema
Qua./ Página para críticas e notícias relacionadas a Música
Qui./ Página para críticas e notícias relacionadas a Teatro

Seg. a Sab./ Acontece - Duas páginas dedicadas a sinopses de filmes e endereços de cinemas

Uma página para Televisão – fala de televisão aberta e fechada e exibe a grade da TV aberta

- Página E11 
Coluna do José Simão (às segundas dá lugar à “Vanessa vê TV” por Vanessa Barbara)
Horóscopo
Quadrinhos
Seg. a Sex./ Angeli, Laerte, Caco Galhardo, Fernando Gonsales, Adão, Allan Sieber, Andre Dahmer e Jim Davis
Sab./ Fabio moon e  Gabriela Ba no lugar de Jim Davis e Dik Bowe no lugar de Andre Dahmer
Dom./ Dik Browe no lugar de Andre Dahmer
Sudoku
Cruzadas

- Página E12 
Um colunista e uma notícia
Dom./Ferreira Gullar
Seg./Luis Felipe Pondé
Ter./João Pereira Coutinho
Qua./Marcelo Coelho
Qui./Contardo Calligardis
Sex./Carlos Heitor Cony
Sab./Alváro Pereira Junior

As outras páginas são para reportagens, notícias e, em especial, críticas, de eventos recém-ocorridos na cena cultural.

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