segunda-feira, 11 de junho de 2012

Nós amamos a Coca-Cola! [Luiza Alfenas] #4


“As pessoas são movidas pela emoção, não pela razão”. É assim que Kevin Roberts, autor do livro “Lovemarks” e criador do termo homônimo, inicia a defesa de sua ideia.
Lovemarks são aquelas marcas que vão além do produto em si, criam uma relação de proximidade, de intimidade com os consumidores – que passam a ser fãs. Essa conexão é realizada emocionalmente, conquistando os consumidores – fazendo com que esses amem a marca.
Você pode não gostar de Coca-Cola, mas é inegável a presença da marca na nossa vida, seja em publicidade, no esporte, em festivais de música. E não há como negar também que as pessoas idolatram a marca.
Um grande exemplo dessa paixão pela marca em si é o colecionismo, praticado intensamente nos Estados Unidos, Canadá e França, tendo se tornado um dos temas mais colecionados no mundo. Mesmo aquele que não pode ser incluído na categoria de colecionador possui algum brinde relacionado à Coca-Cola. Afinal de contas, quem não lembra dos mini-craques, dos ioiôs e dos mini-engradados que ganhávamos em troca de tampinhas? Todos lembram, e muitos os têm até hoje – em uma passada pelo site de vendas Mercado Livre, podemos ver essas coleções e outras sendo vendidas a preços altíssimos.



O carinho da marca de criar produtos especiais, edições limitadas de garrafinhas e campanhas promocionais é sim uma estratégia para vender mais refrigerante, mas um modo diferenciado, atencioso. “Só existe uma forma de vender o seu produto de forma próspera: (...) dedicar-se a estabelecer conexões consistentes e emocionais com os consumidores.”¹
A Coca-Cola vem sendo colecionada praticamente há um século, mas no Brasil o início das coleções coincide com a entrada da empresa no País, em 1942. Os itens colecionados são praticamente os mesmos em todo o mundo. No caso do Brasil os itens mais colecionados são: anúncios originais de época, garrafas, brindes, tampinhas, posters, engradados, réplicas de carrinhos e os famosos broches. Existe uma peculiaridade entre a procura pelos colecionadores brasileiros que são as letras originais das canções feitas por compositores famosos.
No Brasil, o principal colecionador profissional é Geraldo Augusto Gayoso, que começou o hobby quando tinha 12 anos de idade. Ele é hoje o 4º maior colecionador da marca no mundo e o maior na América Latina. A sua coleção compõe ao todo 20.000 peças com a marca do refrigerante no Brasil e de quase 200 países e possui itens valiosos como a primeira garrafa da marca – ainda usada como xarope no século passado.

Fontes:
¹ ROBERTS, Kevin. “Lovemarks – o futuro além das marcas”. MBooks do Brasil LTDA. São Paulo – SP. 2005.

Um comentário:

  1. Oi, Luiza!

    Ótimo post! A entrevista com o colecionador seria um adicional, mas sua ausência não prejudicou sua argumentação.

    Um abraço!

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