
As técnicas usadas pelo diretor também impressionam. Li no texto de Rodrigo Cunha que, na cena de Mellanie dentro da cabine telefônica, por exemplo, há a sobreposição de três películas: “a primeira película tinha Melanie dentro da cabine telefônica, com alguns pássaros atingindo o vidro para ficar real; a segunda camada era alguns pássaros animados que ficavam passando de um lado para o outro em tom ofensivo; e a terceira camada era simplesmente uma pintura!”²

Não poderia faltar a vertente psicológica do filme. Hitchcock diz a Truffaut “durante o ataque das gaivotas no casarão, quando Melanie Daniels se refugia na cabine telefônica envidraçada, minha intenção é mostrar que ela é como um pássaro numa gaiola”. O diretor brinca com o absurdo, mexe com o sobrenatural e ainda nos deixa em um clima de tensão. A falta de trilha sonora na cena em que Mellanie está a caminho de Bodega Bay, bem como quando ela está no barco em direção à casa de Mitch, nos deixa aflitos, à espera de algo que acontecerá em breve. Mas não acontece! E isso se dá até o final do filme. Assim, acredito que o filme se aproxima bastante do terror, como ele mesmo diz no trailer do filme: "The Birds could be the most terrifying motion picture I have ever made".
Referências:
¹ TRUFFAUT, François. Hitchcock/Truffaut: Entrevistas. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2004.
² http://www.cineplayers.com/critica.php?id=290
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ResponderExcluirOi, Helena!
ResponderExcluirÓtimo post!
Importante ajeitar apenas alguns equívocos de digitação.
Um abraço,
Oi Danila!
ExcluirObrigada!
Mas quais equívocos seriam?
Abraço!