“As pessoas são
movidas pela emoção, não pela razão”. É assim que Kevin Roberts, autor do livro
“Lovemarks” e criador do termo homônimo, inicia a defesa de sua ideia.
Lovemarks são
aquelas marcas que vão além do produto em si, criam uma relação de proximidade,
de intimidade com os consumidores – que passam a ser fãs. Essa conexão é
realizada emocionalmente, conquistando os consumidores – fazendo com que esses
amem a marca.
Você pode não gostar
de Coca-Cola, mas é inegável a presença da marca na nossa vida, seja em
publicidade, no esporte, em festivais de música. E não há como negar também que
as pessoas idolatram a marca.
Um grande exemplo
dessa paixão pela marca em si é o colecionismo, praticado intensamente nos Estados
Unidos, Canadá e França, tendo se tornado um dos temas mais colecionados no
mundo. Mesmo aquele que não pode ser incluído na categoria de colecionador
possui algum brinde relacionado à Coca-Cola. Afinal de contas, quem não lembra
dos mini-craques, dos ioiôs e dos mini-engradados que ganhávamos em troca de
tampinhas? Todos lembram, e muitos os têm até hoje – em uma passada pelo site
de vendas Mercado Livre, podemos ver essas coleções e outras sendo vendidas a
preços altíssimos.
O carinho da marca
de criar produtos especiais, edições limitadas de garrafinhas e campanhas
promocionais é sim uma estratégia para vender mais refrigerante, mas um modo
diferenciado, atencioso. “Só existe uma forma de vender o seu produto de forma
próspera: (...) dedicar-se a estabelecer conexões consistentes e emocionais com
os consumidores.”¹
A Coca-Cola vem sendo colecionada praticamente há
um século, mas no Brasil o início das coleções coincide com a entrada da
empresa no País, em 1942. Os itens colecionados são praticamente os mesmos em
todo o mundo. No caso do Brasil os itens mais colecionados são: anúncios
originais de época, garrafas, brindes, tampinhas, posters, engradados, réplicas
de carrinhos e os famosos broches. Existe uma peculiaridade entre a procura
pelos colecionadores brasileiros que são as letras originais das canções feitas
por compositores famosos.
No Brasil, o principal colecionador profissional é
Geraldo Augusto Gayoso, que começou o hobby quando tinha 12 anos de idade. Ele é
hoje o 4º maior colecionador da marca no mundo e o maior na América Latina. A
sua coleção compõe ao todo 20.000 peças com a marca do refrigerante no Brasil e
de quase 200 países e possui itens valiosos como a primeira garrafa da marca –
ainda usada como xarope no século passado.
Fontes:
¹ ROBERTS, Kevin. “Lovemarks
– o futuro além das marcas”. MBooks do Brasil LTDA. São Paulo – SP. 2005.
Oi, Luiza!
ResponderExcluirÓtimo post! A entrevista com o colecionador seria um adicional, mas sua ausência não prejudicou sua argumentação.
Um abraço!