A primeira analisada é da marca Bombril, Despedida e Volta do Garoto, de 1981, criada por Olivetto. Apesar de terem sido veiculadas separadamente, em Cannes foi premiada a junção: despedida e volta.
Após a veiculação da triste despedida, parte do público levou a sério e passou a congestionar as linhas telefônicas da empresa e a mandar cartas. No mês seguinte, o Garoto volta feliz agradecendo “à senhora que escreveu lá para a companhia”. Isso mostra que o Garoto Bombril, criado para ser o amigo confiável das consumidoras, conseguiu encantar muitos espectadores com seu jeito tímido e educado. Um anti-herói dos comerciais, cuja arma era o humor, fez aumentar a venda do produto.
A segunda propaganda é da marca Johnson e Johnson com o filme Shampoo Johnson para mãe e filha, de 1982, também de Olivetto. Foi um comercial metalinguístico, onde um homem dava a receita de um comercial de sucesso.
Este formato que acabou por apresentar os artifícios da publicidade para ‘chegar’ ao consumidor poderia ter sido visto como uma clara sátira à propaganda. Sendo assim, então, porque deu certo? Talvez pela postura segura do personagem de meia idade, que ao colocar seu foco na criação da propaganda, esclarece ao espectador a finalidade de cada elemento de cena, deixando meio que inquestionável a qualidade do produto.
Ei Carla.Muito bom!Talvez fosse interessante, para os próximos posts, conjugar as análises das peças com as leituras propostas. Acredito que enriquecerá ainda mais as suas postagens.
ResponderExcluirabs
Olá Regiane, obrigada pelo retorno :) As leituras propostas estão servindo como suporte, mas não falam de muitas propagandas; as que falarem com certeza colocarei aqui na bibliografia. Eu mesma estou fazendo as análises baseadas nas discussões nas disciplinas de publicidade e em pesquisas informais com diferentes pessoas para saber suas opiniões. Abraços
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