segunda-feira, 30 de abril de 2012

Introdução ao Marketing de eventos [Arnaldo Garcia] #1


De feiras a mega estruturas, um dos setores que mais crescem no mundo é o de eventos. Dos mais diversos tipos e objetivos esses acabam por definir novos horizontes da publicidade e marketing estratégico.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto InterScience com os 100 maiores anunciantes do país Indicou que a propaganda tradicional vem perdendo terreno. O marketing de eventos está em destaque na segunda posição entre grandes anunciantes e terceiro entre verbas de comunicação.

Um mercado altamente rentável o qual inventa e reinventa setores como, por exemplo, o da música. É cada vez mais comum a realização de mega eventos no Brasil. Alternativa esta proveniente de gravadoras, selos e artistas para obter capital mesmo com os avanços da pirataria.

Eventos são momentos únicos que estimulam sentimentos, emoções e memórias. Encaixam perfeitamente no atual contexto da chamada “espetacularização da publicidade”, onde o envolvimento cada vez maior do público com a marca estabelece altos níveis de interatividade. O que se faz o diferencial como retorno em dias cada vez mais imersos em informação.

O papel do emprego de técnicas do marketing é de fundamental importância na diferenciação das propostas de eventos ao mercado consumidor, desde sua concepção até a manutenção do conceito pós realizado. Eventos agregam valor e geram negócios. Não são apenas fim, mas também meio na obtenção de objetivos dos participantes, patrocinadores, apoiadores e parceiros de negócios.
Gabriela Ferraz: “A aproximação marca/cliente, proposta pela realização de eventos, possibilita que a promoção seja realizada de forma imperceptível para o consumidor, criando elos que aproximam o consumidor e a empresa. A empresa que se aproxima do seu target, não só tem a oportunidade de conhecer o que o seu cliente quer, mas também quem ele é, do que ele gosta e o que ele gostaria que a empresa fizesse por ele. Nesse ponto a marca se torna muito mais do que o rótulo do produto, mas um estilo de vida”.

O primeira empresa a linkar sua marca à um evento foi o Free Jazz em 1985, depois disso, em 2003, houve um boom nesse setor. Tim Festival, Coca Cola Zone, Nokia Trends e Skol Beats  são alguns dos primeiros exemplos de festivais que tem como foco a interação e fidelização com o consumidor. Aprofundarei nos próximos posts  a  incrível atuação da Red Bull no setor.

Meio a tantos outros enfoques e possibilidades, me atrelo por fim a atual exploração em eventos de aspectos ecológicos. O termo sustentável circulante está freqüentemente ligado as marcas. Uma das práticas mais utilizadas sob esse aspecto é compensar as emissões de CO2 geradas pelo evento. A prática além de melhorar a imagem da marca em questão dá ainda a oportunidade do público de aderir bandeiras e se envolver em projetos de reflorestamento, cooperação e desenvolvimento.






Gabriela Ferraz: A importância dos eventos para a consolidação de uma marca. Disponível em :http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos1/Importancia_dos_eventos_para_a_consolidacao_de_uma_marca.htm

2 comentários:

  1. Oi Arnaldo. Fiquei um pouco na dúvida. Quando uma marca escolhe fazer o marketing de eventos, como isso acontece? Necessariamente é ela quem produz o evento, como o Free Festival ou Tim Festival? O simples patrocínio a outros eventos também é marketing de eventos? Quais as principais características do marketing de eventos? Como as estratégias são pensadas. Outra coisa, quem é Gabriela Ferraz?

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  2. Olá Regiane. O espaço é curto para falar sobre tudo no post, mas espero tirar suas dúvidas agora.

    Gabriela Ferraz é especialista em comunicação Estratégica pela PUC-PR, Bacharel em Marketing e Propaganda pela Universidade Norte do Paraná e trabalha como marketing manager na IQPC.

    O evento em questão pode ou não ser produzido pela marca. Isso irá depender do que o planejamento da empresa aponta como viável, mas isso não o impede de ser considerado um “Marketing de eventos”.

    Por exemplo, O TIM Festival é um festival de música alternativa antes chamado Free Jazz Festival quando era patrocinado pela marca de cigarros “Free”. Com a entrada de uma nova legislação o evento teve que mudar de nome, a TIM viu ali uma oportunidade de marketing e patrocinou o seu financiamento. O festival é organizado de fato pela produtora e cineasta Monique Gardenberg. Já o Skol Beats, aparentemente, é um festival anual de música eletrônica promovido pela própria marca de cerveja Skol.

    O marketing de eventos, como eu disse, promove principalmente o envolvimento chamado espetacularizado do cliente com a marca. Estabelecendo assim altos níveis de intimidade e interatividade, é possível conhecer de perto os desejos e características daquele consumidor específico (target). A marca se torna mais que um produto, um estilo de vida.
    Nesse sentido, as estratégias de marketing nascem de forma muito mais efetiva e até fácil, já que a proximidade do alvo diminui os erros de abordagem. Podendo passar de forma imperceptível e prazerosa a promoção da marca ao consumidor.

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