segunda-feira, 30 de abril de 2012

Marcas [Gabriela Bonfim] #1

Quase tudo que consumimos hoje é vendido com marca. Seja o refrigerante que tomamos ou a uva comprada no mercado. A origem dessa forma de identificação é controversa, mas importa saber que as marcas surgem no intuito de diferenciar produtos, como se fosse um nome próprio, tendo, no início, uma função meramente burocrática. Só depois adquirem relevância na comparação de produtos durante o processo de compra. E hoje vão ainda além, sendo por vezes o único fator determinante na escolha de um bem a ser adquirido.

Marcas hoje

As marcas mostram-se como sistema constituído de nome, logotipo, forma, cores, publicidade, organização que lhes deu origem... É necessário cuidar desse sistema para mantê-lo em equilíbrio, evitar sua degradação. A marca precisa estar afinada com seu “público-alvo”. Por isso é comum vermos alterações de logotipia ou de abordagem publicitária. Para ilustrar veja a evolução da marca Philips e as mudanças de alguns logos:


  


Existe uma mitologia latente, abaixo do limiar da consciência do consumidor, que abrange as percepções, sentimentos associados com o produto. Isso é amplamente explorado pelas marcas (neuromarketing!) que passam a vender não apenas um produto, mas experiências diversas (Como aqui. Não está sendo vendido apenas um meio de transporte, há uma associação deste a conquista, sucesso.) E essas associações é que passam a dar maior significado a cada marca, levando o consumo a um novo patamar, onde as marcas passam de meros meios de diferenciação de produtos para objeto de desejo dos consumidores. As pessoas desejam não o produto, mas a própria marca (A Nike é um exemplo clássico).

Há muito mais sobre marcas no livro referência para meu projeto: “Signos de Marca – Expressividade e Sensorialidade”, da Clotilde Perez. Para quem deseja saber mais sobre termos, conceituações, classificações marcárias por nome, estratégias adotadas, fica a dica.

3 comentários:

  1. Ao realizar a postagem me esqueci de um link que diz respeito à mudança de logotipo! Aqui está o vídeo da evolução do logo da Universal Pictures, que é bem legal:
    http://www.youtube.com/watch?v=E98iTbFqRuM&feature=player_embedded

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  2. Oi Gabriela.Muito bons os links! Você poderia colocar no formato de vídeo, no próprio corpo da postagem.Além de adequar a marca ao público, a autora coloca alguma outra justificativa para a evolução das marcas?
    abs

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  3. Regiane,
    Vejo que no fundo não, pois o discurso da autora é o seguinte:
    Ela fala sobre “entropia marcária”. O termo entropia vem da física e é a perda de energia em sistemas, levando-os à degradação.
    As marcas, consideradas um sistema, precisam de “energia” (investimento publicitário e promocional) para não perderem sua atratividade e pregnância.
    “A marca deve ir incorporando as tendências de sua época e as mudanças socioculturais da audiência para a qual deve manter seu diálogo.”(PEREZ, 2004)

    Sobre esse assunto acho válido acrescentar mais um exemplo:
    Veja a publicação do site Brainstorm #9 sobre a mudança realizada esse ano pela Quaker Oats. “A intenção é manter a marca moderna e inovadora (...)” Olha a Quaker fugindo da entropia...

    http://www.brainstorm9.com.br/29127/design/o-tiozinho-da-quaker-emagreceu/

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