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segunda-feira, 30 de abril de 2012
A Guerra das Colas [Luiza Alfenas] #1
Como qualquer produto bem sucedido, a Coca sempre teve imitações: refrigerantes de cola que tentavam se igualar ao seu sabor e, claro, ao seu sucesso: Coke- Ola, Takola e Koca-Nola. A maioria caiu no esquecimento, entretanto, um concorrente se destacou e prosperou: a Pepsi-Cola. O motivo principal da marca não ter tomado o mesmo destino das outras similares foi o investimento pesado na publicidade e na imagem do produto, a partir da década de 50. Assim surgiu uma das maiores rivalidades publicitárias de que já se ouviu falar, também conhecida como “A Guerra das Colas”.
Antes disso, a Pepsi era vista como bebida dos pobres, de qualidade inferior. Com a reformulação da marca, foi veiculada a campanha mais emblemática da companhia: “A Geração Pepsi”. Enquanto a Coca apostava nos valores familiares e no “american way of life”, a concorrente passou a apostar nos jovens. Entre as décadas de 60 e 70, a Pepsi montou um desafio público à Coca-Cola e o filmou exibindo os resultados na TV em forma de peça publicitária. O desafio era basicamente um teste cego que fazia os consumidores decidirem qual marca eles preferiam apenas pelo sabor – sem ter acesso à embalagem ou à qualquer referência que indicasse qual dos refrigerantes era Pepsi e qual era Coca. A líder de mercado viu sua concorrente batê-la nos resultados, isso fez com que a Coca-Cola pela primeira vez em sua história alterasse a fórmula do refrigerante. No começo dos anos 80 a Pepsi-Cola realizou um dos maiores e mais caros comerciais da história estrelado pelo astro do pop Michael Jackson. O comercial foi um sucesso e mais uma vez a Coca se viu ameaçada por sua concorrente.
A Coca-Cola, como em todo o mundo, ainda é líder no Brasil e, se inspirando nessa realidade de mercado, a concorrente criou uma campanha em 2010 na tentativa de quebrar um hábito do consumidor brasileiro. Você mesmo já deve ter passado por isso. Vai no bar ou restaurante, pede uma Coca-Cola e o garçom, quase que em tom de desculpas, diz: “Tem Pepsi, pode ser?”. Aproveitando esse exato momento, a marca convida as pessoas a experimentar, já que a alternativa pode ser surpreendente. No filme, o “Pode Ser?” sempre transforma em agradáveis surpresas.
Até hoje a Coca é a bebida mais vendida e famosa do mundo, mas a Pepsi não fica atrás, e vem ganhando espaço com anúncios divertidos e uma abordagem radical e moderna – diferente da concorrente, que muitas vezes aposta em anúncios exageradamente idealizados e fora da realidade.
Porém, na tentativa de ser tão irreverente e moderna o tempo todo, e com tantas mudanças na identidade da marca, a empresa acaba perdendo a força e a identificação dos consumidores. Muitos consideram esse um dos grandes motivos de a Coca-Cola se manter líder de vendas mesmo sendo tão fora da realidade, como podemos ver neste gráfico. O fato é que, com produtos de sabores tão semelhantes e o mesmo público alvo, o diferencial está exatamente nas campanhas e na identidade visual das marcas. Mais do que vender um produto, seu objetivo é influenciar as pessoas e a cultura e se impor como uma necessidade humana. Mas a grande verdade é que a guerra que move bilhões de dólares todos os anos não vai deixar de existir enquanto as marcas competirem entre si. Nesse link, pode se assistir 5 vídeos mais criativos dessa batalha.
Nuberu Bagu - A Nouvelle Vague Japonesa [Johnatan Ferreira] #1
O cinema como grito de liberdade. Talvez seja por esse caminho que a Nuberu Bagu – ou Nouvelle Vague Japonesa – percorre. Os tempos já eram outros e o movimento que se iniciou num Japão da década de 60 que ansiava e ao mesmo tempo era acometido por mudanças, encontrou como deflagrador os estúdios que começavam a abrir portas para os jovens recém-formados que queriam trabalhar. Segundo Lucia Nagib, no livro 'Em Torno da Nouvelle Vague Japonesa", o grande estúdio Shochiku admitiu Nagisa Oshima, que no fervor de sua juventude ajudaria a implantar um novo cinema japonês, quebrando a ditadura dos estúdios, mas começando justamente sob a tutela deles.
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Seshun zankoku monogatari |
Em “Conto Cruel da Juventude” (Seshun zankoku monogatari,1960), os personagens principais se incendeiam agindo e confirmando a existência caótica nesse mundo quase desprovido de moralidade. O filme manifesto de Nagisa Oshima traz para esse novo cinema que começava a se delinear, a insurgência contra os padrões do gênero que as produtoras de cinema da época relutavam por seguir. Subvertendo alguns conceitos formais e estéticos, ele valorizou de vez a descontinuidade narrativa, as elipses, a dinamicidade da trama intercalada pelos cortes bruscos e o uso de uma câmera móvel longe do cinema clássico estático. Se houve alguma ruptura com o cinema de Ozu, Mizoguchi e Kurosawa, ela provavelmente se iniciou aqui.
No mesmo ano com “O Túmulo do Sol” (Taiyo no hakaba,1960), o filme que eu mais gostei do diretor, Oshima discorre sobre a realidade social japonesa. Foca-se num bairro pobre do Japão, em que a violência é tratada como algo banal e as mortes acontecem como casualidades. Num mundo sujo e precário, onde o dinheiro é custoso e o sol que se põe sela esse meio na mortalidade selvagem e bruta que o caracteriza, deixando somente as sombras que escondem os vagabundos e desabrigados que permeiam essa realidade impiedosa. "Algo irá mudar?" brada uma personagem no final e as expressões atônitas e debochadas encaram a pergunta tendo somente a sujeira e o suor no rosto como resposta.
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Taiyo no hakaba |
Desgeneralizando [Marcos Antunes] #1
A Obra de Focault “Microfísica do Poder”, da qual li o capítulo XV para esta semana “Não ao Sexo Rei”, foi fundamental para a compreensão do gênero e do sexo como base para as construções de poder na sociedade, bem como o conceito de Dispositivo e as ideias de Liberação sexual.

Nas tirinhas do cartunista, que li até agora (todas publicadas no ano de 2009), encontra-se a passagem do personagem Hugo para a atual personagem Muriel. Ali estão abordados a problemática da cristalização de definições de gênero e sexualidade normativas de forma humorada, e o ponto crítico destas seja talvez um pouco diferenciado da leitura proposta: O Corpo. Em suas primeiras tiras a temática do corpo é problematizada, o essencialismo é contraposto ao construcionismo social de forma sútil.

Para melhor compreensão destes conceitos base que tem de ser apreendidos para levar essa análise de gêneros na mídia como um todo ampliei um pouco minha bibliografia, e obras de outros autores foram incluídas para suplementar as referências inesperadas que aparecem durante as tiras. Na próxima semana (domingo, dia 06), o cartunista Laerte virá até o campus da UFMG para uma palestra de abertura do 7º Encontro de Travestis e Transexuais da Região Sudeste. Ponto marcado e importantíssimo para minha pesquisa, onde espero ter a oportunidade de ouvir um pouco mais sobre a temática do corpo e da performance, e quem sabe talvez, suprir algumas dúvidas sobre o processo de criação da personagem com o próprio autor.
Arte urbana: propagando o ideal anti-propagandista, [Júlia Amaral] #1
O Design na Web [Idgie Pena] #1

► Use o texto como imagem, e não só como informação

► Textura pode deixar tudo mais interessante


Introdução ao Marketing de eventos [Arnaldo Garcia] #1
Gabriela Ferraz: A importância dos eventos para a consolidação de uma marca. Disponível em :http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos1/Importancia_dos_eventos_para_a_consolidacao_de_uma_marca.htm
Multinacionais, Mercado e Cultura [Filipe Mendonça] #1
A propaganda política e suas leis [Josué Benvindo] #1

Márcio Lacerda – R$ 2.121.821,35.
Então, para entender um pouco deste mercado bilionário, começarei pelas leis. Primeiramente, é bom saber que o CONAR não interfere em campanha política. O Tribunal Regional Eleitoral destina um espaço online para receber reclamações contra qualquer tipo de propaganda em qualquer mídia. Também no sítio do TRE, estão todas as normas que versam sobre a criação de peças para eleições.
No entanto, notei que a maior preocupação não é com os publicitários que criam as peças e sim com as manifestações de outros comunicadores, como apresentadores de TV, repórteres e radialistas. Assim, se desejam concorrer, eles devem se afastar da mídia em no máximo três meses antes das eleições.
Clique aqui para ver o ementário de propaganda eleitoral das eleições 2008. E aqui para ver as permissões e proibições. As permissões e proibições para as eleições deste ano também já foram divulgadas, aqui.
Freud Explica [Matheus Couto] #1
Vida de amargura, túmulo de glórias [Gabriela Bianchi] #1
É muito curioso como muitos artistas tiveram a legião de fãs multiplicada depois da morte. A aura de glamour e fascínio cresce exponencialmente, assim como o potencial desses ícones em gerar lucro. Um levantamento anual feito pela revista americana Forbes revela que em 2007, treze celebridades mortas, juntas, renderam U$232 milhões para a indústria fonográfica. Elvis Presley faturou U$49 milhões, entre royalties, venda de discos e produtos. Em segundo lugar, John Lennon 17 anos após seu assassinato gerou cerca de U$44 milhões. Até mesmo George Harrison, conhecido como “the quiet Beatle”, possui rendimentos póstumos nada discretos: U$22 milhões.
Longe de me colocar à altura de analisar e investigar esses fenômenos, me proponho a conhecer melhor algumas histórias e a conseguir mostrar que a receita para a imortalidade com muito dinheiro, sucesso e tributos anuais não se deve unicamente ao “bater de botas” dos artistas.
Primeiramente, é necessário compreender que a configuração de um sujeito como celebridade não deve ser pensada pela dimensão instantânea de sua morte. Antes de mais nada, para ser edificada como uma estrela e ter a possibilidade dessa “explosão”, segundo Marshall (1997) o artista precisa ser compreendido como figura pública que ocupa espaço de visibilidade da mídia e construído discursivamente. Sendo assim, a mídia seria responsável não apenas pelo processo de visibilização do sujeito, mas pela própria constituição do sujeito como celebridade por meio de um processo de interlocução que estabelece na sociedade entre os indivíduos da vida cotidiana, a mídia e o contexto social (Morin, 1989).
Portanto, a morte de uma celebridade, seria um contexto que faz emergir valores que levam a mídia a realizar um ato de expressão sobre um sentimento que já existe entre o artista e a sociedade, mas não foi estimulado. Os eventos em torno da morte desse artista envolvem a interação entre os indivíduos, os dispositivos sociais e midiáticos, bem como entre a família do astro, os amigos, os fãs e os profissionais da mídia, os quais constroem discursos que tematizam essa celebridade naquele momento contemporâneo, trazendo à tona sua exposição e mobilizando a sensibilização da sociedade. Toda essa movimentação deixa um caminho aberto à idolatria, em que por meio de toda essa exposição excessiva cativa novos fãs e estimula a venereção por parte dos antigos.
Fernanda Takai relata esse comportamento em canção de Gilberto Gil e Rubinho Troll, chamada “Necrofilia da Arte” (Se o Lennon morreu, eu amo ele/Se o Marley se foi, eu me flagelo/Elvis não morreu, mas não vivo sem ele).
Cinema mudo - "A grande beleza do silêncio" [Camila Santos]#1
E assim, a leitura de alguns capítulos específicos das obras selecionadas, levaram-me a compreender que, muito antes do cinema se idealizar, a possibilidade de movimentar imagens já fascinava estudiosos pelo mundo. A técnica da lanterna mágica chinesa pode ser considerada uma das bases do cinema e apenas fazia refletir sombra e silhuetas através de um cilindro e de iluminação a vela. Passo a passo descobertas eram feitas, máquinas, a um estilo engenhoca, eram inventadas até que o surgimento e o aprimoramento das técnicas fotográficas possibilitaram uma real aproximação do cinema.
Assim, em meio a Dioramas, Phantoscopes, Bioscopes, Cinetoscópios, a invenção do cinema acabou sendo atribuída, na maior parte do globo, aos irmãos Lumière. Porque além de idealizarem o grande e 'moderníssimo' cinematógrafo (capaz de registrar imagens na película; produzir cópias em seu interior e, depois de alguns ajustes rápidos, projetar as imagens) também tornaram o cinema comercial e popular em vários países.
Os primeiros filmes, por eles, exibidos foram: “A saída da fábrica” e “ A chegada de um trem à estação”. Este, inclusive, causou espanto na plateia, ainda desacostumada com a novidade do movimento. Tais filmes, juntamente com outros tantos, foram exibidos na 1ª parte da mostra realizada em Belo Horizonte, denominada “A história do cinema mudo ao vivo”.
Ao assistir esta exibição, foi possível ver perfeitamente a sutileza da evolução do cinema, pois de película em película eram apresentadas novas, porem pequenas sofisticações. Séries fotográficas deram o ponto de partida. Percebia-se claramente a imobilidade da câmera até aparecer os primeiros panoramas e travellings. Os primeiros planos também eram simples e o ‘cenário’ era a rotina das pessoas.
A seleção mostrada ilustrou muito bem tal período do cinema mudo, o qual, entendi, ter adolescido como um período experimentação e descobertas, onde os acontecimentos do cotidiano eram os atores principais, e as técnicas, que foram sendo desvendados a cada dia, sobressaiam-se ao conteúdo. Além do mais, o acompanhamento de um piano deu ritmo e entonação aos filmes, bem como acontecia com as exibições primordiais, que eram mudas, mas não em silêncio.
A chegada de um trem à estação
Imagem: Cinematógrafo
Do expressionismo alemão a Poe [Bárbara Nery] #1
Para melhor entender a obra de Tim Burton, foi proposta na primeira quinzena um estudo sobre suas influências, em especial o expressionismo alemão. Trata-se de um fenômeno cultural que não só se aplicou ao cinema, mas às artes gráficas, pintura, escultura, literatura, teatro, música e dança.
A estética e as técnicas típicas desta corrente trazem o real submetido à imaginação, ou seja, é carregado de subjetividade psicológica e emocional. Através da distorção dos cenários e personagens, resultado da maquiagem, fortes contrastes e jogos de luz, toda a estética deveria representar um estado de espírito. A temática dramática, que incluía temas sombrios de suspense policial e mistério em ambientes urbanos, muito dizia das tensões, pessimismo e ceticismo de uma Europa dos anos 20, decorrente da 1ª Guerra Mundial.
Para poder captar essa estética e as impressões que ela procurava transmitir, assisti ao filme “O gabinete do Dr. Caligari” (1919), de Robert Wiene. Considerado o primeiro filme genuinamente expressionista, conta a história de um hipnotizador, o Dr. Caligari, que chega à cidade com seu assistente de espetáculo, o sonâmbulo Césare, que adivinha o futuro das pessoas. A partir de então, uma série de assassinatos começam a surgir e as suspeitas caem sobre Césare. Por fim, quando este se recusa a matar uma das vítimas, descobre-se que Dr. Caligari era na verdade o mandante.
Na literatura, Tim Burton teve forte influência de Edgar Allan Poe, famoso por suas obras góticas. Incluía em seus contos temas como a loucura, doença, atos infames e mesmo a morte, inclusive seus sinais físicos, reanimação dos mortos e o luto. Sem tempo hábil para recorrer à sua literatura, escolhi por procurar pequenas citações que traduzissem este clima, como quando diz “Me tornei insano com longos intervalos de terrível sanidade”.
Release the Kraken! [Gabriella Braga] #1
O monstro não é uma figura unicamente da cultura grega, também aparecendo no folclore nórdico como destruidor de navios. A exemplo, ele aparece no filme Piratas do Caribe - O Baú da Morte (Pirates of Caribbean - Dead Man's Chest, 2006) sob o comando de Davy Jones, capitão do Holandês Voador.
Personagens são importantes? [Carla Resgala] #1
A primeira analisada é da marca Bombril, Despedida e Volta do Garoto, de 1981, criada por Olivetto. Apesar de terem sido veiculadas separadamente, em Cannes foi premiada a junção: despedida e volta.
Este formato que acabou por apresentar os artifícios da publicidade para ‘chegar’ ao consumidor poderia ter sido visto como uma clara sátira à propaganda. Sendo assim, então, porque deu certo? Talvez pela postura segura do personagem de meia idade, que ao colocar seu foco na criação da propaganda, esclarece ao espectador a finalidade de cada elemento de cena, deixando meio que inquestionável a qualidade do produto.
Memes?! ME GUSTA. [Daniella Rodrigues]
“O termo fenômeno da Internet, ou meme da internet, refere-se a uma série de pessoas, vídeos, imagens, canções, fatos etc. que se popularizaram primordialmente na Internet tornando-se verdadeiras celebridades instantâneas.” (Wikipédia)
Como tema do meu projetos A2 , resolvi escolher um assunto que está muito presente nos dias de hoje, em vida online e offline: Os Memes de Internet. Procuro entender, a partir da minha pesquisa, um pouco mais sobre o surgimento, tipos e aplicações dos memes na cultura contemporânea. Buscarei ver a influência deles na propaganda atual e, principalmente, no comportamento dos atuais internautas.
Mas, afinal, de onde surgiu o termo “meme” que tanto ouvimos hoje? Lendo dois textos como base, “Memes e Dinâmicas Sociais em Weblogs: informação, capital social e interação em redes sociais na internet” e “Memes em weblogs: proposta de uma taxonomia”, ambos da autora Raquel da Cunha Recuo, percebi que o termo é algo bem mais complexo e amplo do que eu imaginava.
O conceito de “meme” foi cunhado por Richard Dawkins, em seu livro “O Gene Egoísta”, publicado em 1976. A partir de uma abordagem evolucionista, Dawkins compara a evolução cultural com a evolução genética, onde o meme é o “gene” da cultura, que se perpetua através de seus replicadores, as pessoas. O estudo dos memes está diretamente relacionado com o estudo da difusão da informação e de que tipo de ideia sobrevive e é passado de pessoa a pessoa e de que tipo de ideia desaparece no esquecimento.
É interessante analisar que, a partir da perspectiva de Charles Darwin (criador da teoria evolucionista), as espécies eram vistas como produtos de um processo evolutivo baseado em três elementos fundamentais: mutação (ou variação), hereditariedade (ou retenção) e seleção natural. Os mesmos conceitos podem, então, serem abordados nos memes:
- A variação corresponde à capacidade do meme de mutação. Uma história nunca é contada exatamente do mesmo modo e essas pequenas variações vão gerando grandes mudanças com o passar do tempo.
- A seleção é o elemento que faz com que alguns memes chamem mais a atenção do que outros, permanecendo mais e sendo mais copiados, enquanto outros não são lembrados.
- A retenção ocorre pela permanência do meme no caldo cultural. É comparável à hereditariedade, que faz com que um novo meme tenha, portanto, muito pouco de originalidade, mas seja produto de variação e recombinação de ideias antigas que permanecem presentes nas ideias presentes.
A partir desta perspectiva, Dawkins, então, enumera, como características essenciais do meme, enquanto replicador: a longevidade, a fecundidade e a fidelidade das cópias. A longevidade é a capacidade do meme de permanecer no tempo. A fecundidade é sua capacidade de gerar cópias e, por fim, a fidelidade é a capacidade de gerar cópias com maior semelhança ao meme original.
No entanto, para que se compreenda a propagação dos memes nas redes de weblogs, foi ainda acrescido outro critério: o alcance. Isso porque redes sociais são conjuntos de redes interconectadas, onde laços fortes e fracos conectam indivíduos através da interação social.
Existem, por sua vez, vários outros subtermos relacionados aos memes tratados em ambos os textos citados de grande importância e que podem acabar por, eventualmente, aparecer em posts futuros. Por falta de espaço e por não serem tão relevantes por enquanto, não os abordarei profundamente nesse post, mas deixarei uma pequena tabela para ilustrar as demais classificações dadas aos memes.
Aos que se sentiram interessados pelo assunto, postarei então os links dos textos que li. É uma leitura bem rápida e fácil. Vale a pena!
http://seer.ufrgs.br/intexto/article/view/4265 (RECUO, Raquel da Cunha. Memes e Dinâmicas Sociais em Weblogs: informação, capital social e interação em redes sociais na internet, 2006)
http://revistas.univerciencia.org/index.php/famecos/article/viewFile/1969/1785 (RECUO, Raquel da Cunha. Memes em weblogs: proposta de uma taxonomia, 2007)
As várias faces da Jornada do Herói [Paula Pinheiro] #1
Apesar disso, não fui ter contato com o livro até o início desse projeto – o que, na verdade, eu achei positivo. O herói de mil faces se apoia imensamente na mitologia e nos trabalhos de Freud e Jung, e, portanto, exige certo nível de maturidade de seu leitor. Mais do que tentar estabelecer um padrão que seguem as histórias, Campbell tenta demonstrar como os seres humanos projetam sua psique no campo simbólico dos mitos, de forma a externá-la para que fique mais fácil compreendê-la. A universalidade dos mitos vem, então, do fato de todos os homens terem as mesmas estruturas psicológicas de ego, mente, self etc.
A conclusão a que eu cheguei enquanto lia o livro de Campbell é que, para que meu projeto fique mais claro, é interessante que eu utilize também a versão da Jornada do Herói apresentada por Christopher Vogler no livro A jornada do escritor – Estruturas míticas para escritores. Vogler faz uma transição da jornada nos mitos para a jornada nas histórias modernas, que pode me poupar tempo durante o projeto. Assim, utilizarei as duas obras: me apoiarei na obra de Vogler, mas sem perder de vista o trabalho original, de Campbell.
Marcas [Gabriela Bonfim] #1
Caldeirão do neopopulismo [Laura Marques de Oliveira] #1
Inicialmente me propus a pontuar o conceito de neopopulismo e como ele aparece na produção midiática do nosso país, com enfoque no programa de auditório Caldeirão do Huck. E o fiz a partir da definição de neopopulismo de Ricardo Vélez Rodríguez em seu artigo “O neopopulismo na América do Sul – Aspectos conceituais e estratégicos” e do livro de Vilmar Rocha “O fascínio do neopopulismo.
A partir dos próximos posts situarei melhor onde e de que forma essas características aparecem no programa ao analisar alguns quadros – como o Lata Velha e Agora ou Nunca - separadamente.
Fontes bibliográficas:http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/NASACE.pdf Acesso em: 29/04/2012
ROCHA, Vilmar, O fascínio do neopopulismo. TOPBOOKS Editora, Rio de Janeiro, 2007.
Mulheres construídas [Karina Carvalho #1]

Para a primeira quinzena, me propus a analisar a revista Capricho, voltada para o público adolescente. Fui orientada a analisar as edições do mês de março, mês da mulher. A dificuldade de encontrar tais edições entretanto, exigiu uma mudança no cronograma. Adiei a análise das revistas para a próxima quinzena.
Para esta quinzena realizei a leitura de dois artigos indicados pela monitora.
Os links dos artigos:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-88392001000300010&script=sci_arttext
http://galaxy.intercom.org.br:8180/dspace/bitstream/1904/18106/1/R0992-1.pdf
A leitura dos textos me auxiliou no entendimento sobre o papel das mídias na construção de um papel social.
Baseada na leitura, entendi que a mulher ainda é vista como um objeto de prazer masculino. As matérias nas revistas endossam esse papel, ao "dar dicas" de comportamento diante do sexo oposto, de como ficar linda para seu marido, de como cuidar bem da casa, de como chamar a atenção do garoto no colégio, etc.
Para a próxima quinzena já espero estar com as revistas em mãos, e poderei analisar essas características empiricamente.
Até lá, vou continuar minha busca por esse material, e encontrar uma maneira de categorizar a leitura dessas revistas.
Uma visão geral da tatuagem [Luiza Pontes Brant] #1
A primeira quinzena foi dedicada à dois livros (Teorias da Tatuagem, de Célia Maria Antonacci Ramos e Tatuagem, piercing e outras mensagens do corpo, de Leusa Araújo) e dois documentários do History Channel, Os segredos da tatuagem (parte I e II).
Os dois documentários não acrescentaram muita informação ao meu trabalho, pois acabaram tratando basicamente do que o livro de Leusa Araújo falava, mas foram interessantes para ilustrar melhor o assunto. Já o livro Teorias da Tatuagem se aprofunda mais no assunto, nos informando inclusive sobre outros costumes e culturas relacionadas à prática da tatuagem.
Por indicação da monitora Danila, incluirei na minha análise três artigos: Transformando corpos em pergaminhos: a tatuagem como dispositivo de comunicação/identificação, de Emilene Leite de Souza; As tatuagens e a criminalidade feminina, de Marina Albuquerque Mendes da Silva; e A influência e o significado das tatuagens nos presos no interior das penitenciárias, de Cezinando Vieira Paredes.
Também por indicação dela, penso em focar mais o meu trabalho na questão das tatuagens dentro do contexto penitenciário, mas vou, primeiro, dar uma explanação geral das tatuagens como forma de comunicação em culturas variadas.
domingo, 29 de abril de 2012
Nascimento do Rap Brasileiro [Mariana Moraes] #1
Dediquei minha primeira quinzena na busca das raízes do rap no Brasil, quando, onde, como, com quem e em que contexto ele surgiu por aqui. As respostas pra isso não são de tudo exatas, é certo que encontrei estudiosos que afirmam que o rap e o repente são correntes idênticas – no sentido de que trabalham da mesma forma - em épocas distintas. O parentesco é óbvio e percebe-se claramente como um se parece com outro. No entanto, o que conhecemos hoje como rap data seu surgimento em nosso país na década de 1980, e, foi desse surgimento que decidi começar meus estudos.
O curioso é que mesmo antes da chegada do rap em nosso país, algumas músicas que poderiam ser classificadas como pertencentes ao estilo já existiam, dentre elas "Deixa Isso Pra Lá" de Jair Rodrigues, "Melô do Tagarela" de Arnaud Rodrigues e Luís Carlos Miele. Mesmo com essas músicas foi apenas em 1984, após uma apresentação do grupo americano Public Enemy no Brasil que o rap começou a se difundir no país, especialmente nas periferias dos grandes centros. O primeiro álbum exclusivamente brasileiro que se tem notícia data de 1988, com o nome de “Hip Hop Cultura de Rua”, ele apresentou nomes como Thaíde e Código 13. Ainda no ano de 1988 outro álbum foi lançado e nele estava um dos maiores grupos de rap do Brasil, os Racionais Mc’s, eles apresentaram a mídia uma temática mais social, da mesma forma que fazem ainda hoje, 24 anos depois.
Vale ainda ressaltar que o primeiro “lar” do rap no Brasil foi a estação São Bento em São Paulo, onde os primeiros grupos de periferia se reuniam no final dos anos 80. Na mesma década, mas já no ano de 1989, foi fundado o Movimento Organizado de Hip Hop no Brasil, que mais tarde se tornaria a ONG M2HO, uma das principais responsáveis pela maior atenção que o rap dedicou às temáticas sociais nos anos seguintes. Durante essa quinzena, além dessas descobertas, tentei entrar em contato com diversos nomes importantes do início do rap brasileiro, mas não consegui nenhum retorno, continuarei tentando.
Fontes: PubSounds; MH2O; Professor Biu Vicente; Wikipédia.
Uma breve introdução ao estudos do Humor [Bruna Sanchez] #1
Warhol [Yuri Oliveira Guimarães] #1
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Auto-Retrato 1986, serigrafia e acrílico sobre tela Pertence à série de últimos auto-retratos feitos pelo artista. Andy está com a famosa peruca prateada. |
Nessa primeira quinzena, li o livro “Warhol” da coleção Gênios da Arte publicada pela editora Girassol. O livro faz um apanhado bem geral sobre a vida artística de Andy Warhol e serviu para que eu tenha uma visão mais íntima sobre o trabalho desse artista.
Andy Warhol, como todos sabem, é o principal representante da corrente artística conhecida como Pop Art. Sua vida e suas obras podem ser denominadas como “a encarnação do sonho americano”. Tendo estudado arte no Instituto Carnegie de Tecnologia e iniciado sua carreira no mundo publicitário (onde consegui sucesso rapidamente), Andy sabia unir esses mundos em suas obras como ninguém.
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Dollar Sign 1983, serigrafia Para Warhol, o dólar era o o símbolo mais americano. Gostava muito de dinheiro e desejava que todos pudessem tê-lo. |
Ainda falando sobre as características das obras de Warhol e da Pop Art, era visível como seus traços derivavam da publicidade, imprensa, cinema, quadrinhos e da televisão. Via-se ainda a incorporação de imagens e a influência da grande mídia. Andy pensava que “não era importante de onde provinham suas imagens, senão o que podiam fazer e dizer com elas” e que se devia incorporar o mundo, as pessoas e a mídia à arte e não distanciá-los. Seguindo essa ideia, ele costumava pegar imagens, acontecimentos e celebridades em grande destaque na mídia e mudá-las ao seu modo. Até porque o próprio Warhol era uma das maiores celebridades americanas e fazia questão de demonstrar isso.
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129 Die in Jet 1962, acrílico sobre tela Essa pintura mostra a influência da imprensa nas obras de Warhol. Foi pintada a partir de uma notícia do New York Mirror sobre um desastre aéreo de 1962. |
É importante destacar ainda a serigrafia, a principal técnica utilizada por Warhol em seu trabalho e o par perfeito para a própria Pop Art. Por se tratar de um processo foto-mecânico, ela permitia que a execução da obra fosse delegada a outras pessoas e tornava-a mais rápida, o que possibilitava ao artista ser o promotor e diretor da ideia e se ocupar com outros projetos e compromissos durante a execução. Permitia também o distanciamento que Andy Warhol gostava de manter, pois não tinha a implicação pessoal da pincelada. Logo ele utilizou a serigrafia de forma ainda mais mecânica, introduzindo a repetição.
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Myths: Superman 1981, serigrafia, pó de diamante Desde pequeno, Warhol gostava muito de quadrinhos e, quando adulto, representou alguns em suas obras. |
Warhol era crítico e irônico com seu próprio trabalho. Quando lhe perguntavam se buscava a facilidade em suas obras, ele respondia que sim. A dualidade de sua arte era presente em sua personalidade. Ao mesmo tempo que gostava de representar a fama, a riqueza e o consumismo, Warhol não deixava de ser humilde e de preocupar com família e amigos. Ao mesmo tempo que gostava de apreciar uma Chanel número 5, gostava também de um hot-dog comprado na rua. Andy Warhol gostava, antes de tudo, de ser americano.
Ilustrada e EM Cultura [CLARA NOVAIS] #1 - Identificação das sessões
A estrutura do EM Cultura é a seguinte:
-Primeira Página
-Página 2
Fixo:
Horóscopo
Sudoku
Palavras Cruzadas
Segunda à sábado: Coluna da Anna Marina, assuntos diversos
Domingo: Em Dia Com a Piscicanálise por Regina Teixeira da costa
Outra coluna.
Domingo e quarta-feira/ “Dicas de Português” por Dad Squarisi
Segunda-feira/ “O Berço da Palavra” por Márcio Contrim
Terça feira/ Crônica de José Bento Teixeira de Salles
Quinta-feira/ Crônica por Mario Ribeiro
Sexta-feira/ Crônica por Jose Bento Teixeira de Salles
Sábado/ Crônica por Plínio Barreto
Quadrinhos feitos por Chantal e Nani são publicados às terças, quintas, sextas e sábados.
- Página 3
Coluna Social tradicional por Mario Fontana
Hit por Helvécio Carlos - Coluna Social jovem
O Roteiro de Cinema tem uma página completa aos domingos (p.4), terças (p.6), quartas(p.6), quintas(p.6) e sábados(p.4). Nesses dias, os roteiros de música, teatro, exposições e museus dividem a página seguinte.
Na segunda-feira todos os roteiros dividem a página 4.
Na sexta-feira o caderno Divirta-se da conta da programação cultural.
Seg. (p.7) Ter. (p.9) Qua. (p.9) Qui.(p.9) Sex. (p.5) Sab. (p.7)
Caras e Bocas por Simone Castro, com tópicos sobre a televisão
Telemania - programação dos canais abertos
Filmes da TV aberta
TV paga - destaque para alguns programas que serão exibidos na TV paga
A última página conta com um colunista diferente por semana e uma reportagem ou notícia.
Seg. (p.8) Alcione Araujo
Ter. (p.9) Maria Esther Maciel
Qua. (p.10) Fernando Brant
Qui. (p.10) Maria Calasanti
Sex. (p.6) Arnaldo Viana
Sab. (p.8) Cyro Siqueira, entretanto, nas últimas duas edições não houve publicações
Dom. (p.8) Affonso Romano de Sant'anna
Ter. (p.4) Qui.(p.4)
EM movimento - Notícias e reportagens sobre música
Na prateleira - Dicas de discos
E tem mais... no vidades em livros, Dvds, clipes, etc, relacionados à músicas
As outras páginas publicam reportagens e notícias sobre cultura.
O número de páginas e a localização das sessões do caderno Ilustrada variam de acordo com a publicidade, que é bastante presente nele.
Sua estrutura, em geral, é seguinte:
- Capa
- Página E2
Coluna da Monica Bergamo sobre assuntos variados
Às segundas uma página para a Folhateen, que trata de assuntos culturais relacionados ao público infanto-juvenil
Dom. e Sex./ Página para críticas e notícias relacionadas a Cinema
Qua./ Página para críticas e notícias relacionadas a Música
Qui./ Página para críticas e notícias relacionadas a Teatro
Seg. a Sab./ Acontece - Duas páginas dedicadas a sinopses de filmes e endereços de cinemas
Uma página para Televisão – fala de televisão aberta e fechada e exibe a grade da TV aberta
- Página E11
Coluna do José Simão (às segundas dá lugar à “Vanessa vê TV” por Vanessa Barbara)
Horóscopo
Quadrinhos
Seg. a Sex./ Angeli, Laerte, Caco Galhardo, Fernando Gonsales, Adão, Allan Sieber, Andre Dahmer e Jim Davis
Sab./ Fabio moon e Gabriela Ba no lugar de Jim Davis e Dik Bowe no lugar de Andre Dahmer
Dom./ Dik Browe no lugar de Andre Dahmer
Sudoku
Cruzadas
- Página E12
Um colunista e uma notícia
Dom./Ferreira Gullar
Seg./Luis Felipe Pondé
Ter./João Pereira Coutinho
Qua./Marcelo Coelho
Qui./Contardo Calligardis
Sex./Carlos Heitor Cony
Sab./Alváro Pereira Junior
As outras páginas são para reportagens, notícias e, em especial, críticas, de eventos recém-ocorridos na cena cultural.